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Quem nunca errou que atire a primeira pedra!
Valdecir dos Santos


Com pouca mudança, esta frase foi dita por Aquele que, desde os primórdios dos tempos, é O Grande Conselheiro e Mestre da humanidade, embora não fosse compreendido por muitos durante os trinta e três anos que, aqui, viveu como hoje, ainda não O é.
As escrituras sagradas em João 8: 01-11 relatam que Jesus voltava do Monte das Oliveiras para o templo e, ali, muitos iam ter com Ele a fim de receberem Seus ensinamentos, quando chegam para O Mestre alguns escribas e fariseus trazendo consigo uma mulher que havia sido flagrada em adultério e Lhe dizem:
___ Mestre! Esta mulher foi apanhada em flagrante adultério, e manda-nos a lei de Moisés que tais mulheres sejam apedrejadas; tu, pois que dizes?
O Mestre olhando para eles com um olhar de amor e misericórdia, diz:
___ Se há alguém dentre vós que não tem pecado que atire a primeira pedra.
Diz a bíblia que ao ouvirem tais palavras foram saindo, um a um, sem nada dizerem, pois, acusados estavam pela própria consciência, então não tinham o que falar daquela pobre mulher.
Cristo, dirigindo Seu olhar para aquela pobre adúltera, lhe diz: ___ Mulher, onde estão teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu, ela: Ninguém, Senhor!
___ Eu também não te condeno, vai-te e não peques mais.
Como aqueles escribas e fariseus, na atualidade, existem muitos, é muito fácil apontar o erro alheio, principalmente, quando se tem a favor um conjunto de fatores, que aparentemente, geram ou propiciam um resultado, ainda que, favorável, mas, que ao final pode trazer conseqüências avassaladoras.
Quando alguém se dirige a uma outra pessoa apontando-lhe o defeito com um dedo, esquece-se de que outros quatro estão sendo apontados para si. Tais atos acontecem porque se esquece do seu passado: o que era, o que fazia, qual era sua imagem na sociedade e qual é, hoje. Enfim, se esquece de suas origens, de onde veio, quando estava do outro lado, qual era a sua prática: defender ou acusar?
Depende do que se entende por defender ou acusar, é evidente que os interesses particulares, neste caso, falam mais alto e quando a situação é, totalmente, favorável à pessoa, certamente, irá, mesmo que de forma superficial, preservar aquilo que lhe interessa.
Prezado leitor, quem sabe você esteja se perguntando: Será que o autor deste texto faz apologia ao erro? Quem me conhece sabe que não.
Respondo-te. Obviamente, não! Errar é humano, todos erram. O que não se pode admitir é que nos coloquemos em posição de fariseus e escribas, achando que a sociedade é tola e não conhece uns aos outros, nos portando como seres irrepreensíveis, santos, e comecemos a atirar para todos os lados, não respeitando, ao menos, os ouvidos da sociedade.
Pessoa que age desta forma, consegue estereotipar a presença da hipocrisia estampada em sua face, mostra os defeitos alheios, sem se preocupar com os seus que, intrinsecamente ou não, permeiam sua vidinha mesquinha, alienada e medíocre.
Acha-se eterno, super-herói, infalível, dono da verdade, até que uma outra verdade apareça em sua vida e passe a colocar em dúvida a primeira que ela, tanto, acreditava.
Geralmente, não tem lado e nem posição, não defende idéias, luta contra pessoas, vive pela força do vento, do que os outros dizem, tem personalidade, mas falta-lhe moldá-la, colocá-la nos trilhos da coerência, diga-se de passagem, esta palavra é quase que um diamante na vida de muita gente.
Na maioria das vezes, a pessoa se esquece que um dia errou. Mas o super ego, a auto-suficiência, o espírito de grandeza que, hora se exacerbam na mente humana, transformam o homem a ponto de não raciocinar o necessário para tomar certas atitudes e decisões.
Esquece-se de que um dia foi inimigo daquele que, hoje, julga ser seu amigo. A hipocrisia, os interesses pessoais, a conveniência, nesta hora, ecoam um brado de falsa sustentabilidade e segurança que, com o passar dos tempos, podem trazer, à luz a verdadeira resposta a tantas indagações daqueles que o cercam.
Quando cansa daquela situação, procura outra trincheira e, de lá, começa a atacar aqueles que antes, eram amigos, agora, inimigos porque seus interesses não foram colocados em primeiro plano. E, em meio a este enredo, ele precisa ser o personagem principal, o protagonista deste teatro, comédia ou tragicomédia...
Há seres humanos assim, cheios de controvérsias e incoerências, adjetivos que permeiam a mente e a alma daqueles que, munidos de certa dependência por algo que ainda não conquistou, prosseguem na tentativa de sobressairem-se sobre tudo e todos, não importando o preço que pagarão. E isto acontece, nos mais variados segmentos sociais, desde a religião à política, independentemente da classe social a que o indivíduo pertença.
Para que este desejo, o de atingir algo tão abstrato e passageiro, na vida, se realize, é necessário que o homem possua um ingrediente muito especial, sem o qual, não há razão para se lutar tanto a procura desta abstração, inócua, volátil, supérflua, pífia, esta jóia tão preciosa, o egoísmo. Ele irá conduzir o ser humano à busca, incessante, do poder a qualquer custo, não observando os estatutos Eternos e nem os Terrenos e, tão pouco, atentando-se para falibilidade dos projetos humanos.
Os cidadãos precisam discutir projetos. Projetos estes que melhorem a vida da sociedade mundial, projetos que ao menos, minimizem a fome no mundo, projetos que inibam as práticas destruidoras ao meio ambiente; projetos que melhorem o sistema de educação do Brasil; projetos de verdade que melhorem a vida de nossas crianças; projetos que conscientizem o cidadão da sua responsabilidade social, fiscal e no trânsito, este último (trânsito), diga-se de passagem, devido a má formação dos usuários, tem provocado muitas mortes; projetos que vão ao encontro das necessidades dos menos favorecidos, dando-lhes dignidade humana.

Enfim, projetos de vida!


Biografia:
Valdecir dos Santos – Docente na Rede Estadual de Ensino de MS Pós-Graduado em Língua e Literatura Professorvaldecir.santos@gmail.com
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