Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
GUERRA - POSSUÍDO
GUERRA DAS TRÊS ESPÉCIES
FER DATTE BAYO

Resumo:
Iniciando uma nova saga da história dos inimagináveis... a terceira parte: GUERRA DAS TRES ESPÉCIES começa com uma dupla invasão ao planeta.

CAPÍTULO 9 - WAR: GÊNESIS - POSSUÍDO

By: FerDatteBayo2015



John estava passeando na praia quando notou algo se movendo no mar. Um grupo de banhistas nadava próximo dali.

Um som estritamente agudo era ouvido enquanto as aguas se moviam em elipses cada vez maiores. Aquele som não era ouvido pelos outros mas ele podia ouvir. Todas as frequências de som Jonh podia ouvir. Até mesmo ondas de curto alcance como o que aquele ser marítimo estava emitindo.

Julgando ser uma baleia orca que se preparava para se alimentar de algo próximo dos banhistas, John sabia que deveria ajudar eles. Seriam no mínimo assustados com o animal de tamanha magnitude.

- Ei saiam da água! Agora!

O garoto precisava salvar a todos porque a sombra que viu se aproximar da superfície da agua não se parecia nada com uma baleia. O espécime era grande e nadava como uma arraia. Não conhecia aquele animal.

Antes de conseguir chegar no grupo, teve a sensação estranha de que várias coisas passaram por ele. Essas coisas eram como seres feitos de vento. Quando passavam por ele a sensação de frio intenso tomava conta. Sempre sentia isso quando estava em perigo ou via alguém em perigo.

Pela quantidade de frio que sentiu sabia que o perigo era grande. A coisa saiu da água e ficou em pé, e era de um formato humanóide. Mas era todo branco e usava uma espécie de capa branca que refletia a luz do sol.

A criatura estava com uma roupa de malha metálica que também brilhava no sol. Após olhar para o fundo dos olhos de John, o ser se virou e atacou o grupo com uma espécie de katana.

- Socorro! Nos ajude!

Ao tentar se aproximar da criatura que cortava os adolescentes que estavam nadando, John sente as presenças invisíveis o impedindo de ir até o local. Uma voz em sua cabeça diz para correr. Então ele corre.

Com o canto do olho John percebe que a criatura está andando na água e que agora possui duas espadas, com as quais ataca e corta pedaços das pessoas que encontra pela frente.

Em um relance John nota algo refletido na espada: Um ser escuro que parece ser um anjo da morte, aguardando ou enfrentando a criatura branca. Mas não tem nada em volta da criatura. Nada além de sangue e restos mortais das pessoas que a criatura matou.

Ao chegar na cidade, próxima da praia, ainda em Macapá, o garoto nao tinha certeza se o que viu era realidade ou apenas sonhou por causa do sol quente.

Quando criança, John encontrou um objeto que caiu do céu durante a noite. Esse objeto era quente mas não queimava a mão dele ao segurar. Só emitia uma luz. Como se algo passasse do objeto esférico para dentro dele. Então viu uma sombra. E a sombra também se aproximou. John fechou os olhos e sentiu um vento frio se aproximando e passando. Quando abriu os olhos estava sozinho. E o objeto havia desaparecido.

Conforme os anos passavam ele sentia essas presenças frias e logo algo acontecia de ruim e alguém morria. Foi ficando bom em ouvir sons que ninguém mais ouvia, como apitos de cachorro e sons de golfinho.

Apesar de sentir e ouvir coisas que ninguém mais ouvia, John estava acostumado com a vida boa no estado Amapense. Com o calor e as praias que o estado nortista oferece, John acabou se acostumando a ver e ajudar pessoas em perigo na água. Quando completou 16 anos foi contratado como resgate de afogamentos na praia.

Nadador com extrema precisão e rápido, John sempre conseguia evitar alguma morte acidental por afogamento no mar ou na praia quando algum desavisado era arrastado pelas longas ondas que batiam na areia da praia quando havia maré alta.

Agora ele sentia que não podia mais ser um salvador porque correu do local de afogamento por medo do que estava vendo. Chegando na cidade se lembrou de um caso parecido que viu na tv alguns meses antes: Uma sombra com lâminas matou varias pessoas em uma cidade do interior do País.

A descrição da tragédia parecia a mesma que viu na reportagem. A lenda urbana vendida pela tv tornava-se realidade agora. Mas a criatura era branca. E saíra da água.

- Será que é a mesma coisa? O que devo fazer?

Ansioso para fugir da criatura, John passa por um helicóptero que se aproxima da praia. Ao tentar gritar para a aeronave, ele vê que a criatura já está pendurada na porta do helicóptero e logo este cai depois de ser cortado pelas espadas finas do guerreiro branco.

Em casa, John se esconde e nota que a criatura não o seguiu. Ele havia percorrido mais de 20 km em meia hora. Sua velocidade havia aumentado bastante desde as corridas matinais em volta das praia que ele cuidava.

Sendo muito rápido, conseguiu fugir da criatura. Mas algo ainda o assustava: A voz que ouviu em sua cabeça para que fugisse. Era uma voz rude e brava, como se conhecesse e odiasse a criatura, e que de certa forma tinha um tom de medo.

Algo naquela voz era familiar. Mas John ainda não sabia o que era. Enquanto pensa sobre o assunto, ele liga a TV e nota uma reportagem que fala sobre a queda de um avião na fronteira do Acre. Várias pessoas morreram com a queda mas a luminosidade que a explosão gerou chamou a atenção de muitas organizações, incluindo a Nasa que agora estava analisando o solo e os destroços.

- Uma explosão de luz mais forte que uma bomba nuclear foi vista próximo ao local. Autoridades do mundo inteiro investigam o caso.

A reportagem continua mas John se desliga. Será que era aquela criatura que havia feito a explosão do avião também? Inquieto ele não percebe a entrevista do único que estava próximo o bastante do avião e disse ter visto a luz bem de perto.

- Meu nome é Rony e eu vi aquela luz sair do avião em chamas. E alguns seres brancos saíram da luz. Com espadas compridas. Centenas deles.

- Pelo visto o senhor encontra-se em choque ainda por estar próximo da explosão. Voltaremos em alguns minutos com a cobertura desse acidente que matou 207 pessoas e uma ainda encontra-se desaparecida.

John desliga a tv e encara os fatos: Ele ouviu o som da criatura, parecia com o som de uma baleia enfurecida. Depois viu a criatura: Branco e brilhante como a luz. Então fugiu da criatura, fazendo 40 km/h na pista da praia até a cidade.

Em teoria ele era o mais forte para enfrentar a criatura mas o medo era mais forte. Nem mesmo sabia quem era aquela coisa ou de onde tinha vindo. Mas sabia que tinha que derrotar ela.

- Droga eu vou morrer!

- Não hoje.

- Quem... Quem é você?

- Sou aquele que habita em seu corpo. Estou aqui para impedir que aquelas coisas acabem com a raça humana.

John começa a se lembrar. O vulto preto que ele viu não passou por ele. Mas entrou nele. Desde criança, ele estava carregando um espírito dentro de si. Por isso conseguia ouvir coisas e sentir outros espíritos e ser tão veloz.

Conforme compreende sua verdadeira situação, John ouve a voz pedindo que ele liberte os outros espíritos da dimensão do Nada. Uma dimensão onde os espíritos estão presos.

- Nós podemos vencer essas criaturas. Vocês não tem tecnologia pra destruir eles. Nós temos. Liberte nosso exército.

- Mas como eu faço isso?

- Derrote uma das criaturas ou liberte uma centena de pessoas de uma morte trágica e nos libertará. E então derrotaremos eles pra vcs.

- E então vocês dominam o planeta no lugar deles? Como se eu fosse cair nessa.

- Não precisamos nem podemos dominar seu povo. Estamos aqui a tanto tempo que se quiséssemos já teríamos dominado vocês. Mas a central que vc encontrou aprisionou milhares dos nossos na dimensão do Nada. Onde nenhuma matéria pode existir. Mas nós nao temos matéria nem massa então ficamos presos lá quando você tocou a esfera. Alguns de nós sobrevivemos à sucção do portal. Você sempre os sente. Os poucos que ainda estão entre vocês.

- Toda vez que sinto um desses algo ruim acontece.

- Sim. Nós sentimos a morte de humanos. E nos alimentamos da radiação qsi que a alma de vocês libera ao sair do corpo. Por isso estamos sempre em locais de tragédia. Para sobrevivermos.

- A quanto tempo estão aqui?

- A milhares de anos. Desde que vocês humanos povoaram a terra nós existimos. E então sobrevivemos e evoluímos. Agora fomos capturados pela armadilha que os brancos enviaram do espaço.

- E como vou salvar tantas pessoas?

- Vou te guiar. Você sentirá a presença de muitos de nós. Então saberá o que fazer.

John engole a história da voz dentro dele, até porque mesmo dentro de seu corpo aquela criatura nunca lhe fez nenhum mal. Aliás ele só era especial por causa do espírito que lhe dava poderes sobre-humanos.

Caminhando pela rua, John sentiu o frio da passagem dos espíritos. Agora ele sabia o que eram. Tinha visto um refletido na espada do guerreiro Branco.

Mas para onde estão caminhando algo também caminha. Muitos quilômetros a frente, a criatura corta alguns pedaços dos trilhos do trem em cima de um precipício. John alcança o trem no momento em que este passa pela cidade em alta velocidade.

- Olha lá mãe! Aquele cara está correndo atrás do trem.

A mulher nem sequer olha, mas o menino insiste:

- Mãe, ele está correndo junto com o trem.

Neste momento todos observam o garoto correndo ao lado dos trilhos tentando alcançar a cabine onde o trem é controlado e guiado. Ao ver uma porta aberta, John salta para dentro do trem e corre para a cabine.

- Ei você precisa parar este trem. Agora!

- Você está maluco?

- Vocês vão todos morrer!

John ouve o barulho das espadas da criatura branca cortando os trilhos centenas de metros a frente. Sem pensar duas vezes, ele puxa as alavancas de freio, fazendo o trem descarrilar e parar em um declive para cima.

- Seu idiota. Olha o que você fez! Muitas pessoas se feriram!

- Mas não caíram lá!

A 30 metros de distância os trilhos passavam por cima de um precipício e sairiam na montanha a frente, mas não existiam mais trilhos. Apenas o vazio. Nada além do vazio.

Enquanto todos agradecem ao jovem, este nota que algo como uma luz escura se acende no precipício e varias sombras saem de dentro dele. A criatura branca espera do outro lado, e centenas de vultos negros voam pra ela, dilacerando seu corpo como abutres em carne podre. As espadas finas são lançadas em uma pedra próximo de John. Ele segura uma delas e a lâmina brilha, deixando a vista milhares de sombras negras que puxam um humano para fora do portal, que se fecha.

- Quem é você?

- Eu sou Joel e você? Vocês conseguem vê-los?

- Sim, todos conseguem.

O medo toma conta de todos. As criaturas negras saem voando como um exército das trevas. John e Joel trocam palavras. Cada um pega uma espada fina e brilhante e saem, a procura das outras 319 criaturas brancas.

O vidente e o possuído. Juntos para combater a ameaça que dilacera. Mas o verdadeiro poder estava se aproximando.

Nem mesmo eles imaginavam ver tamanho poder.


Biografia:
Fer Datte Bayo, Formado na UFPR, escrevendo alguns contos de ficção cientifica juvenil. Contato pelo e-mail fer2009ie@yahoo.com.br
Número de vezes que este texto foi lido: 52809


Outros títulos do mesmo autor

Contos BATALHA MORTAL FER DATTE BAYO
Contos GUERRA DAS TRÊS ESPÉCIES FER DATTE BAYO
Contos GUERRA - DENNY FER DATTE BAYO
Contos GUERRA - POSSUÍDO FER DATTE BAYO
Contos IMORTALIDADE FER DATTE BAYO
Contos RENASCIMENTO FER DATTE BAYO
Contos MORTE: ERRO FATAL - RONY FER DATTE BAYO
Contos OS OLHOS QUE TUDO VÊEM FER DATTE BAYO
Contos UMA SOMBRA NA NOITE FER DATTE BAYO
Contos O INÍCIO DE TUDO FER DATTE BAYO


Publicações de número 1 até 10 de um total de 10.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
JASMIM - evandro baptista de araujo 69012 Visitas
ANOITECIMENTOS - Edmir Carvalho 57920 Visitas
Contraportada de la novela Obscuro sueño de Jesús - udonge 56760 Visitas
Camden: O Avivamento Que Mudou O Movimento Evangélico - Eliel dos santos silva 55838 Visitas
URBE - Darwin Ferraretto 55113 Visitas
Entrevista com Larissa Gomes – autora de Cidadolls - Caliel Alves dos Santos 55061 Visitas
Caçando demónios por aí - Caliel Alves dos Santos 54952 Visitas
Sobrenatural: A Vida de William Branham - Owen Jorgensen 54892 Visitas
ENCONTRO DE ALMAS GENTIS - Eliana da Silva 54819 Visitas
Coisas - Rogério Freitas 54809 Visitas

Páginas: Próxima Última