Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
O velho
Regina

O velho
   
     Uma tarde escura com nevoas, que vinham das montanhas, no meio delas eis que surgiu um velho, ele caminhava de vagar com ombros pesados, andava arrastando uma perna.
Muitos pararam perante a ele, sem disfarçar seus espantos e rejeição pelo desconhecido, que fazia uma aparição de um mendigo.
Muitos ficavam com reseio de sua aparência rústica, para outros ele era somente um senhor abandonado pelo tempo.
Uns saíram da sua frente abrindo passagem, uns o encaram mostrando que ele não era bem vindo, uns sussurram indignação, outros apenas o observaram.
Ele com seu olhar vazio seguia pela estrada que era estreita, não olhava para ninguém, só caminhava com sua dificuldade.
O velho continuada devagar, mas caminha mesmo com sua lentidão, quando andava arrastava seu casaco que já estava desfiado e empoeirado pelo chão.
Um homem que queria se destacar perante a multidão, interrompeu a caminhado do homem velho, se plantou a frente dele que foi obrigado a parar, o jovem sorria olhando a condição do pobre senhor que não reagia às provocações.
Como o pobre velho não respondeu o jovem o chamou de covarde, e continuou a sorrir de seus feitos.
O velho não olhou nem uma vez para quem o humilhava com palavras tão desrespeitosas, estava focado na estrada que parecia tão cumprida e cada hora ficava mais estreita.
Depois de debochar do homem velho, o jovem saiu feliz por achar ter causado medo ao pobre viajante.
O velho não se importava com provocações, para ele o jovem era apenas um menino desrespeitoso, que não o incomodava, umas palavras de baixo calam, uns insultos não eram absolutamente nada, a quem já havia atravessado cidades de espada em punho, cortando cabeças de agressores cruéis.
Palavras e gestos obscenos, a quem já presenciou violências e torturas jamais imagináveis por um jovem desta maravilhosa época.
Se seus pertences fossem roubados não fazia a menor diferença, quem tinha perdido seu bem precioso, sua mulher e filhos ao inimigo que nem mesmo conhecia.
O jovem negou água a ele, mas ele não se importou, pois antes já haviam negado muito mais, negaram muitos dos seus sentidos, o direito de chorar, de ter medo, frio, amor, e ate mesmo o ódio, negaram ate o direito de pensar.
O jovem em sua falta do saber pensou causar algum espanto ao viajante,   que já não se importava com coisa tão poucas, sabia que tudo era tão insignificantes, insignificante perante sua intensa e sofrida vida.


Biografia:

Este texto é administrado por: Hilza Regina Durei
Número de vezes que este texto foi lido: 52809


Outros títulos do mesmo autor

Contos Quando ele chegou Regina
Contos A mulher de branco Regina
Contos O velho Regina
Contos Quando a morte vem Regina
Contos O jantar sofisticado Regina
Contos O almoço na casa dos pais Regina
Contos quando o telefone toca e ninguem atende Regina
Contos Com a ajuda de mamãe Regina
Contos O velório de Alfredo Regina
Contos meu crime Regina


Publicações de número 1 até 10 de um total de 10.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
JASMIM - evandro baptista de araujo 68997 Visitas
ANOITECIMENTOS - Edmir Carvalho 57911 Visitas
Contraportada de la novela Obscuro sueño de Jesús - udonge 56750 Visitas
Camden: O Avivamento Que Mudou O Movimento Evangélico - Eliel dos santos silva 55823 Visitas
URBE - Darwin Ferraretto 55077 Visitas
Entrevista com Larissa Gomes – autora de Cidadolls - Caliel Alves dos Santos 55025 Visitas
Caçando demónios por aí - Caliel Alves dos Santos 54893 Visitas
Sobrenatural: A Vida de William Branham - Owen Jorgensen 54877 Visitas
ENCONTRO DE ALMAS GENTIS - Eliana da Silva 54785 Visitas
Coisas - Rogério Freitas 54753 Visitas

Páginas: Próxima Última