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VOO 447, ÚLTIMO ADEUS
Valdecir dos Santos


Numa noite de domingo
Acenando com a mão
Meus amigos despediram
Olhando-me com atenção
E um triste olhar luzente
De quem parte para sempre
Invade todo meu ser,
Minha alma e coração

Não consigo me conter
Ao vê-los, tristes, partir
Dentro daquele avião
Feito pássaro subir
Ganhando asas entesas
E cortando nuvens no céu
Mas naquela noite fria
Aconteceu algo cruel

Pois, o grande condutor
De pessoas e alegria
Saiu do Rio de Janeiro
Com destino a Paris
A bordo de seu espaço
Muitas almas seguiam
Crianças, jovens, adultos:
Todos estavam felizes

Deixando nosso Brasil
O grande pássaro vai
Quando já em alto mar
Dos radares ele sai
E aos olhos do planeta
Ele se esconde então
Ficando preocupada
Toda a nossa nação

Quando, sobre o oceano
Depois de um tempo voar
Deparou-se a uma chuva
Que não queria parar
O sonho e a esperança
De chegar ao outro lado
Naquele breve momento
Logo estava terminado

Não podia imaginar
Que o destino traiçoeiro
Viesse sem avisar
E com um golpe matreiro
Levasse para bem longe
Meus amigos e companheiros
Tirando tantas vidas
O que não paga o dinheiro

O destino que é cruel
Preparou àquela hora
O encontro com a morte
Tão rápido e sem demora
Não deu tempo de clamar
De repente aconteceu
Num mistério mui profundo
O Boeing desapareceu

Quem podia acreditar
Que de forma tão cruel
Almas tão preciosas
Feito estrelas lá do céu
Que de forma violenta
E sem muita explicação
O Criador do universo
Recolheu do nosso chão

Filhos que aos seus pais
Nunca mais voltarão ver
Pais que aos seus filhos
Noticias não mais vão ter
Restando, apenas, saudade
E lembrança varonil
E a certeza de que seguem
No coração do Brasil

Este vôo irá marcar
Para sempre nossas vidas
Pois o mundo se chocou
Com a tragédia proferida
Algo estranho de entender
O que aconteceu no ar
Um Boeing cheio de almas
Vindo a se esconder no mar

Mas o que houve de fato?
Ninguém sabe explicar
Pois quem estava a bordo
Não vive para falar
Só restam os destroços
E os corpos que o mar
Que, aos poucos, vai tentando
Aos seus donos entregar

Mas segue-se a certeza
Que as famílias devem ter
Que o Criador Eterno
Sabe bem o que fazer
De certo tinha um plano
Ao ceifar aquelas vidas
Levando próximas a Si
Tantas pessoas queridas


Biografia:
Valdecir dos Santos – Docente na Rede Estadual de Ensino de MS Pós-Graduado em Língua e Literatura Professorvaldecir.santos@gmail.com
Número de vezes que este texto foi lido: 52896


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