Tudo é perfeito mesmo contendo falhas
A falha é parte da perfeição
Achando a falha na realidade,
poderemos saber um pouco sobre a verdade
Saí do ônibus, atravessando o vidro da janela
Em direção ao fim do Universo
O céu azul não foi o limite
Passei pelas nuvens e continuei
A atmosfera acabou-se,
mas continuei respirando
Nunca havia visto a Terra de longe,
entretanto não olhei para trás
Numa velocidade de dar inveja à luz
Com o intuito de pegar o caminho errado
Que por ser natural,
me levaria ao local certo
Passei por Júpiter e seus anéis
Cruzei cometas e cinturões de asteróides
Mergulhei em nebulosas e perfurei sóis inteiros,
e meu corpo nem sentiu o seu calor
A fronteira está próxima,
e minha jornada está por terminar
Aos poucos posso sentir,
que este é o fim do Universo
Então simplesmente paro
A minha frente está o fim
Nele eu vejo um grunhido visual
Um rabisco sonoro mal apagado
Estou em frente à falha da realidade
Prestes a saber o que ela pode me contar
Com as mãos eu rasgo o tecido do Universo,
e dentro dele encontro um espelho
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