Minha mãe com seu rosto marcado pelo tempo
Imitava Maria cuidadosa do lar
Nunca parou se quer pra descansar
Há tantas mulheres com traços iguais
A luta, labuta que é mãe ou é pai.
Mãe, nasceu na roça, palhoça, cafezal
A arte da cozinha, a lenha e o curau
Era a gamela nos becos, milharal
Que cena que tragedia era a minha
Uma gamela derramei sem querer
E caldeirões de comida se perdeu
Repetiu a comida outra vez
Irei subir a lavoura a cautela
Desta vez não derramo jamais
A companheirada me aguarda a gamela
De toca na cabeça era minha mãe
E meu pai impaciente chegava
Uma senhora distinta era noite
Sempre alegre minha mãe aguardava
Lá se vai o meu pai a comprar
Humano era ele em virtude
E minha mãe a rainha do lar.
A recordação da vida dura passou
Belos dias sempre despontou
E minha mãe a sua touca deixou
Nunca lembra da dureza, da dor
Carrega consigo a cruz do Senhor
Oh minha mãe que Deus a acompanhe
És Maria, és exemplo, é amor
Seus onze filhos deu trabalho
E sempre sorri quando chegam
Muitos netos a beijam o rosto
Precisa de ajuda hoje em dia
Repetem os afazeres domésticos
É minha mãe, minha doce Maria.
J. CHAVES
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Biografia: Jones Chaves Queiroz, nascido na cidade de Abre Campo/MG, no dia 11/06/1964, onde morou até os 11 anos. Mudou para a cidade de Contagem/MG onde concluiu seu estudos. Se casou com Maria Elza em 1990, onde teve dois filhos: Lorrana, hoje com 19 anos e Lindemberg com 15 anos. Reside atualmente na cidade de Betim/MG. Trabalha na área administrativa como funcionário público da Prefeitura de Contagem e cursa direito na faculdade Pitágoras em Betim. |