Dentre umas e outras histórias, com freqüência, tem-se ouvido falar sobre vários acontecimentos envolvendo animais. Aqueles que, de uma forma ou de outra, tornaram-se protagonistas delas. Histórias como a da onça que, de forma sútil e educada, conseguiu adentrar a um consultório médico em Naviraí. Uma cobra que, não se sabe de que forma, alojou-se em um pé de alface e, nele, permaneceu dentro de uma geladeira por algum tempo, também, na cidade de Naviraí. Cães que salvaram seus donos de assaltantes ou animais ferozes. Golfinhos da costa da Nova Zelândia, que salvaram um grupo de nadadores de um tubarão branco que rondava a área onde estavam. Um gato chamado Luchy que acionou o alarme acordando sua dona quando as labaredas insurgiram pelo chão do apartamento em Florence House, nos E.U.A, nas primeiras horas da madrugada.
Mas, há também o caso de uma empresa japonesa que atribui abonos para animais de estimação de seus empregados, tal como é costume fazer com as crianças naquele país, são cerca de 6 seis euros mensais.
Mas a história que hei de ponderar, agora, aconteceu em uma pequena cidade de MS, e é diferente de todas que citei. Afinal, foi manchete em vários sites e jornais de grande audiência no Brasil. Trata-se de Billy. Quem não conhece esse gatinho, com certeza, irá conhecê-lo, pelo menos, a história em que ele está envolvido, porque o famoso cat está morto.
Quem sabe o idealizador do plano Billy não quis se inspirar na prática utilizada por empresários japoneses que é a de atribuir abonos aos cães de seus funcionários?
Até parece histórias infantis como a Bela Adormecida, Os Sete Anões, Os Três Porquinhos, A Bela e a Fera, e outros contos famosos do mundo mágico da Literatura Infantil.
Por que não dizer uma piada! Se bem que deveria ser miada, já que se trata de um gatinho e não de um pintinho! O certo é que o fato rende um belo conto, é somente deixar a criatividade viajar pelo mundo da imaginação, e mãos à obra, pois já temos personagens, enredo, espaço e tempo.
No mundo das fábulas, a presença daquela velha figura de linguagem – personificação – sempre é bem-vinda, aproveitando a deixa, o personagem de Billy Cat, se estivesse vivo, é claro, poderia processar seu dono por falsidade ideológica, já que seu nome foi utilizado sem a devida autorização, mas o pior é que o animalzinho já não está mais entre nós para se defender.
Muito criativo, o tal coordenador do Programa naquela pequena cidade, com o tão famoso, jeitinho brasileiro conseguiu inscrever seu falecido gatinho, como beneficiário do PROGRAMA BOLSA FAMÍLIA, mas, o, pobre, Billy era apenas um laranja, ou melhor, um laranja morto. O dinheiro desviado do Programa ia para seu dono, ainda bem que a farsa durou pouco tempo. Se bem que o artista tentou substituir o gatinho por outro beneficiário, mas, o novo conto, não colou. Insurge, então, o ditado: costurar remendo velho em tecido novo não dá certo.
Depois de receber o dinheiro por mais de cinco meses, o proprietário de Billy, diz-se arrependido do que fez, porém, porque não se arrependeu antes? Só porque a fraude foi descoberta?
Alegar necessidades é um dos subterfúgios do dono do animalzinho, no entanto, se todo brasileiro que passar necessidades resolver tomar posse do que é alheio precisar-se-á de se construir muito mais presídios no Brasil, e o momento é de contenção de gastos, pois a crise está rondando o país.
A história fez tanto sucesso que se tornou notícia nacional, sendo enfatizada em muitos sites, com destaque até na Rede Globo de Televisão, Jornal do SBT...
Quem sabe o Billy, que não é o Billy Jhow, se estivesse entre nós, é claro, conseguisse uma vaguinha dentre os News Cats, Brothers e Sisters do Big Brother Brasil.
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