A juventude brasileira cresce pujante a cada dia. Principalmente nos grandes centros, onde há maior concentração de massa humana. Ela corresponde ao futuro de nosso país. Futuro certo, pelo menos eu acredito, acredito na força que vem do jovem, na inteligência que funciona como força motriz que move esses garotos e garotas brasileiros.
E, nos encontros e desencontros da vida, eles ainda não conseguiram se encontrar porque não chegou a hora. Mas caminham, sempre procurando uma resposta para tantas indagações que recheiam seus pensamentos. E a maioria delas é concernente ao futuro. Idade mínima para eleger seu representante, 16 anos, porém sem a obrigatoriedade de depositar a confiança naqueles que regem a nossa nação, em todas as esferas: municipal, estadual e federal. Para retirar a habilitação, 18 anos. Incoerência, talvez.
E aí, a sociedade não entende, não compreende a fase que os toma de abrupta intransigência. Sem contar o rolo compreensor que os empurra para a vida sob a obrigação de vencer tudo e todos, não importa o preço que vão ter de pagar. A obrigação de ser o melhor nas, mais diversas, tarefas que hão de realizar, porque a sociedade impõe, ela determina o que os jovens têm de ser. A mídia que os enche com enxurradas de determinações, imperações verbais: faça isso, compre aquilo, conquiste isso, não dando ao jovem a liberdade de escolha. O legal, a moda do momento, o último lançamento. São influenciados pelos constantes e intermináveis, apelos dos mais variados meios de comunicação.
Eles não podem errar, não podem falhar, sob pena de pagarem caro. Não podem reprovar de série, perder a garota ou o garoto, jamais, inaceitável para uma sociedade totalmente competitiva. Parecem máquinas em um campo de batalhas, disputando cada cm quadrado.
É preciso compreender que a falha, o erro, a derrota, etc., fazem parte da vida e, se qualquer desses itens acontecer na vida de uma pessoa, ela tem uma nova chance de recomeço. É necessário direcionarmos estes, que julgamos ser o futuro da nação. Devemos deixar de fabricá-los e depois lançá-los ao mercado de trabalho. É preciso enxergar os jovens como seres humanos, carentes de acompanhamento, auxílio, compreensão, afeto, amor. Temos de vê-los como seres passivos de erros e acertos, e que, a vida é construída de encontros e desencontros. O jovem precisa trabalhar, estudar, curtir à vida, namorar, tudo com responsabilidade, enfim, ser livre, livre para sonhar, divagar no mundo do imaginário, acreditar no futuro, o futuro que escolheu para si, e não aquele que queremos que ele acredite.
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