Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
Ópio de uma Nação
Valdecir dos Santos

Resumo:
O poema fala das contradições existentes no Brasil, impunidade, falta de justiça, etc.

Ópio de uma Nação

Lugar de grandes belezas
Terra linda por natureza
Que a um povo heróico e bravo
Honrarias lhe são devidas

Na terra de Santa Cruz
Onde um dia brilhou a luz,
A clara luz da liberdade,
Liberdade pra sonhar,
Pra viver e pra vencer
Liberdade pra morrer

Terra esta tão bela e terna
Onde os seres são libertos,
Mas, pra que tal liberdade?
Não podendo eu exercê-la?
Com ela morro de fome
Numa aldeiazinha qualquer
Sem ela morro de dor
Por perder um filho numa constante
Guerra no Rio.

No taciturno combate,
Almas sem mais suspiros
Descansam pelas calçadas,
Seus corpos ardem em chamas
Nas caladas madrugadas
E, imploram pelo amor
Que tal ato de crueldade
A elas não se façam

Mas, o ignaro malfeitor
Não ouvindo o clamor
Na obscuridade do sentido
Age sem nenhum temor
Indagado por tal ato
Responde sem dizer nada,
Segundo seu coração,
Mendigos e índios são nada.

Terra de contrastes e coisas mil
Enquanto uns sorriem, outros choram
Poucos têm muito, muitos quase nada,

Nada... nada... Nadam, nadam e morrem
Na praia de amargura e ilusão

Ó filho do Rei dos mares!
Terra de terras, de muitas terras,
Terra de águas e de água escassa
Terra de felicidade para alguns
E de facilidade para muitos
Que engodam minha mãe gentil,
Minha nação,
Que no óbice da lida, na epopéia da vida
Desgasta-se à serviços mil

Terra de futilidades... fatalidades...
Pesadas e exuberantes mesadas
mensalinho... MENSALÃO!

Que nada, isso não é nada, não!
È folclore! Dizia um experiente cidadão

E o meu irmão? E a nossa nação?
E o pão nosso de cada dia?
Quantos famintos de mesa vazia!

Terra de verdes matas acinzentadas,
Amarelo do ouro que já se foi,
Céu azul de anil, poluído por falta de atitude
E o branco escarlate pelo sangue de um povo guerreiro
esforçado e ditoso
Que clama pela paz

Ele, que na pujança dos próprios braços
Contra o duro e infiel encalço foi escravizado por ti.
Convido-te, agora, insana consciência
A sair do inconsciente, e num brado audacioso de amor ao nosso povo, dizer:
Te amamos Brasil!

Valdecir dos Santos




Biografia:
Valdecir dos Santos – Docente na Rede Estadual de Ensino de MS Pós-Graduado em Língua e Literatura Professorvaldecir.santos@gmail.com
Número de vezes que este texto foi lido: 61837


Outros títulos do mesmo autor

Artigos Procura-se um professor... Valdecir dos Santos
Artigos A vulnerabilidade da natureza humana Valdecir dos Santos
Poesias VOO 447, ÚLTIMO ADEUS Valdecir dos Santos
Artigos Dia dos Namorados, mito ou realidade? Valdecir dos Santos
Artigos 12 de Junho - O trabalho infantil e o contraditório Valdecir dos Santos
Artigos Quem nunca errou que atire a primeira pedra! Valdecir dos Santos
Artigos NOSSA LÍNGUA DE CADA DIA! Valdecir dos Santos
Contos Bêbado não, artista de rua Valdecir dos Santos
Artigos O Gato Billy e o Bolsa Família Valdecir dos Santos
Artigos É tempo de mudança! Valdecir dos Santos

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 35.


escrita@komedi.com.br © 2025
 
  Textos mais lidos
A LAGARTINHA E A ALIMENTAÇÃO - Andrea Gonçalves dos Santos 69488 Visitas
Agosto - Flora Fernweh 65946 Visitas
ARPOS - Abacre Restaurant Point of Sale 5 - Juliano 64899 Visitas
Jornada pela falha - José Raphael Daher 64809 Visitas
Os Dias - Luiz Edmundo Alves 64436 Visitas
O Cônego ou Metafísica do Estilo - Machado de Assis 64337 Visitas
MUNDO COLORIDO - Simone Viçoza 64216 Visitas
Insônia - Luiz Edmundo Alves 64165 Visitas
Viver! - Machado de Assis 64161 Visitas
Namorados - Luiz Edmundo Alves 64083 Visitas

Páginas: Próxima Última