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AMEAÇAS À HUMANIDADE
CAPÍTULO 7 - RENASCIMENTO
By: FerDatteBayo2015
A partir desse dia tudo mudou na minha vida... Conseguiram me convencer que aquela havia sido uma segunda chance pra mim, para que eu pudesse viver bem a vida nova. Mas não foi bem isso que aconteceu. As pessoas falam e inventam muitos deuses, para explicar aquilo que não entendiam. Eu sabia que voltei porque eu quis mas era fácil acreditar que um ser superior havia feito eu voltar.
Num certo dia a filha de meu irmão adoeceu...Quando perderam a esperança, fui visitá-la e fiquei a sós com ela. Ao tocar sua pele, senti o quanto ela estava quente e com algo ruim por dentro. Aquilo me invadiu e eu tive que me segurar pra não cair.
- O que foi querido?
- Nada anjo eu to bem.. O que faz dentro do quarto?
- Eu estou aqui porque você apagou. Uma hora atrás.
Percebi que estava deitado na cama do meu irmão. A garota que me acordou era Shely, sempre presente. Quando acordei, outra coisa estava no meu corpo. Uma coisa fria e assustadora.
A garotinha que estava muito doente de câncer na traquéia apareceu na porta e todos que estavam no quarto tentando me acordar se assustaram.
Os dias se passaram e os exames confirmaram que minha sobrinha já não tinha mais nada. Nenhum rastro da doença que quase a matou. Ela estava curada.
Meus dias se tornaram confusos. Enquanto eu tentava compreender o que estava havendo, comecei a tossir e sangrava de alguma coisa dentro do meu organismo.
Quando fiquei mal o bastante pra não conseguir nem respirar fui levado ao hospital e me disseram que eu estava com câncer. Um ano depois de salvar a garotinha, minha traquéia ia me matar. Pedi a Shely pra não contar a ninguém. Dois meses depois fui internado e submetido a radioterapia mas acabei morrendo uma semana depois.
Nesta época já não morava mais na mesma cidade onde ressuscitei pela primeira vez. Meus parentes demoraram para chegar até a funerária onde eu estava dentro de uma geladeira gigante. Mas eu não queria esperar até o velório para voltar. Eu estava congelando então comecei a bater na parede e a gaveta se afastou o bastante para caber minha mão e consegui sair da funerária, a tempo de ver alguns funcionários entrarem em choque com o medo de estarem me vendo.
Eu estava vivo de novo. E agora já era a segunda vez. Desta vez nenhuma crença em algum ser superior me convenceria de que eu estava tendo uma nova chance. Eu simplesmente morri e voltei ao meu corpo. Era isso que havia acontecido. Nada além disso.
The End
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