De realidade a exaustão sucumbiu
Podendo pular nas trevas santas,
Anjos à lobos nos perturbam!
Em caminhos transversos , páram.
Sinceros sorrisos amarelos transcendem
Em cores diversas azul, anil, lilás....
Tantas e tantas vidas cinzas
Cores evaporam, assim como as lágrimas
Pessoas vão e voltam em ritmo frenético
Tocam-se e nem ao menos se conhecem
O barulho é alto, denso, perturbador
Essa é à música de São Paulo!
Suas sinuosas curvas
Suas melenas encantadas
Suas etnias diversas
Linda és tu São Paulo!
Há amantes nas casas
Bares à meia-noite
Há Bossa Nova e Jazz
Minha São Paulo!
Há dores em cada viela
Há martírios pela janela
Há boêmios em farta cultura
Sampa São Paulo!
Em correria de seu dia
Vê-se a beleza de sua noite
Há ventos, Presságio de chuva
Oh, Sampa!
Há um padre com uma mulher
E um mulato a correr
Uma virgem, não mais.
Danada São Paulo!
Há Marias e Pedros
Marias querendo ser Pedro
E, Pedros a Maria
Volúpia São Paulo!
E, em decorrência dos tramites por findos
Aqui encerra-se o que escrevo
Linda e traiçoeira és tu
A quem dou mais amor do que devo.
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