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A mulher de branco
Regina

A mulher de branco
No palco a banda tocava uma musica conhecida, o rapaz não ficou para ouvi la, saiu para comprar uma bebida.
Quando voltava se sacudia com o ritmo da canção barulhenta, outro jovem forte com aparência mitológica, um mostro do pântano talvez, o esbarrou com força.
Sua bebida caiu ensopando seus sapatos, o rapaz com um sopro de raiva empurrou o mitológico com força, logo sentiu o punho do adversário pairando em seu queixo, mas se esquivou.
Com um bom reflexo, atingiu o novo inimigo com um gancho de direita, depois ao ver o adversário caído não somente pelo soco, mas por estar bêbado, ele sentiu vontade em pisotear, foi impedido por uma mulher de olhos pretos, cabelos encaracolados, de corpo esbelto que vestia roupas brancas.
com voz firme e suave, disse não ao rapaz que simplesmente a obedeceu, ficou espantado com aquela aparição que o impedia de fazer esta barbaridade, que não fazia parte de sua realidade, ele não era estúpido nem cruel.
Desviou os olhos da mulher por um instante e ajudou o mitológico se levantar, quando se voltou para a aparição, ela já havia partido.
Ficou o show inteiro olhando cada mulher que vestia branco, para agradecer ou se desculpar, na verdade não sabia por que estava querendo rever a mulher que certamente o achava um estúpido primitivo.
Quando estava em casa com sua cabeça zonza pela bebida, que ainda estava em seu sangue latejando, fechou os olhos e pode ver a mulher parada em sua frente com a não levantada o impedindo de ser extremamente estúpido.
pode ouvir sua voz, e ate ver o brilho dos seus olhos, acordou assustado com o telefone tocando, nem olhou quem era, se ajeitou no sofá que estava com cheiro de bebida alcoólica e dormiu novamente.
Passou dias pensando na aparição da mulher de branco, não bebeu nem saiu com garotas que ligavam freneticamente, estava se sentindo um louco obsecado por uma cena, que nem tinha certeza de ter acontecido, estava fora de si, talvez fosse apenas imaginação.
Quando estava se convencido que nada tinha acontecido, viu sua encantadora musa imaginaria saindo de uma loja, correu se escondeu atrás de uma pilastra, pois temia ser reconhecido, queria saber quem ela era, mas não queria que ela soubesse de sua existência, não naquela circunstância.
A mulher de branco que agora estava de saia preta e blusa bege, era realmente linda, teve certeza estar deslumbrado por ela.
Tentou segui la pelas ruas, mas a perdeu de vista, foi ate a loja e especulou quem era a mulher, saiu insatisfeito, não sabiam seu nome, era uma cliente que sempre pagava em dinheiro, assim não deixava muito detalhes de sua vida.
Não precisava estar dormindo para sonhar com ela, fechou os olhos para descansar de um dia exaustivo e pode ve-la saindo da loja e olhar em sua direção, tinha olhos de jabuticaba como dizia sua falecida avó, eram lindos.
Podia ouvir aquela voz suave dizendo não, com tom de pedido não de ordem, estava enlouquecendo, mudou seu caminho habitual andava enfrente a loja só para ve-la nem que fosse de longe, mas não teve sucesso algum.
Com muita insistência saiu de casa para jantar com um amigo, que já estava estranhando tanta mudança, o rapaz com vergonha de contar sua loucura, evitava sair com seu amigo, que certamente ficaria espantado com sua paixão por uma mulher desconhecida.
Conversavam e falavam dos velhos tempos, o rapaz fingia estar contente e satisfeito, mas estava escolhendo o melhor momento para se abrir com o amigo, contar sua paixão pela desconhecida, quando ergueu os olhos e assim como em seus sonhos ela entrou no restaurante.
Ficou sem saber o que fazer, ela estava com uma garota também muito bela, o rapaz em um impulso se levantou e se dirigiu a mesa da sonhada mulher, não sabia o que dizer, mas foi assim mesmo.
Ela olhou direto para ele, com um sorriso perguntou se ele estava bem, seu coração esquentou novamente, por saber que ela se lembrava dele, pediu desculpas pelo seu comportamento e a agradeceu por interferir em sua estupidez.
Com o passar do tempo percebeu, que nem sempre aqueles olhos pretos como jabuticabas eram sorridentes, a voz suave e doce, também poderia ser áspera e amarga, o não em tom de pedido também era uma ordem.
Mesmo vivendo fora de seus sonhos, com a clareza que o tempo traz, se sentia feliz, sabia que a realidade nunca seria melhor que sua imaginação.








Biografia:

Este texto é administrado por: Hilza Regina Durei
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