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Como vai a Escola no Brasil?
Sérgio Murilo Santos de Araújo

Resumo:
A Educação escolar brasileira sempre foi um problema, não de hoje, nem de ontem, mas desde o império. Problema por que se fosse solução seria de acesso a todos e para ter acesso é necessário disponibilidade e vagas. Discutir a educação na escola e o ensino é o que se propõe aqui, no entanto, não temos a menor prepotência de dizer que iremos discutir os problemas da educação escolar ou do ensino, uma vez que tal tema seria uma monografia ou uma tese, de dezenas de capítulos.

A Educação escolar brasileira sempre foi um problema, não de hoje, nem de ontem, mas desde o império. Problema por que se fosse solução seria de acesso a todos e para ter acesso é necessário disponibilidade e vagas. Discutir a educação na escola e o ensino é o que se propõe aqui, no entanto, não temos a menor prepotência de dizer que iremos discutir os problemas da educação escolar ou do ensino, uma vez que tal tema seria uma monografia ou uma tese, de dezenas de capítulos. Dessa forma, vamos apenas discutir o problema que considero crucial, perguntando, como vai a educação nas escolas do país? Pergunta que não cessa. De difícil resposta, mas o que vem na cabeça das pessoas, e pelos exemplos que não faltam, é que vai mal. Um dos problemas, e é a esse que me deterei neste breve artigo, é a falta de qualificação profissional. Mas como? Se as faculdades de formação de professores estão abarrotadas de alunos. A resposta é simples, além da má formação, fator de alguns não se aventurarem no ofício, alguns licenciados que saem das faculdades não se debruçam no difícil ofício da educação; partem para outras áreas, atraídos por salários mais atraentes e que possam trazer maior qualidade de vida e satisfazer o sonho da casa própria, do automóvel, entre outros.
Se o ensino vai mal, é por que falta qualificação e porque o salário é muito baixo, coisa que começou a ocorrer nos anos de 1970, quando a classe dos professores viu sumir o seu prestígio social. Ser professor já deu status, hoje, ninguém dá mais valor e que digam alguns que ficam expostos à violência dentro da sala de aula, local de respeito mútuo entre professor e aluno no passado. A sala de aula agora virou local de luta, onde todos colocam suas frustrações, incluindo o professor, e aí a educação cai em desgraça.
Hoje, muita gente se diz Professor, coisa que começou no passado, quando as faculdades de formação de professores, de cursos como história e geografia eram escassas ou as vagas nas Universidades era igualmente reduzidas. Daí aparecerem os professores que estavam na faculdade, em formação, mas que faziam cursos de Direito, Engenharias e qualquer outro que nem sequer tangenciava os conteúdos que lecionavam, daí em diante a educação passou a ser um “bico”.
Quando a educação passa a ser bico, ou mesmo quando o professor não dispõe de tempo necessário para se dedicar e preparar as suas aulas, a educação “entra pelo cano”. Isso é mais agravado quando o governo não investe na qualificação do professor e nem na infra-estrutura da escola, e investir no professor passa por melhores salários. Atrair a atenção do aluno com quadro de giz e salas mal conservadas, com bancas quebradas, passa a ser uma tarefa árdua, é como “pagar os pecados”, que muitas vezes o professor de carreira, mesmo o mais esforçado, pergunta se os cometeu.
Sabemos que o problema da educação no país não vem dos dias atuais, mas permanece até hoje, não podemos aceitar que isso continue assim; pois se a escola é um problema busquemos a solução, ou as soluções, pois ela deveria ser a solução para nosso desenvolvimento e enquanto governos e sociedade acharem que tem que empurrar com a barriga, não sairemos da triste situação econômica que muitos brasileiros vivem à da exclusão. Educação de qualidade “rima” com inclusão e desenvolvimento, sustentável, é claro.


Biografia:
Professor da Universidade Federal de Campina Grande - UFCG. Doutor em Ciências pela Unicamp (2004).
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