Olho para Aniakok
E ela está ali, parada, me chamando
Grito seu nome e ela responde
Grita meu nome e eu a respondo
Sua sinueta é simples, reta e magra
Sua pele é alva como um sonho feliz
É a musa dos prazeres, dos gozos
Provoca sorrisos salgados
Gargalhadas mortais
Inóspitas sensações que transcendem o real
Bem vindo ao nirvana
Minutos inesquecíveis regados
A conversas mirabolantes
Mas, e não tarda, ela se vai
Adeus Aniakok!
Adeus Aniakok!
Adeus!
E a tristeza chega, a ferida se abre
A consciência pergunta a si mesmo
Por quê?
Procura respostas onde não há perguntas
Questiona o que, talvez, não há questionamento
Mente na própria verdade
Então se percebe algo
Algo que antes era camuflado
O óbvio se torna, por assim dizer, óbvio
Aniakok é uma puta
Simplesmente uma puta da ilusão.
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