Sinto-me morto. Um zumbi caminhante. Minhas emoções andam apagadas. Meu sorriso amarelou. Minhas mãos estão pesadas e fracas. Minhas pernas caminham sem rumo certo. Já não consigo cumprimentar os transeuntes nem ser simpático – ainda que por mera conveniência social. Dentro em meu peito, um vazio e um aperto. Presente em minha boca aquele gosto amargo que não se sabe bem de que fonte procede.
“Ansiedade” é o meu nome do meio. Pequenas coisas perturbam-me ao extremo. Sugam-me toda e qualquer energia, deixando-me prostrado, exaurido... O desejo agarrado ao meu íntimo é o de sumir, sem deixar qualquer vestígio ou memória. Que não se encontre nenhum refugo da minha existência e que meu nome caia de súbito no esquecimento da parte daqueles que tiveram o desprazer da minha companhia...
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