Flores belas num jardim escondido
Flores mortas à mostra
Tristezas de um sentimento reprimido
Sou o meu íntimo, o meu ego ou quem eu mostro ?
Odeio o que me rodeia
Amo quem eu não conheço
Preso numa cadeia
Mas quero a liberdade desde o berço
Eles são fúteis mas sorriem
São solúveis e se misturam
Eu me nego a aceita-los
Me apego aos solitários
Mas os solitários também não me convêm
Não sei o que pensam de mim, mas não sou como me veem
Sou só uma perspectiva
De uma visão diferente, que pra mim é supérflua e inativa
Tô num barco à deriva
Querendo aprender como nadar
No caminho da incerteza pra sempre eu vou vagar
Buscando significado pra tudo
Enquanto tudo se apaga
Quanto mais luzes eu acendo
Mais o escuro se propaga
Sócrates tava certo
Ver o portão aberto
Não significa estar liberto
Buscando referências, não consigo achar nenhuma
Vou me dilatar antes que a consciência se consuma
Ela eu quero deletar, mas não quero que ela suma
Comigo eu tento falar: “Apenas se assuma
Cê quer a poha da indiferença até quando ?
Se quer significar alguma coisa, primeiro assuma o próprio comando
Se quer abandonar a frieza, se descongele
O resultado deles, no teu produto não interfere
Apenas soma
Controle o que te doma
Sele seu próprio ego, ache uma rota
Todo gigante se amedronta em frente a frota
Enfrente a derrota
Pois ela ensina
O fosso é ruim, siga por cima
O trêmulo é o negativo
Mate a morte e siga vivo
Apenas note o que te sirva
Cenas do norte afastam da cova
Já que a sorte não se comprova
Não dependa dela
No fim o existir se auto cancela"
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