Login
E-mail
Senha
|Esqueceu a senha?|

  Editora


www.komedi.com.br
tel.:(19)3234.4864
 
  Texto selecionado
RIO DAS ALMAS 2 IND 14 ANOS LIVRE
DE PAULO FOG
ricardo fogzy

Resumo:
BOM

Leandra desce na rodoviária de Presidente Epitácio SP, segue numa Van da empresa que presta serviço a empreiteira onde ela irá trabalhar.
     O serviço de terraplanagem e preparo do solo para a implantação do campo industrial da usina faz Leandra derramar lágrimas ao ver aquele pequeno exército de homens e máquinas ali.
     Roney vem até ela se apresentando, ele é um dos engenheiros colega de trabalho dela.
     - Isso esta ficando lindo.
     - Pois é, e vai melhorar muito, estamos quase ao término de uma das fases.
     - Sério?
     - Sim, só que ainda temos algum impasse com o meio ambiente.
     Um outro engenheiro se aproxima deles, chama-se Marcelo, Leandra sente algo ruim ao ve-lo.
     - Olá.
     - Oi.
     Almoçam os 3 ali em uma parte reservada para os cargos acima dos trabalhadores normais no restaurante improvisado pela empresa, a comida vem de Rio das Almas, a cidade mais próxima dali, uns 50 km.
     - Gente, não sei vocês, mais eu estava morrendo de fome.
     - Acredite, nós também.
     Leandra olha para os dois ali a sua frente, Roney a olha com alegria, já Marcelo com desejo misturado em outras intenções.
     Eles conversam mais um pouco quando vem até eles uma moça que pede para que Leandra a acompanhe.
     - Sim, obrigado.
     As duas andam por entre as máquinas pesadas ali agora paradas, estacionadas devido ao horário de almoço.
     - Por aqui.
     - Sim.
     Elas entram numa varanda, na terceira porta, a mulher bate levemente, abre esta e indica a Leandra que entre.
     - Obrigado.
     - Tudo bem.
     Diante dela numa sala improvisada, um senhor de seus 60 anos, termina de acender um charuto.
     - Você é a nova engenheira?
     - Sim senhor.....?
     - Claudionor, sou o responsável por toda essa loucura ai fora.
     - Me desculpe sr Claudionor, conversamos por telefone muito brevemente, não consegui ligar a voz a pessoa.
     - Tudo bem, pode ficar tranquila, é nova, sacudida, isso é bom, estamos precisando de gente jovem por aqui.
     - Bem e quando começo?
     - Amanhã, bem cedo, de preferência chegue junto dos cabras ou antes.
     - Que horas seriam essas?
     - Por volta das 4 horas.
     - Ás quatro?
     - Sim.   Ela olha para o lado e leva a mão a cabeça, Claudionor não segura o riso e cai na gargalhada.
     - Brincadeira doutora, os engenheiros chegam por volta das 7.
     - Ai que bom. Alivia Leandra rindo também.
     Leandra se sente bem junto de Claudionor que lhe aponta o sofá ao lado da mesa, ela senta e os dois ficam a papear, ele lhe mostra os projetos e até onde foram avançados.
     - Mais desse jeito, nesse rumo não vamos entregar nem 50 por cento no tempo determinado.
     - Tá vendo, isso que digo, a gente conhece quem quer e sabe trabalhar.
     - Olhe senhor Claudionor, a partir de amanhã, vamos correr contra o relógio.
     - Pronto, gostei de ouvir isso.
     O homem lhe serve café, Leandra bebe enquanto ouve as estórias dele, por onde passara e como conseguiu chegar naquele status na empresa.
     - Nossa senhor Claudionor, com certeza o senhor sacrificou e muito sua vida.
     - Sim, e olhe, valeu, cada instante, hoje cá estou a gerar sustento e garantir que o país não fique por inteiro no escuro.
                    
                                               23012020.............
    








                             2




               Ás 7 da manhã, Leandra já esta no canteiro de obras, já fora até o escritório e revisara as plantas, marcou uma reunião com so 3 seguranças de trabalho onde fora discutido vários pontos sobre a segurança geral e individual dos funcionários.
      Claudionor observa da janela de sua sala, o proceder de Leandra faz o homem suspirar ali em lembranças do tempo em que ele estava ali.
      Jovem e se sentindo destemido, Claudionor fora em seus 20 anos para sua experiência campo de trabalho.
      Agora ali, ele limpa os olhos, pois sua mente fora invadida por lembranças e algumas passagens um tanto tristes.
      - Agora vou ter de limpar estes olhos, por que fui juntar essas lembranças.
      Batem a porta e logo entra ali Marcelo que logo se serve de café enquanto passa os olhos em algumas revistas e jornais.
      - Bom dia.
      - Bom dia dr.
      - O que houve?
      - Eu gostaria de falar sobre as rotas de fuga na ala sul.
      - Já não fizemos o projeto disso?
      - O problema é que estes materiais, sinceramente dr, esta usando produtos de excelente qualidade assim que.......
      - O que quer Marcelo, por acaso quer usar materiais de baixa qualidade?
      - Não é bem assim, o fato é que poderíamos deixar estes materiais para outro ponto mais importante.
      - Não creio que estou a ouvir isso.
      - Por favor, só escute o que lhe digo tio.
      - Pare Marcelo, já te disse, aqui você é um engenheiro empregado, não se esqueça um empregado.
      - Sim doutor.
      - Só era isso, por favor........
      - Tudo bem.
      Marcelo segue para a porta, mais antes olha para o chefe ali a olhar pela janela.
      - Ela é muito bonita mesmo.
      - Vá trabalhar.
      - Sim doutor.
      Em Rio das Almas, Moisés ajuda na limpeza do Flor da Noite, a melhor casa de diversão noturna para homens da cidade.
      Matilde se aproxima do garoto, traz consigo duas laranjas sendo que uma ela ja faz uso.
      - Pegue garoto.
      - Obrigado.
      - Olhe, isso aqui nunca ficou tão limpo quanto a estes dias que esta aqui.
      - É deu um pouco de trabalho lavar essas tábuas da parede.
      - Sabe, ainda não consigo entender por que ela mantém este salão como quando adquiriu ele.
      - Deve ser o talismã dela.
      - É pode ser isso.
      - Bem vou acabar logo com isso, ainda tenho de ir ao depósito de dona Teresa.
      - Olha, tá ai outra coisa, acredite, elas duas não se dão e olhe faz muitos anos, mais ainda compra bebidas e outros produtos daquele lugar.
      - É o único depósito grande daqui e os preços ali são bem justos.
      - Pois é sabe, acho que vou te convidar para irmos ao Bazar do seu João.
      - O Shangay, não sei não, vocês demoram muito.
      - A vai, preciso de companhia, prefiro a sua.
      - Lógico, sou o burro de carga de vocês. Risos.
      Matilde sai dali, Moisés termina a limpeza, Carmem desce do seu quarto.
      - Dona Carmem.
      - Oi Moi.
      - Quer café?
      - Sim, por favor.
      - Olhe, fiz aquelas bolachas que a senhora gosta, as quer?
      - Ai menino, se soubesse o que eu sinto quando me chama de senhora.
      - Feliz?
      - Não, velha. Risos.
      - Depois vou buscar as bebidas e outros produtos para o lugar no depósito.
      - Tá certo, pegue o dinheiro em meu quarto.
      - Sim senhora.
      - Ah, Moisés, agora com a vinda de mais gente para esta usina ai que vão fazer, estiver pensando, vamos fazer shows.
      - Com as garotas?
      - Sim, mais também pensei em termos cantores daqui da região se apresentando.
      - Só se forem homens, por que as mulheres não aceitarão, afinal, temem ficarem..........
      - Mal faladas.
      - É, isso infelizmente acontece e muito.
      - Por que não abre uma casa, só de shows?
      - Até que não é má idéia, só me falta o capital.
      Tempo depois, Moisés segue com a carriola para o depósito, logo tem ali 2 caixas de cervejas e alguns litros de bebidas e outros de limpeza.
      - Aqui o dinheiro.
      - Sei, pode deixar, sei que esta certo.
      - Muito obrigado dona Tereza.
      - Me diz garoto, Carmem lhe paga bem?
      - Ela banca meus estudos, me dá roupa, calçado, comida e um teto.
      - Sabe, logo eu vou tirar você daquele lugar, ali não é local para um homem decente.
      - Por que?
      - Por que logo logo você será um homem e vai querer ficar conhecido como o cara do bordel?
      - O que sei dona Tereza é que dona Carmem me trata muito bem, só tenho que agradecer.
      - Você não sabe nada da vida, tem jovialidade e vontade de crescer.
      - Preciso do trabalho, tenho que mandar dinheiro para Alagoas.
      - Sei, sua família ficou por lá.
      - Minha mãe esta muito doente, minhas irmãs estão com ela.
      - Fique tranquilo, vou ajudar vocês.
      - Obrigado senhora.
      O menino leva as bebidas naquela carriola por mais alguns metros, José o garçom do Flor o ajuda com aquilo.
                                                       25012020.............


Biografia:
ler e escrever é minha vida assim
Número de vezes que este texto foi lido: 52836


Outros títulos do mesmo autor

Contos ME CHAME - TERROR LIVRE 11 ANOS ricardo fogzy
Contos RAFAEL CAP FINAL NOVEL LGBT 18 ANOS ricardo fogzy
Contos RAFAEL 14 NOVEL LGBT 18 ANOS ricardo fogzy
Contos RAFAEL 13 NOVEL LGBT 18 ANOS ricardo fogzy
Contos RAFAEL 12 NOVEL LGBT 18 ANOS ricardo fogzy
Contos RAFAEL 11 NOVEL LGBT 18 ANOS ricardo fogzy
Contos RAFAEL 10 NOVEL LGBT 18 ANOS ricardo fogzy
Contos RAFAEL 9 NOVEL LGBT 18 ANOS ricardo fogzy
Contos RAFAEL 8 NOVEL LGBT 18 ANOS ricardo fogzy
Contos RAFAEL 7 NOVEL 18 ANOS LGBT ricardo fogzy

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última

Publicações de número 31 até 40 de um total de 61.


escrita@komedi.com.br © 2024
 
  Textos mais lidos
Novidade no Céu - Teresa Vignoli 53958 Visitas
Saudações Evangélicas (Romanos 16) - Silvio Dutra 53957 Visitas
Viver! - Machado de Assis 53946 Visitas
viramundo vai a frança - 53944 Visitas
O pseudodemocrático prêmio literário Portugal Telecom - R.Roldan-Roldan 53914 Visitas
O que e um poema Sinetrico? - 53905 Visitas
camaro amarelo - 53863 Visitas
A Aia - Eça de Queiroz 53855 Visitas
O Movimento - Marco Mendes 53844 Visitas
OS ANIMAIS E A SABEDORIA POPULAR - Orlando Batista dos Santos 53829 Visitas

Páginas: Primeira Anterior Próxima Última