Ego era um garoto como qualquer outro. Por que eu escrevo sobre, ele, não sei, mas que fique claro que ele é um garoto como qualquer outro.
De segunda-feira a sexta-feira Ego ia para sua habitual escola. Não interessa ao leitor saber onde se encontra esta, mas era lá que o menino passava suas manhãs.
Conversava com seus amigos. O diálogo ocorria geralmente à base de perguntas e respostas fúteis, tais como os eventuais comentários feitos.
- Ego!, que há?
- Vou bem, vais bem?
- Também vou bem!
- Então vamos bem.
Em um dia como qualquer outro, Ego, sozinho em casa, se via perdido olhando para o espelho de seu quarto, olhava sua própria feição.
Disse "oi". Então, a figura até então uma estátua, respondeu um "oi" à altura, intensidade e timbre.
- Quem é você?
- Quem é você?
Mas que coisa!, falavam em uníssono!
- De onde vieste?
- De onde vieste?
- Por que te pareces comigo?
- Por que te pareces comigo?
Ficaram conversando não sei quantos minutos, mas acabou que o garoto já conseguia ver nitidamente o que estava projetado no espelho.
Morreu uma semana depois. Uma ou duas, mas infelizmente é tudo que se sabe sobre meu falecido sósia.
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