Somente na época em que celebramos a morte e ressurreição de Cristo, o maior dos filhos de Deus que viveu entre nós, é que nos damos conta de sua mensagem verdadeiramente. Jesus Cristo pode receber várias denominações, o maior filósofo, o maior educador, etc. Os ensinamentos de Cristo podem ser avaliados como únicos ou apenas como uma nova forma de relembrar o que os homens, mais inspirados por um criador, já haviam dito ou mesmo coisas novas que deveriam ser incutidas na mente dos homens que constituem nossa sociedade.
Homens simples, homens de poder e de riquezas, todos nós somos seres e filhos de Deus. Talvez não a sua imagem e semelhança, pois, acredito que o que denominamos Deus seja tudo de bondade e maravilhoso, menos humano. Afinal de contas produzimos guerras, matamos e também temos gestos de bondade e solidariedade para com nossos semelhantes, o que nos aproxima de Deus, mas somos apenas criaturas de um criador supremo.
Jesus nos ensinou como devemos nos conduzir diante da vida e do mundo para que vivamos em equilíbrio, seu mandamento resume todos da Lei Mosaica e nos coloca diante de um desafio: “Amar a Deus e ao próximo, como a si mesmo”. Ora esse é uma lei que o religioso e aqueles que têm religiosidade devem seguir, pois, muitas vezes, nos pegamos cometendo algum tipo de erro, conosco, contra o outro e contra Deus. Do ponto de vista pedagógico, essa máxima do Cristo é um verdadeiro ensinamento de convivência, extrapolando para nossas relações com a natureza, diria que é o verdadeiro sentido da Ecologia. Pois esse próximo pode ser o entorno e os demais seres vivos. Assim, poderíamos viver melhor com nossos semelhantes e com o planeta Terra, que é o maior foco de preocupação atual, pois a espécie humana corre o risco de extinção.
Jesus é ainda pouco compreendido e pouco se pratica o que ele nos deixou, e talvez seja o maior legado de um educador, filósofo, ou qualquer que seja o termo deste que foi o maior entre nós. Num mundo onde domina a fome e a injustiça em vários países, guerras, regimes de governo como o capitalismo e outros regimes sem a menor preocupação com o bem comum, fica difícil dizer que estamos no caminho do Senhor ou no caminho de Jesus.
Qualquer que seja a religião, penso que as pessoas deixam a religião de lado quando se trata da sobrevivência, valores são esquecidos, vidas são ceifadas, em nome de um jogo político, econômico ou qualquer coisa parecida. Estamos num período onde a figura de Jesus é relembrada como exemplo maior de AMOR e DOAÇÃO ao próximo e à humanidade inteira. História que já estava escrita e fora narrada pelos profetas. Assim, o Cristo veio entre nós para ser o Cordeiro de Deus, e em sacrifício se doou.
A páscoa celebra a passagem, que significa uma nova vida. Jesus ressuscitou como prova de que a vida é eterna e que devemos prestar contas a Deus; o homem deve se espelhar no exemplo do Mestre, e aquele que seja justo e honesto não deverá temer. Para alguns a vida é passageira e só pensam em acumular, muitas vezes de forma desonesta. Enquanto houver um filho de Deus que pense assim, continuaremos vivendo num mundo de provações e de injustiças. Mas haverá sempre alguns que trabalham por um mundo melhor, que pensam na comunidade onde vivem e, por extensão, no planeta.
|