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Renascer - O Acidente.
Estela narra a armação que a levou num terrível acidente.
Jônatas Charlie

Resumo:
Com o acidente armado para matar Estela, os acontecimentos começam a se desenrolar. Narrado em duas partes, a primeira por Estela e a segunda por Heitor.

PARTE UM - ESTELA


‘’Em folhas separadas meu amor, eu escrevo para você. Eu vivo por você. ’’ A frase dizia o que eu sentia naquele momento.

Fechei o livro e me concentrei no rosto tranquilo de Heitor e depois pousei minha cabeça em seu peito.

Ainda deitada sobre o peito de Heitor repousando a barriga no aconchegante colchão; sobre os cobertores quentinhos, me vi naquele Iate pelos olhos de Heitor.

Eu realmente fiquei muito encantada quando meus olhos atingiram os seus. Vi por seus olhos cor de chocolate, que meu futuro estava ali. Dentro de mim, meu coração já sabia o que eu ainda suspeitava.

Eu me apaixonara por ele. E ele por mim. Mas ao ponto de termos um bebê juntos é que eu percebi que a felicidade realmente nos cercava de todos os lados possíveis e imaginativamente inexistentes.

E o amanhecer veio.

Acordei sentindo dores leves, porém desagradáveis. Eu sentia que o parto estava perto.


Segui minha rotina de sempre. Acordei li alguns títulos da estante de Heitor, depois fui diversas vezes ao banheiro. E por fim eu estava sozinha, Heitor tinha ido a cidade vizinha buscar um funcionário que havia ficado na cidade para tratar de negócios e seu carro havia quebrado.

E o anoitecer veio. A sensação só aumentava. Os segundos se esgotando...

De repente ouvi um grito.

E novamente, porém mais angustiante.

Levantei devagarinho e fui ver o que estava acontecendo. Do corredor que se estendia á minha frente, eu pude ter certeza absoluta que os gritos vinham da Cozinha. Aproximei-me lentamente fazendo o mínimo de impulso que pudesse piorar a dor e enfim cheguei á Cozinha.

Camila estava com a mão debaixo da torneira, o sangue se esvaindo do corte rapidamente.

– Me leve para o hospital, por favor. – Camila suplicou para mim enquanto o sangue tingia a água transformando-a em um intenso vermelho.

Ainda um pouco fraca, eu procurei pelas chaves do carro enquanto Camila cobria o corte com uma toalha. Depois que as achei, entrei lentamente no carro com Camila no banco do carona.
Eu consigo dirigir, eu consigo, pensei aflita.

O carro ganhava velocidade pelas ruas imensas e vazias. O céu estava negro, de certo iria chover. Meu coração batia num ritmo frenético como se quisesse parar.

Apenas um minuto.

Eu estava sob o controle do carro, um segundo depois não estava mais. Camila parecia enlouquecida, pegou o volante tentando fazer com que o carro ziguezagueasse pela rua. Os pneus cantavam a melodia do desespero enquanto eu tentava fazer com que o carro andasse em linha aparentemente reta, longe de outros carros.


Mas era tarde demais.


Uma rampa de concreto estava a nossa frente, eu tentei com todas as forças frear antes de colidir com a rampa.
Camila olhou-me com desprezo, e então abriu a porta do carro. A porta balançava com o movimento do carro, com o movimento de uma escapatória. Camila não pensou nem duas vezes e pulou, enroscando-se com o asfalto duro e áspero.

E mais um minuto, parecia estar vendo tudo em câmera lenta. Como em filmes.

Meu bebe, minha filha, pensei desesperada.

Tempo esgotado.


O carro bateu na rampa tomando velocidade suficiente para subir, subir alto demais e depois capotar diversas vezes.

O som de metal retorcido, sangue e mais uma capotada.

E o carro parou.

A última coisa que vi, foi o rosto de Heitor. Meus olhos se fecharam.

Um grito tentou escapar por minha garganta, mas parei-o para ouvir meu coração batendo. Falhou por duas Batidas e então o silêncio o dominou.
Eu estava morrendo.



Meus olhos se abriram.

– Ah! – eu disse ofegante. – Minha filha! Tire ela. – eu tentei ordenar.

As dores eram insuportáveis. Os cortes, a hora do parto. Juntos, parecia que alguém estava cravando mil facas em mim, enquanto outra pessoa despejava álcool nos meus ferimentos.
Ardia. Doía. Eu queria que a dor parasse.

Agora eu estava sob uma mesa de cirurgia.

Pude saber disso, pelas roupas que me cercavam e o som inconfundível dos objetos de operação. Depois a escuridão me cercou e me tragou.


Biografia:
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