Certa vez um homem que vivia numa pequena cidade do interior, tido como um ditador, egoísta e ganancioso. Sr. Azambuja. Não acreditava em Deus, dizia que acreditava no poder do dinheiro, em si mesmo e nada mais. Assim era a sua vida rotineira. A cidade considerada religiosa pelas suas tradições, um povo acolhedor e um padre atencioso com os seus fieis, que sempre batia de frente com o tal ranzinza rico da pequena e pacata ilha do sossego. Certo dia houve um leilão na cidade e o Sr. Azambuja sempre se afastava quando o assunto era religião. Foi então que um vizinho o convidou para participar da festa. Meio desconfiado adentrou se no meio da multidão, permanecendo imóvel a ouvir o leiloeiro, um caboclo distinto braço direito do padre Chico, que por sua vez era um italiano sisudo e franco que não mandava recado.
Com tempo o ateu resolveu por si só tomar partido e participar ativamente dos leilões e até arrematando alguns, mas, sempre com a ideia de que Deus era somente um mito e pronto. Padre Chico vendo aquela distinta figura, aproximou daquele homem que para muitos era tido como um grande ignorante e bravo. E o indagou:
Tenho satisfação em vê-lo nas nossas festas religiosas!
Azambuja o olhou de cima para baixo, aquela batina cor da noite e colarinho romano e respondeu:
Eu não estou aqui por causa da festa, mas, sim pelas coisas que estão sendo leiloadas.
Mesmo assim fico satisfeito. Comentou o padre Chico. Ambos trocaram o olhar. Padre Chico raspou a garganta e continuou a falar:
Porque o senhor não participa da festa com a gente? Seria muito prazeroso. É muito bom tê-lo conosco! Quando ouvimos a palavra de Deus ficamos aliviados e muita coisa pode mudar.
E quem falou que eu quero mudar! A vida tá muito boa e é melhor deixar como está.
Mas com Deus ela ainda vai ser melhor!
A não. Tenho um contrato comigo mesmo e não vou quebrá-lo.
Mas... que contrato é este, que o impede de participar das coisas sagradas?
Não posso lhe dizer.
Existe um contrato bem melhor do que este.
Que contrato seria melhor do que ganhar seu dinheirinho, ter uma vida boa e fazer tudo que eu quero, sem prestar conta pra ninguém!
O contrato da fé. “ Vá vende tudo que tem, distribuem para quem não tem e me siga” disse Jesus.
Tá maluco. Onde já se viu isto!
Para adquirir a vida eterna, tem que ser assim e pronto. Jesus nos ensina a ser bom e generoso.
Mas, não podemos ser bom e generoso sem vender as coisas da gente?
Pode. Mas não se apegar nelas como se fosse a ultima coisa do mundo.
Então eu faço o seguinte: Eu mudo o meu contrato. Se Jesus é tão bom como o senhor está dizendo, eu vou participar da sua missa com uma condição:
Olha, não existe ressalva no contrato com Deus. Qual é a condição?
Que o senhor me deixa tocar o sino todos os dias.
É esta a condição?
Sim.
Fechado.
Moral da história: Não é necessário falar difícil, ou ser radical com o próximo no que diz respeito a Deus. Nas simples coisa, ou no simples atos, poderemos resgatar ou até salvar alguém do pecado. J. Chaves
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Biografia: Jones Chaves Queiroz, nascido na cidade de Abre Campo/MG, no dia 11/06/1964, onde morou até os 11 anos. Mudou para a cidade de Contagem/MG onde concluiu seu estudos. Se casou com Maria Elza em 1990, onde teve dois filhos: Lorrana, hoje com 19 anos e Lindemberg com 15 anos. Reside atualmente na cidade de Betim/MG. Trabalha na área administrativa como funcionário público da Prefeitura de Contagem e cursa direito na faculdade Pitágoras em Betim. |