Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
O HOMEM SEM CORAÇÃO - Capítulo XVI
Promessas não passam de promessas
Vicente Miranda

“... Então, meus queridos amigos e minhas queridas amigas, foi com imensa satisfação que administrei esta cidade por um ano e meio, conheci os problemas de São Paulo de perto e da melhor maneira procurei saná-los. Hoje, se estou sendo apontado como o primeiro colocado nas pesquisas para ocupar o cargo de governador do nosso Estado, inclusive aqui na própria Capital paulista, é porque nós administramos muito bem, neste curto espaço de tempo, a nossa cidade. Digo nós, não me valendo de simples plural de modéstia, mas sim porque fui às ruas e vi como você, meu querido povo paulistano, constrói e engrandece esta cidade. Peço desculpas aos que se sentiram prejudicados de alguma forma pelo dinamismo da minha administração, mas uma administração que paute pela seriedade e pelo trabalho honesto deve encarar as dificuldades de frente e jamais fugir da luta. Gostaria, por fim, de lembrá-los de que só vou à corrida pelo Palácio dos Bandeirantes porque sei que a nossa cidade continuará em boas mãos, o vice-prefeito de São Paulo assumiu comigo o compromisso de dar continuidade ao trabalho que vínhamos fazendo, e sei também que se eu atingir o objetivo de governar este Estado podem ter certeza de que a cidade de São Paulo será vista por mim sempre como uma jóia rara que necessita de cuidados especiais para que não perca o brilho que lhe é peculiar. Conto com o carinho, o apoio e a compreensão de todos vocês. Saibam que caminharemos sempre juntos. Muito obrigado. Bom descanso e boa noite a todos.”
Raphael viu a mãe desligar a televisão da sala quando acabou o pronunciamento de seu pai à população paulistana, o prefeito prestou esclarecimentos sobre a sua candidatura ao governo do Estado. Lívia preferiu continuar no quarto, não se sabia se ela também havia assistido ao pronunciamento do pai, o fato era que, mesmo sem revelar uma palavra sobre o assunto, a menina andava aborrecida porque queria ver Alberto havia meses sem obter êxito, um dia o prefeito tinha reunião, no outro estava viajando, desculpava-se pela agenda lotada de compromissos. Aos olhos de Lívia tudo não passava de desculpas esfarrapadas de um pai que não se importa mais com sua filha. Betinho se entretinha na sala montando um quebra-cabeça que a mãe lhe comprara, o menino permanecia protegido pela tenra inocência, alheio a tudo o que se passava a sua volta. Todos sentiam muito a falta de Alberto.
Quase toda madrugada ocorriam encontros na sala ou na cozinha, sempre de Mirtes com algum dos filhos, a desculpa: haviam se levantado para beber água. A saudade que sentiam de Alberto, do professor Alberto, do marido Alberto, do pai Alberto, era cada vez mais evidente. Ah! Saudade, sentimento dolorido e quase sempre irremediável, que sufoca o peito e mexe com todo o sistema emocional de quem a sente, não se dorme direito, não se alimenta direito e não se vê felicidade ou satisfação em nada do que se faz. Mirtes tentava demonstrar uma força que não tinha na frente dos filhos, sabia que estava arrasada com a separação, ela ainda sonhava com a volta do marido que um dia teve, não adiantava querer se divertir, sair ou passear, nada para ela tinha importância, a única coisa que ainda a mantinha de pé era o amor e a preocupação com os filhos. No fundo, Mirtes ainda tinha esperanças de que Alberto acordasse daquele pesadelo teatral em que tinha se enfiado e lhe dissesse: “Mirtes, acabou. Eu voltei. Vamos viver juntos novamente, felizes como éramos antes”. Ela amava Alberto e sabia que quem ama verdadeiramente, ama somente uma vez na vida.
Depois que a televisão foi desligada, Raphael e Mirtes caminharam até a cozinha em silêncio, nenhum dos dois se atreveu a pronunciar uma palavra sequer, parecia faltar-lhes coragem para tanto. Mirtes começou a preparar o jantar, enquanto era observada pelo olhar triste e distante do filho sentado à mesa. Raphael levantou a cabeça e encheu os pulmões de ar, como se necessitasse tomar fôlego para iniciar o diálogo:
– Mãe, posso falar uma coisa?
– Claro filho, fala que a mãe está te ouvindo.
– De vez em quando dá uma saudade do pai.
Mirtes pôs a mão na boca e deixou que a cabeça recostasse no peito, ela estava entregue na frente do filho, não dava mais para segurar os sentimentos, as lágrimas eram inevitáveis não apenas pela saudade, havia também a sensação de abandono. O ex-marido podia abandoná-la? Podia. Mas por que fazia aquilo com os filhos?
Raphael também chorou debruçado na mesa acompanhando a tristeza da mãe e se lembrando de que fazia quase seis meses que não via o pai. Mirtes abraçou-se ao filho e toda a tristeza reprimida veio à tona. Naquele momento, lágrimas eram mais que necessárias.

* * * * * * *

Enquanto a tristeza recaia sobre a ex-esposa e os filhos, Alberto desfrutava de toda a repercussão positiva que o pronunciamento que havia acabado de fazer para a população paulistana estava causando. O prefeito, que estava se afastando do cargo para alçar vôos maiores, recebia os cumprimentos de muitos correligionários na sede paulista do PSE de onde fora transmitido o programa.
– Alberto, você foi perfeito, cara! Sabe que eu tive medo de ver tudo acontecendo ao vivo, meu! O que me impressiona é que você tem o controle absoluto sobre cada palavra que fala! Parabéns! Acho que ninguém tira mais o governo do Estado das nossas mãos! – Mário rasgava elogios a Alberto.
– Obrigado Mário, mas não vamos cantar vitória antes do tempo, há um longo caminho ainda pela frente.
Em meio aos ‘pesselistas’ que o cercavam, Alberto sentiu que uma mão segurou-o pelo braço, puxando-o para um cantinho um pouco mais reservado daquele salão.
– Você foi divino, gatão! – dizia-lhe ao ouvido, Mônica, secretária do PSE e uma das presas favoritas do candidato. – Tem alguma coisa pra fazer hoje à noite?
– Mônica, hoje não vai dar. Eu tenho uns assuntos para tratar a respeito da minha candidatura, terei que ficar por aqui até tarde da noite. Mas confesso que vou ficar com água na boca.
– Não, não vai! Eu espero você. Depois vamos pro meu apartamento fazer a nossa comemoração particular.
O poder traz badalação, dinheiro e mulheres irresistíveis. Alberto, embora não se envolvesse emocionalmente com nenhuma mulher, desde que havia se separado de Mirtes tornara-se um homem cada vez mais sedento por sexo. Tinha um apetite voraz pelo sexo oposto. Além de que, contava com um time de belíssimas mulheres dispostas a tudo para ficarem ao lado dele. Eram secretárias, estagiárias, políticas, empresárias, jornalistas e outras mais. A secretária Mônica era uma delas, uma mulher linda e deslumbrante que fazia de tudo para conquistar o coração de Alberto, pois estava realmente apaixonada por ele. A única coisa que ela não sabia era que todo o esforço que fazia nesse sentido era em vão, conquistar o coração de Alberto era impossível. Da imensa vontade que Mônica sentia de ter aquele homem por inteiro só pra ela, restava-lhe apenas o prazer sexual sem limites em que ambos se deleitavam.
Alberto caçoava das tentativas que as mulheres faziam para tentar conquistá-lo: “Vem amanhã de novo, querido”, ao que ele respondia, “Infelizmente amanhã não vai dar, eu volto outro dia”, e somente voltava quando lhe convinha; “Fica mais um pouco, meu amor”, e ele brincava, “Não posso, minha mãe não dorme enquanto eu não chegar”. O comportamento de Alberto com as mulheres era esse, tratava-as como simples e descartável objeto de prazer: “Como essas mulheres são deliciosamente tolas”, arrematava. Amor era uma palavra que não existia para ele, sexo era algo bem mais prático. Por isso, Alberto não perdeu a oportunidade de comemorar a sua candidatura definitiva ao governo do Estado de São Paulo na cama da deslumbrante Mônica.

* * * * * * *

Os meses que antecederam as eleições de 2010 passaram depressa. Alberto, faltando duas semanas para o 1º turno das eleições, aparecia nas pesquisas eleitorais com pouco menos da metade dos votos válidos em relação aos outros candidatos, faltavam apenas três pontinhos na pesquisa para que ele se tornasse, já no 1º turno das eleições de 2010, o novo governador do Estado de São Paulo. Como consegui-los? Estava difícil, todos os candidatos estavam bem preparados e quase não se podia tirar mais proveito de nenhuma falha dos adversários. Chiquinho Sollo pensava numa solução rápida para tentar ganhar o governo do Estado no 1º turno, mas qual?
Alberto havia voltado de mais uma viagem que fizera ao interior de São Paulo, era terça-feira, visitara Américo Brasiliense, São Carlos, Santa Lúcia, Rincão e outras cidades próximas de Araraquara em busca de votos, o candidato estava exausto, optou por permanecer o restante da semana que antecedia à das eleições na sede paulista do PSE. Tinha uma sala no local onde continuava trabalhando e atendendo telefonemas importantes:
– Pronto?
– Doutor Alberto, o seu filho está na linha e quer falar com o senhor.
– Não posso, estou ocupado. Eu já disse pra senhora, dona Lúcia, me passar apenas os telefonemas mais importantes, diga que não estou pras outras pessoas.
– É que ele me disse que era muito importante, dr. Alberto. Então, eu falei que o senhor estava.
– Tá bom! Tá bom! – repetiu, com o telefone escorado no ombro, juntando alguns papéis sobre a mesa e esboçando aquele gesto com as duas mãos no qual se traduz que alguém está de saco cheio. – Transfira a ligação, dona Lúcia.
– É pra já, doutor!
– Alô, pai?
– Oi, Rapha! Você tá bonzinho, filho?
– Estou pai, mas com muita saudade do senhor. Eu queria te ver, pai.
– O pai está muito corrido, filho. Por isso que o pai não tem ido ver você, a Lívia e o Betinho. Nem tempo de ligar o pai tem mais. – desculpava-se o pai que na verdade nem lembrava que tinha filhos.
– Eu sei, pai. Não precisa vir até aqui pra eu te ver, eu vou onde o senhor estiver, pode ser?
– Está bem. Apareça amanhã no meu apartamento para o jantar, vou pedir algo bem gostoso para a gente comer.
– Promete, pai?
– Claro, filho, eu prometo. O pai também está com saudade de você.
– Um beijão, pai! Fica com Deus! Até amanhã! – despediu-se Raphael muito contente porque, até que enfim, veria o pai que ele tanto amava.
– Até amanhã. Se cuida, meu filho.
Alberto desligou o telefone resmungando: “Esses jovens pensam que temos todo o tempo do mundo pra eles. Nos colocam na parede e não temos como escapar dos seus pedidos. Batem o pé até conseguir o que querem. Se não aparecer nenhum compromisso eu irei jantar com o Rapha, mas se aparecer algo mais importante não vou poder ir, pelo menos terei uma desculpa pra dar”.
No dia seguinte, por volta das sete horas da noite, Raphael chegou ao luxuoso prédio onde Alberto morava. O rapaz estava com uma caixa de presente nas mãos, era uma camisa que havia comprado para o pai. Logo na entrada do edifício o rapaz foi avisado pelo gerente Jair de que “o senhor Alberto Monteiro não havia chegado”. “Tudo bem, ele vem para o jantar, vou esperá-lo aqui mesmo”, disse Raphael ao prestativo gerente. “Fique a vontade senhor, se precisar de alguma coisa é só nos chamar”, respondeu Jair.
Oito horas da noite, Raphael acabava de ler a última página de uma revista semanal que estava na mesa do hall de entrada do prédio, uma angústia começava a tomar conta do seu semblante: “Será que o meu pai se esqueceu do nosso encontro?”, pensou o jovem, “Vou esperar mais um pouco, acho que ele se atrasou por causa do trânsito”, procurava algum motivo para se enganar.
Nove e meia da noite e nada de Alberto chegar, Raphael decidiu telefonar para o celular do pai:
– Alô?
– Alô, pai! Onde é que o senhor está? – indagou o rapaz numa mistura de indignação e frustração.
– Ih, filho, desculpa! Eu esqueci de ligar. Não vai dar para o pai jantar com você hoje. O pai está numa reunião inadiável. A eleição já é na semana que vem, e como hoje é quarta, está tudo muito corrido para o pai. Rapha, desculpa! Vamos marcar o nosso jantar pra outro dia?
Raphael ouviu que do outro lado da linha uma voz feminina resmungava alguma coisa mais ou menos assim: “Desliga logo esse telefone, gostosão! Vai, desliga!”. O jovem ficou mudo por uns instantes diante da atitude do pai, que havia furado o jantar para ficar com alguma mulher.
– Depois de amanhã eu acho que dá, Rapha! Tudo bem? – Alberto tentava conciliar o inconciliável.
– Não será mais preciso, pai.
Raphael desligou o telefone sem se despedir. Ao sair do prédio, nervoso e descontrolado, atirou a caixa de presente no lixo e perdeu-se pela rua, cabisbaixo e inconsolável.

* * * * * * *

Madrugada do sábado para o domingo, três dias depois do cano que dera no filho, Alberto escuta no seu apartamento o interfone tocar sem parar. Levanta-se irritado e nervoso com o barulho insistente do aparelho:
– Que diabos esse pessoal da portaria quer a essa hora da madrugada? – resmungava ao atender o gerente do prédio – Pronto?
– Doutor Alberto, desculpe-nos pelo incomodo.
– Fala, Jair. O que foi?
– Apareceu um homem aqui na portaria que se identificou como Mário, seu cunhado, disse-nos que tinha um assunto urgente para falar com o senhor. Tentamos impedir que ele subisse, mas ele nem deu bola. Ele está subindo pro seu apartamento, doutor.
– Tá bom, Jair. Deve ser o meu cunhado. Eu vou atendê-lo. Boa-noite.
Alberto se dirigiu até a porta, a campainha já tocava sem parar, olhou pelo olho mágico e viu Mário, que pareceu-lhe pálido e nitidamente tenso.
– Mário? O que faz você aqui a essa hora da madrugada?
Antes que Mário pronunciasse qualquer palavra, Alberto notou que os olhos do companheiro de partido estavam avermelhados, como de quem tinha acabado de chorar. Os dois se sentaram nas poltronas da sala.
– Quer um copo com água, Mário? Você me parece tenso.
– Alberto tenho uma péssima notícia pra você. Antes de contá-la, eu preciso que você seja forte nesse momento difícil, pois trata-se da pior notícia de toda a sua vida.
– O      que aconteceu, Mário? – indagou Alberto curioso.
– O Raphinha e a Lívia, Alberto...
– Sim. O que têm o Raphael e a Lívia?
– Alberto, eles morreram.
– O que?
– Eles estão mortos... aconteceu quase agora – descrevia Mário com dificuldades – foi horrível a batida... a Mirtes está desesperada e a Ana também... Seus dois filhos estavam voltando de uma festa de aniversário de uma amiga da Lívia... o Raphael estava ao volante... não se sabe se ele perdeu a direção ou se houve alguma falha mecânica no carro... atravessou a pista... e bateu o carro violentamente contra uma carreta que vinha na pista contraria da avenida dos Bandeirantes perto do aeroporto de Congonhas.
Alberto restringiu-se a ir até a cozinha tomar um pouco de água. Mário tremia por inteiro e coçava a cabeça sem parar, precisou de ir até o banheiro, quando voltou, viu Alberto mudo e pensativo no sofá da sala, ainda de pijama e chinelão.
– Ué, Alberto! Vamos, meu!
– Vamos pra onde?
– Eu não acabei de falar que os seus dois filhos morreram. E você ainda me pergunta pra onde vamos?
– Mário, eu tenho uma passeata marcada hoje, você sabe, eu não posso faltar, na semana que vem tem eleição.
Mário estranhou a frieza e sordidez de Alberto diante daquela situação. Como era possível ver um pai impassível depois da morte de dois filhos? Raphael e Lívia estavam mortos e Alberto ainda pensava em passeata, política e eleição. Nem mesmo Mário, com todos os defeitos que lhe pudessem atribuir, poderia imaginar uma reação tão insólita como a de Alberto. Pela primeira vez depois destes últimos anos, ele estranharia o comportamento frio e insensível de Alberto, já havia visto o então cunhado dizer-lhe que se estivesse na administração iria bater, bater, bater, mas pensou que fosse no sentido figurativo das palavras e no calor da conversa, pelo que via agora, aquele homem a sua frente parecia-lhe capaz de tudo. Mário foi até o sofá onde Alberto ainda permanecia sentado, segurou-o bem forte pelos braços e deu-lhe alguns chacoalhões:
– Acorda, Alberto! Acorda! A Lívia e o Raphael morreram, cara! Você é pai deles, eles eram seus filhos, entendeu? Teremos o velório, o enterro, as flores, etc. Você não pode pensar em política agora, meu!
– Eu pago tudo. Pode deixar. Mário, se eles morreram de que vai adiantar eu fazer alguma coisa, eu estar presente? Morreu, morreu, ora bolas.
Mário se descontrolou ao ouvir Alberto falando aquele monte de besteiras, deu-lhe um sopapo no rosto:
– Você vai comigo agora, seu monstro! Senão eu quebro a sua cara inteirinha!
– Tá bom. Tá bom. Não precisa ficar nervoso, Mário. Eu vou. Tudo não passa de uma questão de ponto de vista. Espere aqui que eu vou me trocar.

* * * * * * *


Este texto é administrado por: Vôgaluz Miranda
Número de vezes que este texto foi lido: 52899


Outros títulos do mesmo autor

Romance O HOMEM SEM CORAÇÃO - Capítulo XIX Vicente Miranda
Romance O Homem sem coração - Capítulo XVIII Vicente Miranda
Poesias Direção Vicente Miranda
Romance O HOMEM SEM CORAÇÃO - Capítulo XVII Vicente Miranda
Romance O HOMEM SEM CORAÇÃO - Capítulo XVI Vicente Miranda
Romance O HOMEM SEM CORAÇÃO - Capítulo XV Vicente Miranda
Romance O HOMEM SEM CORAÇÃO - Capítulo XIV Vicente Miranda
Romance O HOMEM SEM CORAÇÃO - Capítulo XIII Vicente Miranda
Romance O HOMEM SEM CORAÇÃO - Capítulo XII Vicente Miranda
Romance O HOMEM SEM CORAÇÃO - Capítulo XI Vicente Miranda

Páginas: Próxima Última

Publicações de número 1 até 10 de um total de 36.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
JASMIM - evandro baptista de araujo 68968 Visitas
ANOITECIMENTOS - Edmir Carvalho 57889 Visitas
Contraportada de la novela Obscuro sueño de Jesús - udonge 56707 Visitas
Camden: O Avivamento Que Mudou O Movimento Evangélico - Eliel dos santos silva 55781 Visitas
URBE - Darwin Ferraretto 55021 Visitas
Entrevista com Larissa Gomes – autora de Cidadolls - Caliel Alves dos Santos 54897 Visitas
Sobrenatural: A Vida de William Branham - Owen Jorgensen 54828 Visitas
Caçando demónios por aí - Caliel Alves dos Santos 54796 Visitas
O TEMPO QUE MOVE A ALMA - Leonardo de Souza Dutra 54707 Visitas
ENCONTRO DE ALMAS GENTIS - Eliana da Silva 54696 Visitas

Páginas: Próxima Última