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O HOMEM SEM CORAÇÃO - Capítulo XII
À Assembleia Legislativa
Vicente Miranda

Foram necessários apenas poucos meses para que a situação econômico-financeira da família de Alberto mudasse completamente, não passavam mais privações por falta de dinheiro, todas as contas que tinham foram saldadas, até as prestações futuras da casa em que moravam foram quitadas antecipadamente, puderam comprar inclusive um carro novo e contratar uma emprega para auxiliar Mirtes nos afazeres domésticos. Alberto, nas poucas vezes em que estava em casa, não mais se dispunha a lavar ou guardar um copo sequer. A família Monteiro via o tempo transcorrer sem as sofríveis crises de fim de mês –– quando o mês ainda não terminou e já não há mais um centavo para se pagar as contas que faltam ––, sobrava agora bastante dinheiro no banco. Apesar de findado o sufoco que a falta de recursos impôs à família Monteiro, todo esse progresso financeiro e as mudanças repentinas que vinham ocorrendo ainda eram vagarosamente assimilados por Mirtes e os filhos.
As crianças estavam felizes, muito embora sentissem que o pai havia se distanciado bastante delas, Alberto quase não conversava ou brincava com Raphael, Lívia e Betinho como fazia antes, muitas vezes os filhos estranhavam o mau humor constante e a impaciência do pai, Mirtes dizia a eles que isso estava acontecendo porque Alberto estava sempre cansado devido ao excesso de trabalho e suas atividades políticas, o que de certa forma não deixava também de ser verdade, pois o homem se ocupava em período integral entre as poucas horas na secretaria da cultura e todas as outras horas que lhe sobravam na sede paulista do PSE. Mirtes, que claramente sofria calada para não afetar ou preocupar os filhos, sentia que Alberto quase não tinha tempo para ela também. Seria aquele o preço que tinha que ser pago por uma vida melhor? Seria aquilo tudo necessário? Tudo bem que as coisas andavam muito melhores, financeiramente falando, mas por que diabos Alberto havia mudado tanto? –– questionava-se Mirtes, frustrada pela falta de respostas –– ele parecia sentir prazer única e exclusivamente nos afazeres políticos do PSE, dava a impressão de que os filhos e ela haviam perdido a importância que tinham em sua vida. Alberto chegava em casa, quando não almoçava ou jantava fora, e fazia a refeição em poucos minutos saindo logo em seguida às pressas: –– “Não posso me atrasar para a reunião, Mirtes, tchauzinho!”–– Mirtes não encontrava resposta para nenhum de seus questionamentos, pois se estava mais tranquila e segura em relação ao futuro dos filhos –– agora que o dinheiro sobrava podia sonhar com todos eles formados, casados e felizes, assim como toda mãe deseja ––, não conseguia assimilar a radical mudança de comportamento no marido. Alberto parecia-lhe uma pessoa fria e distante e isso a assombrava demais.
Um dos acontecimentos mais horríveis e estranhos que ela havia presenciado no novo comportamento do marido, deu-se em uma recente oportunidade, coisa de uns dois meses atrás, eles sairiam para um jantar que Alberto havia marcado com um casal de políticos do PSE, um jantar de negócios no qual ela certamente se veria isolada diante de assuntos e comentários políticos, campo que, aliás, detestava, participaria apenas para acompanhar o marido, coisas de casal. Pois bem, quando estavam a caminho do restaurante, passando por uma avenida rápida e de trânsito intenso, embora naquele dia e horário o tráfego estivesse tranquilo, um cachorro escapou correndo de um terreno sem muro que ficava na beira da avenida, atravessou duas pistas, vindo a colidir-se com o veículo que Alberto dirigia. Mirtes viu que o marido imediatamente freou o carro, mas o cachorro, pobrezinho, continuou uivando e gemendo, provavelmente muito machucado, embaixo do veículo. Alberto até então não havia tido culpa alguma no episódio, o cachorro é que havia se atirado na frente do carro. Um motorista que passava pelo local parou na pista ao lado, abriu a janela e gritou para Alberto: –– “Dá ré! Dá ré, que o cachorro sai! Dá ré, que ele está na frente do carro! Dá ré!” –– Mirtes que estava apavorada com o atropelamento do pobre animal, assombrar-se-ia mais ainda com o que estava por acontecer. Na sequencia, Alberto friamente engatou a primeira marcha e disse a ela: –– “Ah, é assim, então tá bom!” –– e acelerou o carro, arrancando com toda a velocidade para a frente, num ato de selvageria e frivolidade que ela jamais havia presenciado em qualquer ser humano em toda a sua vida. O cachorro não teve nem tempo de completar o último e agonizante uivo de dor. Alberto deu uma gargalhada e em meio aos protestos e choros de Mirtes, disse:
–– Quem mandou este animal estúpido entrar no meu caminho e, ainda por cima, aquele babaca vir me dizer o que tenho que fazer?
–– Alberto, você está maluco? Aquele motorista apenas quis ajudar o cachorro a escapar da morte –– disse Mirtes aos prantos.
–– Agora já foi! Agora já foi! Aquele cara me dando ordens me deixou louco! Quem é que ele pensa que é? Eu não gostei de vê-lo gritando pra mim! Aquilo me tirou do sério, Mirtes!
–– Não me dirija mais a palavra, não quero ouvi-lo mais por hoje, entendeu? Estou traumatizada com o que vi.
Mirtes demorou para acreditar no que havia presenciado, teve vontade de descer do carro e abandonar Alberto ali mesmo. Ela tremia dos pés à cabeça de nervosismo. Alberto, percebendo a grande mancada, pediu desculpas a ela da boca pra fora dizendo que, infelizmente, havia perdido o controle emocional, prometeu também que nunca mais agiria daquela maneira irracional. Trouxe Mirtes de volta para casa, já que ela não tinha condição alguma de acompanhá-lo naquele jantar, cancelou o encontro alegando um imprevisto e prometeu à esposa que retornaria ao local em que havia atropelado o cachorro. Para Mirtes, nada que ele fizesse agora adiantaria, nada traria aquele pobre cão à vida, o mal já estava feito. Daquele dia em diante ela nunca mais confiaria no comportamento de Alberto, a mulher passou a desconfiar de tudo o que o marido fazia, ou pior, de tudo o que ele poderia fazer. Nunca havia visto tanta maldade em um ser humano, passou a ter até medo de sair com o marido. Aquela cena do pobre cachorro atravessando a avenida correndo e colidindo-se com o carro nunca mais sairia de sua mente, mas o pior era lembrar-se do ato de estupidez sádica que o marido havia proporcionado sem o mínimo escrúpulo. Mirtes sofreu por três semanas calada, sustentando-se à base de calmantes, atormentada pelas lembranças do que havia presenciado. “O que será que está acontecendo com esse homem? Será que Alberto perdeu o juízo? Por que será que ele está agindo desta forma estranha e desumana? Eu ainda acho que o acidente que ele sofreu afetou-lhe o cérebro, mas por que então os exames que ele fez não acusaram nada?”, as perguntas se multiplicariam na cabeça, cada vez mais confusa, de Mirtes sem que se encontrasse uma única resposta para elas.

* * * * * * *
      
Alberto era assíduo e pontual no trabalho, levava a sério a vida política, se nada lhe cabia fazer na função de sub-secretário da cultura que não fosse ganhar dinheiro dos cofres públicos e do partido, para compensar, na sede paulista do PSE praticamente chefiava, organizava e administrava as reuniões do partido. Selecionava e respondia também as correspondências com reivindicações e pedidos que ali chegavam, recebia populares, militantes e políticos que se apresentavam diariamente no local, além disso, participava de todas as reuniões e decisões que ocorriam dentro do partido em São Paulo. Sentia que a cada dia que se passava ele se tornava mais imprescindível para o partido, algo que havia calculado e planejado friamente desde a primeira reunião da qual havia participado. Ele previa uma escalda rápida dentro da legenda, só não sabia que seria tão fácil quanto estava sendo. Alberto já sonhava em alçar voos maiores dentro da carreira política, devido aos seus contatos dentro do partido, vários eram os convites que ele recebia para se candidatar. Depois de uma conversa com o Doutor Tavares, decidira se lançar candidato a uma vaga de deputado estadual pelo PSE nas eleições de 2006. Alberto comunicou ao cunhado, mestre e conselheiro político Mário, na primeira oportunidade que teve, a conversa que tivera com o presidente do partido e seu desejo de alcançar uma vaga na Assembléia Legislativa Estadual:
–– Mário, estou pensando seriamente em concorrer a uma vaga para deputado estadual pelo PSE nas eleições do ano que vem, eu já tenho o aval do Doutor Tavares. O que você acha?
–– Eu acho ótimo, cara! Você sabia que eu quase ganhei para deputado nas eleições de 2002? Só penso o seguinte, se você quiser realmente ganhar a eleição deve começar a sua campanha logo, já estamos nos aproximando do fim deste ano e quase nenhum eleitor conhece o seu nome, e ser conhecido e lembrado são fatores determinantes em qualquer eleição, sendo assim, você deve se inscrever rapidamente à vaga e trabalhar bastante pelo seu objetivo. Agora, se você estiver apenas querendo ganhar nome e experiência para futuras eleições poderá começar mais devagar, muito embora, seja lá o que você pretende com esta candidatura, eu me disponho a ajudá-lo. Você para mim é a principal revelação política destes últimos anos, Alberto. Eu tenho certeza de que você ainda vai longe, cara!
–– Mário, eu quero realmente ganhar para deputado estadual, eu não gosto de disputar nada para perder. Eu só saio candidato se houver chances de vitória. Você acha que eu tenho alguma chance? Se você disser que não, logicamente eu não entrarei nessa disputa. Fico onde estou.
–– Cara, tudo depende. O candidato a deputado precisa ser bastante conhecido e você tem um referencial bom apenas entre alguns professores e alunos, mas já é alguma coisa. O principal é que o candidato precisa aparecer bastante, algo que posso conseguir para você com o trabalho publicitário do Chiquinho Sollo. É necessário que um candidato a deputado estadual consiga a maior quantidade de votos possíveis, por isso ele deve ir às ruas abraçar o povo, tomar nota de todas as reivindicações e pedidos, andar pelo Estado inteiro, ir à roça pisando nas estradas de barro e exibindo um sorriso de orelha a orelha mesmo que lhe entre uma pedra no sapato, entendeu? Já aconteceu isso com um político famoso, você sabia? Eu vou conseguir uma verba gorda do caixa do PSE para custear suas viagens e despesas com a campanha. Lembre-se de que um candidato precisa dar ao povo alguma esperança de que algo vai mudar, mesmo que no fundo ele saiba que não vai mudar coisa nenhuma. O povo, meu caro Alberto, adora ser enganado. Se você seguir o que estou dizendo, conseguirá ganhar a confiança do eleitorado e terá todas as chances de ser eleito.
–– E você não pensa em se candidatar, Mário?
–– Meu querido cunhado, eu estou contente trabalhando por trás deste partido, ganho bastante dinheiro sem fazer força e sem mostrar a cara, gosto que seja assim. Não tenho ambições de administrar nada que não seja a minha poupança e a minha casa. Ganhar bastante dinheiro com esperteza me excita. Acho que o Executivo e o Legislativo são para as pessoas que gostam de mexer com as massas, é outra situação, é outra levada. Eu gosto apenas de ganhar no mole, sem fazer força. Você gosta de comandar, de estar no controle da situação, gosta de dar ordens, Alberto?
–– É tudo o que eu quero, Mário. Eu estou com uma sede pelo poder que você nem imagina. Se eu conseguir ganhar para deputado, você pode crer que eu vou em frente. Não vou ficar parado nisso. Eu tenho vontade mesmo é de administrar. E no dia em que eu estiver administrando uma cidade ou, quem sabe, até um Estado brasileiro, não vou querer saber de dar moleza pra ninguém na minha administração, vai ser na base da mão-de-ferro mesmo, as minhas ordens terão que ser respeitadas e acatadas integralmente. Acho estes governantes muito moles, por que será que todos eles sempre querem dar uma de bonzinhos, hein Mário?
–– Alberto você pode até ser um cara duro e exigente, mas você tem que passar confiança para o povo e para os seus subordinados. Sugiro, para você que tem pretensões políticas de futuramente até administrar uma cidade, que comece devagar. Seja enérgico com demagogia, bata sem mostrar o pau, finja sempre quando o assunto for trabalho e bondade, você pode ser um tirano, mas deve fingir que trabalha e que ama o seu povo. O povão também adora um político tipo linha dura, a maioria dos políticos que estão no poder sabem disso. É importante para quem deseja administrar e manter o controle da situação que tenha como livro de cabeceira “O príncipe” de Maquiavel. Você já leu este livro?
–– Não, ainda não.
–– Tá vendo? Um livro tão importante para todos nós políticos, principalmente para os que querem governar como é o seu caso, e você nunca o leu. E Machado de Assis, você já leu?
–– Todos.
–– Não leia mais essas besteiras, Alberto! Alberto! Alberto! Não perca mais seu precioso tempo com essas bobagens, concentre-se apenas nas coisas objetivas, meu cunhado. Adquira mais experiências políticas e administrativas, e aprenda a ser um político de verdade, bem diferente desses politicozinhos que ficam aí cheios de nhem, nhem, nhem... O Brasil precisa de estadistas e comandantes de verdade. Na minha opinião, os últimos estadistas que tivemos foram o Getúlio e os generais, e veja só como isso acabou, talvez se tivessem sido um pouco mais duros nada teria acabado, leio muito sobre isto também. Acho que tem que ser ferro na boneca, mas sem a boneca perceber.
–– É, não se pode demonstrar o que se quer de verdade ao povo nem aos adversários. Mas o que eu quero mesmo, Mário, é poder bater forte, eu quero bater pra machucar, eu só não posso mostrar o bastão, não é isso? Mesmo que eu tenha que bater com o bastão enrolado numa toalha pra não deixar vergão nessa gente, né? Ah, que vontade que eu tenho de bater nesse povo, nesses políticos, em todo mundo, que ódio que eu tenho de toda essa caretice! Eu quero governar como um rolo compressor, quero todo mundo me respeitando! Nem que eu tenha que matar alguém! Que ódio, que ódio, que ódio...
–– Alberto, calma! Mantenha o controle, meu! Você está ruim demais, cara! O que é que está acontecendo com você? Pensando assim você não chega a lugar nenhum! Você precisa se controlar, meu bom. Você está mais estérico que o imperador Nero! Um político moderno precisa ser frio, não deve ficar demonstrando qualquer tipo de rancor, senão as pessoas se assustam e fogem, até eu me assustei com você agora. Se você não demonstrar bondade e tolerância não conquistará voto nenhum, ria no palco e mate quantos você quiser nos bastidores, entendeu? Para o povo você deve sempre parecer um pai.
–– Desculpe-me, Mário! É que eu acho esses políticos todos uns moloides, principalmente estes caras que administram, são uns bananas!
–– Você é que pensa, tem cada sanguinário em pele de cordeiro administrando por aí!
–– É mesmo?
–– IIIIIhhhhh! Conheço neguinho que não tem dó nem dos filhos. Existem candidatos que entregariam a mãe às feras e a mulher a estupradores por qualquer vaguinha política mixuruca. Todo mundo adora uma boquinha. E quando esses caras chegam aonde querem, eles não conhecem mais ninguém, meu! É cobra comendo cobra, tem que estar preparado para este mundo. Os caras sorriem e acenam para as câmeras de TV e máquinas fotográficas, mas quando elas estão desligadas ou longe deles, querem que o povo vá para a ‘ponte que partiu’. Entendeu, Alberto?
–– Sim, Mário, devo ser simpático ao dirigir-me à população, mas posso agir como eu quiser por trás das câmeras, máquinas fotográficas, enfim, terei também que passar uma imagem de político bonzinho.
–– Não se esqueça dos diários e das revistas semanais, se algum dia você for conceder uma entrevista a imprensa escrita, deverá medir com muito cuidado cada palavra que disser. Os jornalistas de meia pataca adoram inventar. Muito cuidado!
–– É, vida de político não é fácil, a imprensa escrita também pega no pé assim?
–– Xiiiii... se pegam! Essa gente da imprensa escrita é fogo na roupa! Além dos caras ficarem urubuzando tudo o que você fala ou faz, ainda pensam que são detetives com essa onda besta de investigação, são gravadores e câmeras escondidas de tudo que é lado. Você não viu o que aconteceu recentemente com o presidente e com o partido dele, Alberto? Por coisinhas bestas e pequenas a imprensa acaba com tudo. Precisavam mesmo era dar um jeito nessa gente, bem faz o Fidel!
–– Mário, eu fico mais uma vez agradecido pelas sábias palavras ditas e pela experiência política que você me transmite, ainda bem que tenho ao meu lado um homem com toda essa vivência política. Vou me lembrar sempre de cada palavra que você disse. Acho que vou começar a campanha já, você pode mesmo me ajudar?
–– É claro que sim. É só você se inscrever que começará a chegar o dinheiro para a campanha. Amanhã mesmo vou conversar com o Chiquinho Sollo. Firmeza?
–– Firmeza.
Alberto iniciou sua campanha à Assembléia Legislativa de São Paulo timidamente. Com o passar dos meses, ele foi tomando gosto pela conquista de votos, conheceu praticamente todas as maiores e médias cidades do interior do Estado, em se falando de números populacionais –– o que interessava era a quantidade de eleitores ––, fez incontáveis discursos e promessas, puxou enxada, comeu pastéis e tomou cafezinhos nos infindáveis botecos espalhados pelas esquinas paulistas, deu tapinhas nas costas de muita gente e beijinhos em crianças, foi a escolas, conversou com professores e alunos, tudo isso sob a supervisão de Mário e o trabalho de divulgação do mestre do marketing político Chiquinho Sollo. Foi praticamente um ano inteiro de uma luta política que parecia interminável. E como disse Deus: ‘do suor do teu trabalho comerás o teu pão’, todo esse esforço e trabalho deu resultado, passadas as eleições de 2006, Alberto Monteiro sairia das urnas como um dos candidatos eleitos à vaga de deputado estadual que tiveram mais votos no Estado de São Paulo. No caso dele e do PSE isso significava dinheiro, prestígio e poder garantidos.

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Este texto é administrado por: Vôgaluz Miranda
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