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O HOMEM SEM CORAÇÃO - Capítulo IX
Presente de Natal
Vicente Miranda

Faltam dois dias para o Natal. O centro de São Paulo está tomado por milhares e milhares de pessoas fazendo compras. O número de transeuntes e veículos aumentou mais que o dobro em relação à quantidade que as vielas, travessas, ladeiras e avenidas do centro da cidade costumam comportar em dias normais. Mas o que são dias normais para uma cidade do tamanho de São Paulo? No meio desta aglomeração urbana, típica das épocas de fim de ano na capital paulista, há um grupo de pessoas curiosas ocupando uma parte da calçada da praça João Mendes e uma das pistas da avenida Liberdade. Este grupo contempla o corpo de um homem que acaba de ser estupidamente atropelado. O impacto do acidente, causado por um carro em alta velocidade, arremessou o homem impiedosamente a vários metros de distância. O motorista inconsequente ignorou o sinal vermelho apanhando de surpresa a pobre vítima que atravessava a avenida na faixa de pedestres. O que mais revoltou as pessoas que viram o acidente foi o fato de o veículo não ter parado em socorro à vítima, pelo contrário, quem presenciou o sinistro afirmava que o motorista acelerou mais ainda para fugir das responsabilidades de maneira covarde. Além do mais, devido à altíssima velocidade em que o veículo estava, à surpresa do acontecimento e ao anoitecer que se aproximava, ninguém conseguiu anotar o número da placa do carro para entregá-lo às autoridades. Infelizmente, mais um assassino em potencial continuará praticando atrocidades pelas ruas e avenidas da capital paulista sem nenhum tipo de punição.
A vítima permanecia desacordada com o corpo quase inteiro no chão de uma das pistas da avenida Liberdade, –– nas outras pistas os carros continuavam em suas rotas, alguns motoristas diminuiam a velocidade para evitar novos acidentes ou simplesmente para bisbilhotar o ocorrido –– apenas as pernas do atropelado estavam imóveis sobre a calçada da praça João Mendes.
–– Chamem o resgate, urgente! Pelo amor de Deus! Este homem está muito machucado! –– desesperou-se um cidadão que tentava prestar socorro à vítima.
–– Gente, eu vi o que aconteceu! O coitado tava atravessando a avenida certinho, certinho da silva! Foi o carro que apontou na venida desembestado e avançou o sinal vermelho! Aquele caretinha passa quase que todo dia por aqui nessa mesma hora correndo feito um desinfeliz! Ainda anoto a chapa dele! Ah, se anoto! Anoto sim! Sim senhor! –– descrevia o acidente um camelô que trabalhava nas imediações, assombrado e revoltado com o ocorrido.
–– Vamos colocá-lo sobre a calçada! –– sugeriu outro cidadão.
–– Não! Não façam isso! É melhor a gente esperar o resgate. Ele pode ter quebrado alguns ossos ou até a coluna e, nesse caso, qualquer movimento poderá complicá-lo pelo resto da vida, vi isto na televisão ontem –– instruiu uma senhora cheia de sacolas nas mãos, orgulhosa pela aquisição de seu conhecimento televisivo sobre primeiros socorros.
–– Sem essa, tia. A gente num sabe nem se o cara tá vivo. –– protestou um motoboy com os olhos arregalados de curiosidade, enquanto um homem tomava o pulso do atropelado.
–– Ele ainda está vivo, mas pode morrer a qualquer momento! Cadê o resgate que não vem logo?
–– Já deve estar chegando. Faz uns cinco minutos que foram avisados. Mas eu ainda acho melhor colocar esse homem sobre a calçada, gente!
Os curiosos tentavam ajudar de alguma forma, porém o melhor que poderiam fazer naquele momento já haviam feito: chamar o resgate. O veículo do corpo de bombeiros acabava de apontar na contra-mão da avenida. Quando a viatura atingiu o local do acidente, os experientes profissionais imediatamente imobilizaram o acidentado que continuava desacordado, tomaram as providências pertinentes nos casos de atropelamento e, só então, com as sirenes ligadas, o veículo partiu em alta velocidade à procura de um hospital próximo que pudesse prestar melhores cuidados à vítima, livrando-se dos curiosos e de inúmeros palpites inúteis. Dentro do resgate, os profissionais do socorro rápido continuavam o trabalho:
–– Tenente! Ele está sem os documentos. Será que a carteira dele ou algum outro pertence de identificação pessoal não caiu no local do acidente?
–– Não, parece que não. Fizemos as devidas buscas nas imediações da ocorrência do sinistro e não encontramos nada além dessa sacola de livros comprados pelo acidentado num sebo. Algum vagabundo pode ter se aproveitado da situação para furtar a carteira com os documentos dele. Nós deixamos dois soldados nas imediações da ocorrência para que as buscas e investigações continuem.
–– E agora, Tenente? Qual será o próximo passo?
–– Vamos deixá-lo no hospital. Ele corre risco de vida, muito embora, pela experiência médica que tenho, acho que ele se safará desta. Logo a família vai procurá-lo, talvez ele até acorde antes e, então, o hospital se encarregará de fazer contato com algum parente ou conhecido indicado por ele. Já sabe para qual hospital iremos, soldado Ramos?
–– Já temos rumo certo, Tenente! O hospital para o qual vamos não fica muito perto daqui, todos os hospitais da região estão lotados e só encontramos vaga neste aqui, dá uma olhada no endereço, eu anotei neste papel.

* * * * * * *

Naquele dia, pela manhã, Alberto e Mirtes foram ao banco e ao supermercado onde fizeram algumas compras para o Natal. Alberto havia recebido o 13º salário. Quando chegaram em casa, o professor brincou de carrinho com Betinho e de video-game com Raphael, almoçou com a família e, ainda, ajudou Mirtes a arrumar a cozinha. Por volta das duas horas da tarde, Alberto já havia tomado banho e trocado de roupa para sair, estava ansioso:
–– Mirtes, eu já estou de saída.
–– Aonde você vai mesmo, amor?
–– Basicamente ao centro, quero ver se encontro algumas brochuras nas livrarias e sebos. Vou às livrarias da Paulista, talvez eu também faça uma visita ao MASP. Voltarei caminhando de lá até à Sé.
–– Não é um trecho muito longo para se fazer caminhando, Alberto?
–– Mirtes, eu gosto destas caminhadas, principalmente naquela região que para mim é muito atrativa.
–– Tá bom, mas não chegue muito tarde, querido.
–– Tchau, Mirtes.
Alberto, então, saiu de casa de mãos vazias. No caso dele, mãos vazias significavam não haver levado nenhum livro ou revista para a inevitável leitura no itinerário do ônibus, todas as pessoas que conhecem o professor sabem que é comum surpreendê-lo lendo frequentemente em qualquer lugar, até acompanhado pelas chacoalhadas e freadas bruscas dos desconfortáveis ônibus paulistanos. Desta vez, porém, Alberto decidiu que acompanharia pela janela do coletivo o desenrolar da vida e a paisagem urbana nas ruas e avenidas de São Paulo durante o trajeto que o ônibus percorreria do Ipiranga até a avenida Paulista. O professor estava com todo o seu itinerário pronto e alguns trocados no bolso, ele conhecia vários sebos, livrarias e locais de arte e cultura no centro da cidade. Aquela região proporcionava ao mestre um farto mundo de descobertas e conhecimentos literários e culturais. Alberto sentia-se em casa e bem servido quando caminhava pelas ruas do centro de São Paulo. Nas épocas de férias escolares, ele passava horas e horas procurando por livros raros dentro das livrarias e, principalmente, dos sebos que são muito comuns nas ruas próximas da praça da Sé e do bairro da Liberdade: –– “Quanta raridade! A literatura é infinitamente fascinante!” –– entusiasmava-se ao tatear as intermináveis fileiras de livros. Naquela oportunidade o professor não tinha preferência por nenhum título ou gênero de livro pré-definido, garimparia aleatóriamente milhares de brochuras à procura de tesouros literários, assim seria mais emocionante. Não tinha pressa, a tarde inteira estava à sua disposição.
Na avenida Paulista, o professor tinha suas livrarias prediletas, embora quase não comprasse livros por ali, utilizava-as mais para se atualizar e o fazia folheando os novos títulos lançados no mercado: –– “Os livros estão cada vez mais caros, meu Deus! Não, acho que não estão, é o dinheiro que anda cada vez mais curto. Não há preço que pague o conhecimento. O que será da cultura desse País? Nem ler podemos mais. A leitura e o conhecimento viraram artigos de luxo.” –– assim Alberto desabafou consigo mesmo em oportunidade anterior onde ali esteve.
Chegando à Paulista, próximo à estação do metrô Consolação, o professor se babava todo de vontade de comprar pelo menos uns cinco livros que acabava de ver nas vitrines da livraria Cultura. Alberto demorou-se pouco naquela e em outras livrarias da famosa avenida, pois estava decepcionado com a impossibilidade de aquisição de títulos novos e lançamentos devido aos parcos trocados de que dispunha: –– “Que beleza este livro contém a obra inteira do Drummond! Mas custando quase trezentos reais, não é pro meu bico. Deixa quieto.” ¬¬–– faltou-lhe vontade para folhear a belíssima edição quando viu o preço. Alberto desistira das livrarias e já caminhava pelas largas calçadas da Paulista rumando em direção ao MASP. Passou pelo museu também rapidamente. Na verdade, o professor estava mesmo era louco de vontade de visitar os incontáveis sebos do centro da cidade onde os preços eram mais convidativos e tinham a medida exata de seu bolso.
Durante a longa caminhada entre a Paulista e a Sé, algo que duraria mais de uma hora, Alberto olhava para os inúmeros prédios e fartava-se observando a urgência e o tédio melancólico da vida diurna paulistana: –– “Como, às vezes, o paulistano precisa desse tempo.” –– pensava –– “A solidão urbana nesta cidade enlouquecida é uma espécie de bálsamo para nós: moradores. Adoro o estilo de vida desta cidade. São Paulo, como és misteriosamente linda! São Paulo, ainda há quem olhe para ti e não sinta a necessidade da tua transitória solidão!” –– lembrava-se do trecho de um poema que havia lido, não se lembrava onde, quando era ainda muito jovem, na época Alberto havia achado o poema meio bobinho, mas agora descobria a sinceridade que havia nele.
Saindo do MASP, o professor continuou sua caminhada pela calçadas da avenida Paulista de onde acompanhava a loucura do trânsito paulistano, carros e mais carros passavam levando gente apressada, afoita e tensa nos seus interiores. Havia também os motoristas estressados, os motoristas exaustos, os motoboys sempre atrasados riscando a avenida por entre os carros numa espécie de malabarismo quase suicida. O professor sentiu-se feliz por ter o privilégio de estar apenas caminhando.
Alberto agora deixava para trás a avenida Paulista e iniciava a longa descida pela avenida Brigadeiro Luís Antônio em direção à região central da cidade. Passando pela também movimentada avenida, o mestre por breve momento pensava em quanta poesia devia ter sido criada por Adoniram Barbosa naquelas imediações onde fica o bairro da Bela Vista, popularmente conhecido como o bairro do Bexiga. Atravessou a avenida 13 de maio por baixo do viaduto, e continuou a caminhada pelo descidão extenso: –– “Deve ser duro para os participantes da São Silvestre subirem esta avenida bem no final da corrida, até a descida parece cansativa” –– refletiu o mestre sobre os competidores que passariam por ali na semana seguinte. Enquanto aguardava que os sinais se abrissem para ele nas faixas de pedestre, Alberto presenciava novamente a tensão do trânsito maluco de São Paulo, era o xingamento que um motorista fazia a outro, era um motoboy que encostava no vidro de algum carro para insultar quem se encontrava no interior do veículo, e refletia em silêncio: –– “Que loucura! Os motoristas estão cada dia mais malucos. O trânsito desta cidade virou um campo de guerra. Ninguém se respeita mais. A boca deste povo está cada vez mais suja. Tá loco, seu!”.
O professor, enfim, alcançou a praça Pérola Byington e em seguida o viaduto Dona Paulina de onde pôde avistar um trecho da avenida 23 de Maio, parou sobre a ponte para acompanhar os veículos que passavam em alta velocidade pela extensa avenida: –– “Como a solidão e esta vida urbana de São Paulo me faz bem, como ela é necessária também para mim. É estranha a sensação de estar sozinho em São Paulo. A cidade parece nos fazer uma companhia oculta e constante.” ––os pensamentos do professor vagavam enquanto ele atravessava o farol de pedestres do viaduto dona Paulina: –– “Acho que primeiro vou à rua São Bento, tem um sebo ótimo por lá, depois volto” –– resolveu-se por esta pequena alteração no seu itinerário.
Eram quase seis horas da tarde quando Alberto começou a adentrar os sebos próximos à região da Sé e da Liberdade, saiu de um deles feliz da vida com um saco de livros nas mãos. Parou numa padaria da região para tomar um cafezinho e comer um pão de queijo, teve ainda tempo para bisbilhotar algumas revistas numa banca de jornal. Olhou para o relógio e se assustou, quase oito horas da noite: –– “Esse horário de verão deixa a gente confuso, o ponteiro do relógio destoa da evolução do dia. A Mirtes e as crianças devem estar à minha espera, preciso ir embora” –– avaliou. Alberto parou em frente à faixa de pedestres do começo da avenida Liberdade e esperou que o sinal se abrisse para ele, quando isso aconteceu, o professor não notou que um carro infringindo o sinal vinha em altíssima velocidade em seu encontro. O professor nada pôde fazer, não deu tempo nem de correr porque estava no meio da pista.

* * * * * * *

Enfim, o resgate chegou ao hospital. Alberto permanecia imobilizado e inconsciente. Os zelosos profissionais do corpo de bombeiros passaram as devidas informações ao setor administrativo daquela unidade, deixando o professor aos cuidados do pronto-atendimento e partiram logo em seguida para mais uma noite de correrias, salvamentos e prestação de socorro a muitas outras vítimas do caótico e violento trânsito paulistano. Alberto de imediato foi conduzido à sala do pronto-atendimento do hospital sob os cuidados do doutor Milton Fourillon que o examinou e imediatamente realizou vários exames no acidentado. Logo ao verificar os exames, o experiente médico concluiu que não havia nenhuma fratura ou qualquer problema que comprometesse a vida do acidentado, o professor continuava inconsciente devido ao impacto e ao susto causado pelo acidente, o doutor Fourillon sabia que logo Alberto retomaria a consciência. Alberto, como previra o tenente do resgate, havia se safado do acidente. Porém, de súbito, um estranho brilho nos olhos e um sorriso sinistro se abriu no rosto do dr. Fourillon quando terminou de averiguar os últimos exames realizados em Alberto: –– “Finalmente você chegou, eu sabia que você viria. Era só uma questão de tempo” –– sussurou o médico consigo mesmo enquanto relia todos os exames do professor na mesa de sua sala: –– “Agora sim. Mãos à obra Fourillon, você precisa agir rapidamente e nunca mais pisará no chão desta insuportável clínica e nem colocará mais as mãos nesses doentes fedidos cheios de doenças e dores sem fim. Fourillon, Fourillon, quantas vezes você arriscou a sua própria saúde cuidando desta gente nojenta, hein? Agora é justo que você mereça uma retribuição também, não é?” –– meditava o estranho médico que se levantou da cadeira e dirigiu-se à porta de entrada de sua sala encontrando uma enfermeira que por ali passava:
–– Enfermeira, por gentileza, chame o dr. Demóstenes aqui, é urgente, sim?
–– Claro, doutor Fourillon. Mas, há algum problema?
–– É... este homem que acabou de chegar, o atropelado, estive verificando os exames dele, está muito mal, sabe. Ele está entre a vida e a morte, eu preciso do dr. Demóstenes aqui rapidamente para me ajudar.
–– Pode deixar que eu já estou indo chamá-lo, dr. Fourillon.
–– Muito obrigado, enfermeira. Você é muito gentil e prestativa, eu agradeço pelo paciente.
O médico voltou à sala do pronto-atendimento no 3º andar do hospital para averiguar como estava Alberto. Verificou que o professor começava lentamente a movimentar os pés e as mãos dando claros sinais de que iria despertar a qualquer momento. O dr. Fournillon decidiu aplicar um sedativo no acidentado para que ele não despertasse: –– “Sossega, leão! Sossega! Daqui a pouco você verá São Pedro de perto, veja que privilégio você terá!” –– pensava em algo malévolo o esquisito médico enquanto via o acidentado parar de movimentar totalmente os membros sob o efeito imediato do fortíssimo sedativo.
Toc, toc, toc... Toc, toc, toc...
–– É você, Demóstenes?
–– Sim.
–– Entre, meu chapa. Eu já estava ansioso à sua espera. Veja só, o nosso homem finalmente chegou!
–– Não brinca, Fourillon. –– disse o aparentemente jovem médico ao observar e admirar o professor ali estirado na padiola, coberto por um lençol dos pés até o pescoço.
–– É verdade, ó ele aí! Papai do céu mandou ele pra gente! Acho que foi o papai Noel que veio entregar. Ele é o nosso presente de Natal, Demóstenes!
–– O material está bom?
–– Está... Eu já vi todos os exames. O nosso dia de sorte finalmente chegou, Demóstenes. Foram quatro meses de espera, mas valeu a pena. Até que enfim caiu em nossas mãos um motorzinho jóia.
O dr. Fourillon olhou para o dr. Demóstenes com um sorriso silencioso e maquiavélico que ia de canto a canto da sua boca, a idéia diabólica agora passava por sua cabeça. Demóstenes sentou-se receoso e irrequieto com o que estava prestes a acontecer. Parece que o fim da linha chegou para aquele que um dia foi o cidadão Alberto, um dedicado professor.

* * * * * * *


Este texto é administrado por: Vôgaluz Miranda
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