Não é mais a triste figura,
a cavalgar rocinante macilento,
Cavalga elétrica cavalgadura,
de ouro e argento.
Não é mais o lunático sonhador,
de baldados intentos.
É rubra bandeira de ira,
desfraldada aos ventos.
Já não se lança de alabarda em riste,
para abater hipotéticos gigantes.
Ele navega a região celeste,
em naves trovejantes.
Já não percorre as plácidas campinas,
onde canta o Teovoso.
É o holofote que ao céu empina,
seu raio poderoso.
Guilherme Percello
ano de 1960
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