CASA de pau-à-pique, pobrezinha,
sozinha no ermo do cafundó;
o pilão, lá na baixada a rocinha
de milho, o monjolo, a tuia o paiol...
No quintal, o mastro de São João;
aos fundos o corguinho preguiçoso,
cantante, amenizando a solidão;
ao lado da tapera, gracioso
e florido pé de ipê... Quando cai
a noite, e a lua banha o terreiro,
vem para fora o moço violeiro
e quem passar pela estradinha vai
ouvir enternecido uma canção
que fala de amor e traição...
|