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DESENCONTROS.
Comportamento Humano.
João Justiniano da Fonseca

DESENCONTROS.




"Adeus, Andréia. Não me verás jamais. Deixo tudo; minha mãe e minhas irmãs sem apoio e arrimo, os negócios da família ao abandono, para não te ver jamais, para não saberes nunca de mim. Não saberás da minha sepultura, nada ouvirás sobre o meu fim, adeus. Gustavo”.
O bilhete sobre a mesinha da cabeceira. Ele, onde fora, ninguém sabia.
Amor de infância, brinquedo de roda na escola, de adolescência e primeira mocidade, era o de Andréia e Gustavo. Ele morava em um pequeno povoado interiorano, ela na sede do município. Para aprender a ler, ele foi mandado pelos pais, garoto aí dos seus nove anos, à pequena cidade. Parede meia com a casa dos pais de Andréia, que ia pelos sete anos - era aquela onde se hospedou. Conheceram-se em dois dias. E brincavam juntos, estudavam juntos, ideavam juntos, sempre juntos.
Ela, linda menina de sorriso azul, de olhar que ria - que falava e ria - ainda mais que os lábios. Ele, meiga criança de inocência Angélica. Iam-se desenvolvendo aos poucos, sem que se apercebessem. Um dia se advertiram de que já não eram crianças, tão crianças pequeninas como se imaginavam. A ela crescia o busto. Nele desponta o buço. Sempre juntos - sempre. E aí entenderam que, sem saber de quando, eram namorados. Namorados anjos, namorados santos sem sinais de fogo. Ao se encontrarem no olhar, ao se apertarem as mãos, ao serem permanentemente dedicados e cuidadosos um com o outro, entendiam que se amavam. No colégio e na rua, entre os amiguinhos, todos os viam como um par inseparável. Foi no pequeno cinema da cidade, que os seus lábios se encontraram para o primeiro beijo. O primeiro de ambos, as primícias entre si oferecidas. E pasmam, perturbados, pêlos eriçados sem saber por quê. Então, beijam-se mais, apertando-se os corpos, transferindo-se calor. Amavam-se, agora tinham certeza disso, estavam apaixonados.
Concluído o curso secundário vieram para a cidade, já rapaz e moça, na tentativa de romper o duro lacre do vestibular. Nenhum dos dois passou no primeiro e partiram para o famoso cursinho. Ah, o cursinho! - eles comentavam: o beneficiário do deficiente ensino secundário daqui e de lá, de Norte a Sul do país, espelho da erosão educacional. A comprovação da falta de nivelamento entre o que se ensina na escola secundária e o que se exige na seleção à universidade. Ou se ensina mal ali, ou aqui se exige demais. Quem sabe, é outra coisa? Estica-se a corda de propósito para quebrá-la. Isto é, sem oportunidades para todos os que a procuram, a universidade cria embaraço aos jovens por via do vestibular. Sem ampliar suas vagas durante muitos anos o suficiente para atender à demanda, que fazer, onde botar os aprovados? Então, pronto, reprová-los, castigá-los, aliás, com a reprovação. Nesse ponto é a apelação. Isso diz respeito à escola pública, aquela a que se destinam os pobres. Os ricos não têm esse problema. As escolas e faculdades particulares, a custo do nobre ouro, estão sempre à sua disposição.
No correr do ano um insucesso para Gustavo. Seu pai faleceu abruptamente e ele teve que retornar ao seu povoado, para dirigir os bens da família, na qualidade de único homem da casa, abaixo de si três irmãs menores. Adeus estudos, adeus planos de ser um médico que entendesse de todas as doenças e as curasse, a todas, como desejava seu falecido pai. Em todo o caso, quem sabe não poderia arrumar as coisas de modo a voltar, foi o primeiro raciocínio. A esperança anda sempre acesa no coração da gente, é a última que morre, dizem os entendidos nas coisas do destino do homem ou em psicologia. De todo o modo, partiu para o duro labor interiorano. Lavrar a terra e criar o animal, produzir para os da cidade. Suor e lágrimas, esgrima contra as variações climáticas, ora chuva demais, ora chuva de menos, geada ou estiagem, conforme seja Sul ou Nordeste.
Ao lado de preparar-se para o vestibular do ano seguinte, Andréia que ficou sem o seu amor, pensou na vida prática, na necessidade de adquirir um emprego para complementar a escassa mesada. Matriculou-se em um curso de inglês e francês. Ao mesmo tempo cursou datilografia. Agora bilíngüe. Primeiro ano da Faculdade de Direito - era o velho sonho da família, ter o seu advogado -, empregou-se como secretária. Moça e inteligente, dinâmica, cuidadosa, atendia prontamente a todas as tarefas, tinha resposta na hora para todo pedido de informação. Alcançou a confiança do chefe e dos colegas, fez amizades. Atendia ao telefone, anotava e passava recados, transferia o telefonema para a linha do chefe. E datilografava, que datilografava! Trabalho muito na carteira do presidente da empresa, martelava os dedos no teclado da máquina sem parar. Bilíngüe para quê, para que o domínio de línguas estrangeiras naquele trabalho não sabia, se, no correr de seis meses, não aparecera uma palavra para escrever ou traduzir, uma pequena tarefa com que arranhasse o inglês ou o francês e os exercitasse. Sabia lá, para quê o conhecimento de línguas estrangeiras! Vaidade do presidente – pensava - seu gosto de ter uma bilíngüe secretária. Datilografava, prestava informações, telefonava, levava papel e trazia papel. Bilíngüe! Para quê bilíngüe? - era a sua auto-interrogação.
Um dia, Rogério, engenheiro recém admitido na empresa, apareceu-lhe em nome do chefe, com uma carta de uma firma canadense para traduzir. Ela passou a vista no papel, sorriu e foi lendo alto sem titubear, não em inglês, mas em português. Traduzia palavra a palavra ao correr da leitura sem faltar uma vírgula.
     - Menina, assim tão rápido? Nem consulta um dicionário? Está tudo certo, não há equívoco nenhum?
- Não, não nenhum equívoco. É isso aí que você ouviu. Claro que consulto o dicionário, quando tenho dúvida, quando não sei bem a palavra, do mesmo jeito que a gente o faz quando lê português. No caso não foi necessário. Vou passar para o papel e pode levar ao Dr. Jesualdo sem receio de engano.
- Bem, põe isso aí no papel, que vou levar ao chefe. No mínimo você ganha um elogio. Que ele vai gostar da presteza, isso vai. Do jeito que é apressado em tudo... Quem sabe te concede um aumento!
- Que nada, eu sei quem é o nosso chefe. Só quer trabalho e tudo que oferece é esse magro salário mínimo!
- Que é isso, menina, só ganhas o salário mínimo?
- Pois é. É esse o salário da secretaria bilíngüe! Pensa que porque traduzi uma pequena carta, a primeira que me aparece, por sinal - sem o uso do dicionário, vou ser promovida! Estou é procurando novo trabalho para deixar essa droga. Uns poucos anos enquanto concluo o curso, pois a situação financeira do velho não anda das melhores e eu sou um pouco gastadeira.
- Ah, é, procura emprego? Eu estou montando o meu escritório de projetos e planejamento. É uma questão, no máximo, de dois meses e também deixo isso aqui. Por enquanto, funcionarei só. Quer vir trabalhar comigo? Certamente não lhe darei alto salário, nem sei ainda quando poderei... De início talvez não possa oferecer mais do que percebe aqui. Garanto apenas que à proporção que eu crescer, você subirá comigo. Poderemos firmar um contrato em que lhe ofereça uma parte dos lucros, alguma coisa que no futuro compense o duro dos primeiros dias, se a empresa chegar ao que penso. Poderemos ser sócios, entende? Você estuda direito. Quem sabe, não conseguimos ir longe com a sociedade? Estou te convidando para ser minha sócia, ok?
- É uma boa, cara! Legal paca! Não estou me importando com ganhar muito. Desde que perceba o indispensável às minhas coisas... Melhor, a completar a mesada do papai. Mas olha, para ser tua sócia tenho de consultar os velhos.
Assim foi. Andréia pediu a conta logo a seguir. Ia fazer uns dois meses de praia e recuperar os estudos em atraso. O patrão assustou-se com esse pedido de demissão exatamente na hora em que a chamara para dar os parabéns pela presteza no desempenho do primeiro trabalho de tradução.
- Que houve minha jovem? Falta-lhe alguma coisa?
- Tenho melhor proposta. O senhor paga pouco demais.
- Dá-se um jeito. Você terá uma promoção no próximo mês.
- Bem, agora não dá. Já assumi outro compromisso.
Dois meses depois, Rogério e Andréia trabalhavam juntos, como funcionários únicos - patrão e empregada - quase sócios - de uma empresa que nascia. Trabalhavam, não é bem o termo, passavam o tempo conversando e telefonando, fazendo contatos. Esperando. Aqui, ali, uma visita, propostas, sugestões, isso de todo começo. Liam as promoções que o moço engenheiro mandara imprimir, oferecendo os seus serviços, imaginavam retoques e ampliações nesses escritos, para futuras impressões, pensavam em coisa nova, rabiscavam. Mexiam e remexiam em projetos fictícios esboçados - material que poderia servir de base, oportunamente, a trabalhos definitivos. Estudavam, projetavam em cima de hipóteses.
Só bastante para frente começaram a aparecer os primeiros clientes, os primeiros trabalhos proporcionando rendimento. Enquanto isso, o Diretor de ROGÉRIO ENGENHARIA, PROJETOS E PLANEJAMENTO - estava encalacrado nos bancos, papagaio voando para todo lado, por sorte em um tempo em que a moeda ainda não se roía a si mesma, comendo-se pelas bordas como uma vespa danada. A secretária recebia com atraso, irregularmente, aliás, o pequeno salário. Insistindo confiantes, os dois não arredavam pé do escritório, telefonavam, contatavam, esperavam, sonhavam.
Quando aparecem os primeiros projetos e Rogério descola as primeiras notas, começam a sair juntos, vão a restaurantes, comemoram os sucessos primeiros, os pequenos sucessos, aliás. Amizade, coleguismo, solidariedade, talvez namoro insipiente, para o qual ainda não eram despertos.
O escritório progrediu, o salário da funcionária foi aumentado e no fim do ano ela recebeu o estímulo de uma pequena participação. Tudo bem. Continuavam a sair quase todas as noites, ainda que Andréia escrevesse semanalmente a Gustavo, contando do trabalho, das dificuldades iniciais, já agora dos primeiros sucessos. Também Rogério, noivo de uma conterrânea no interior - Simone era o seu nome - levava suas cartas semanais ao correio e as notícias que esta recebia eram iguais às recebidas por Gustavo. Os jovens diziam, inclusive, dos jantares de comemoração, sempre que havia um sucesso a festejar. Alguma coisa ocultavam - eram as saídas constantes, independentemente de motivos especiais, por mera satisfação pessoal, vontade de estarem juntos por mais tempo, namoro, não, nem pensavam. O interessante de suas saídas, é que noivos ambos, de aliança, eram tomados por noivos entre si, em toda parte aonde chegavam e mesmo pelos amigos comuns, com quem nada comentavam sobre o noivo e a noiva ausentes. Tudo bem, entretanto, nem se advertiam desse pormenor. Só Andréia, calada, sem comentar com ninguém, tinha as suas preocupações com Rogério. É que ele se revelava muito ligado a um desejo desmedido de ganhar dinheiro, ficar rico em curto prazo - crescer, crescer muito depressa, sem levar em conta problemas éticos e morais. E isso lhe era estranho, a ela, que só pensava na fortuna do bem estar, da paz, da felicidade tranqüila. Também se preocupava com Gustavo, que a partir de certo tempo, era quase silencioso em suas cartas, embora sem reduzir o número de páginas. Vazia, vaga era a correspondência, longe do calor de infância e adolescência, primeira mocidade. Suspeitava que ele cismasse sem dizer, e até com razão. Desconfiava de si mesma, talvez suspeitasse das novas pulsações do coração e sobre isso silenciava nas cartas, deixando-as tão vazias quanto as do noivo.
Vem Simone do interior, pela primeira vez após um ano e meio de funcionamento do escritório, bem seis meses depois de receber, ali, a última visita do noivo. De pulga na orelha, visita-o no trabalho, de surpresa. Chega ao velho rojão das que se julgam donas - donas e duronas, grossura a todo vapor:
- Rogério está, menina?
- O Dr. Rogério está em reunião. Por favor, sente-se um pouco, que ele atende logo. A quem anuncio, por favor?
- Sai da frente, vai Simone respondendo enquanto empurra a única porta que enxerga na sala.
Atônita, a secretária a acompanha. Lá dentro, três moços se entreolham sem entender a interrupção, enquanto Rogério levanta-se apressado e vem receber a visitante. Beija-a e apresenta aos amigos:
- Esta é a Simone, minha noiva. Desculpem, ela há de estar ansiosa... Os três olham para a moça, entreolham-se ainda uma vez e olham para Andréia, que se retira.
- Meu amor, diz Rogério a Simone, por favor, me espera um pouquinho, enquanto acabo o assunto, que não posso interromper. Leva um papinho aí com a Andréia, que é uma moça excelente. Ela conhece seu nome e quase tudo sobre você, de quem lhe falo sempre. É minha secretária, a pessoa com quem convivo mais tempo e converso mais vezes no dia a dia do trabalho. Tá?
- Levar um papo com essa, eu? Era o que faltava! - grita a jovem a toda voz. Vou para o hotel. Você me procura quando quiser. Temos muito sobre o quê conversar. Inclusive sobre os negócios seus e do papai.
O pai de Simone - fique esclarecido, era o apoio financeiro de Rogério, quem lhe avalizava os papagaios e supria as emergências, as insuficiências de caixa, aliás. Gente rica, muitas propriedades, renda de sobra, tudo para ficar a aquela única herdeira, e disso, ali, só sabia ele, nunca chegara ao conhecimento de Andréia nem de ninguém.
O jovem empalidece. E só tem voz para segredar ao ouvido da noiva:
- Simone! Por favor, estou em reunião de negócios...
- Até mais, diz ela, retirando-se sem cumprimentar os moços que a olham pasmados.
Rogério retomou o seu lugar ao lado dos amigos, com um simples "desculpem o incidente", respondido unanimemente por um - "bobagem"! Retomaram o assunto, visivelmente constrangidos.
Ao fim da reunião o chefe pede à secretária que feche o escritório e saem juntos. Iam... Para onde iriam, em rumo oposto ao do hotel onde se hospedava Simone? Ele não falou, ela não perguntou. Acabaram na orla marítima. Estacionado o automóvel, ele a toma pelo braço e descem à praia. Ela não lhe mencionou a maneira como fora tratada pela sua noiva. Ele não lhe disse como fora ofendido. O mar balança ao sopro da brisa, canta suavemente nas ondas que vêm e vão, lança-se sobre a praia, recua, pensa talvez - pensa o mar, sim, certamente pensa, sonha também e também ama! - no dia em que possua toda a terra debaixo de si, dominada, vencida, subjugada, ela que o prende ali, à distância, sem permitir que lhe penetre as entranhas misteriosas...
- Sereia, minha sereia, grita o moço a todo pulmão, enquanto retira a aliança do dedo, um presente para ti, minha querida mãe, nessa hora em que me liberto de um pesadelo. E lança o anel ao mar, na distância que lhe permite a força do braço direito.
- Rogério, o que faz? Está perdendo...
- Perdendo nada, ganhando! Quer casar comigo? Faz tempo que tenho essa pergunta afogada na garganta. Quer casar comigo?
- Como? Casar com você? Está ficando... Não está vendo... Nós ambos temos compromisso, Rogério, você sabe, tenho um noivado que não poderia assim, sem razão...
- Razão? Que é a razão, menina? A razão é o amor. Você, sem saber, já não ama o seu noivo, não o tem no coração, como eu, ignorando-o, já não amava, há muito, aquela tabaroa metida a dona do mundo que você viu cheia de rompante. De rompante e grana, sabia? Pensa que o dinheiro é tudo, pode tudo, compra tudo e todos. Eu lhe mostro como se monta um burro brabo! Vamos, menina, vamos, responde: - quer casar comigo? Dentro de dois meses, três - só o tempo de preparar os papéis e estaremos casados. Sem dinheiro, sem lenço e sem documento, com muito amor. Tá legal? Diz que tá legal!
- Rogério... Colhida de surpresa, assim, a moça não teve palavra de sim nem de não. E repetiu, gaguejando: - Rogério...
- Ora, meu bem! Te amo! Sei que me amas. Vamos, já não é possível enganar-nos, confessa! O desaforo que recebi daquela inexpressiva caipira foi o toque de despertar, o alerta para uma realidade simples e bela: - eu te amo, tu me amas, nós nos amamos de tempos!
E logo estavam atracados em um beijo de perfeito ajustamento sentimental, um beijo que durante um ano e meio dormira no pensamento dos dois. Pularam na praia, brincaram, correram, sorriram, deitaram... Pela primeira vez deitaram. Assim, na praia, às visitas de quem eventualmente passasse... Deitaram. E amaram.
Dois meses depois, avisado da situação pela ex-noiva, que pedia muitas desculpas e rogava perdão, Gustavo sumiu.
Rogério, na Capital, publica os editais e proclamas, marca o casamento. Entrementes, as letras a pagar começam a aparecer, os credores insistem, executam o pouco que conseguira poupar em um ano e meio de trabalho árduo. Por total desajustamento econômico, prorroga o casamento sem data. Andréia compreende e luta ao seu lado, buscando refazer tudo. A crise aumenta, os clientes desaparecem. Quando se está ruim e sem nada a oferecer, os amigos deslizam, encantam-se, não são vistos em lugar nenhum.
Um dia, ao chegar ao escritório, a secretária encontra um bilhete sobre a mesa:
"Andréia, adeus! O destino, mais forte que nós dois, que o nosso grande amor, nos destrói. Por favor, faça chegar a chave do escritório ao proprietário e não espere por mim. Vou fazer uma viagem, andar por aí uns tempos, afogar as mágoas no pó da estrada. Quando voltar, perdoe que lhe diga, caso-me com a Simone, com quem reatei o noivado. Só assim salvarei minha situação econômica, os meus negócios. É a sorte de cada um impondo o seu caminho. Sou um... Pode dizer a palavra, pode dizer - um crápula! Adeus. Rogério".
As lágrimas começam a descer, enquanto, silenciosamente, a jovem contempla a carta à sua frente, lembrando-se da que fizera a Gustavo e do bilhete que este lhe deixara ao desaparecer. Os dois foram embora. Um, um homem, que ela mesma despedira, o outro, um... E quem haveria de aparecer naquele momento doloroso?
- Olá, senhorita secretária, que é de seu chefe? Simone tripudiava sobre sua dor.
- Vá pro inferno, gritou Andréia, retirando-se às pressas. Da porta ainda berrou, deixando para trás o bilhete, a chave do escritório, tudo:
Eu quero é que Rogério morra! E você se dane!


Biografia:
João Justiniano da Fonseca, Rodelas, Bahia,30-061920. Escritor, poeta. E só,
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