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O cavalinho azarado
Humberto


Ia pelo caminho um triste cavalinho, a se lamentar por sua má sorte:

- Ai, como sou azarado!

Perto dali, no outro mundo, um duende ouviu os queixumes do cavalinho, e resolveu ajudar o pobre animal. Apareceu diante do eqüino, que se assustou:

- IAU!!

"Não se assuste", falou o gnomo, "Eu sou um leprechaun que ouviu sua história e resolveu ajudá-lo..."

O cavalo, já refeito do susto, inquiriu o duende mágico:

- Ó, etezinho verde, o que podes fazer para me tirar desta maré braba?

Com um pensamento, o duende fez surgir um trevo de quatro folhas, e ofereceu ao alazão:

- Pegue este trevo, amigo alazão. Com ele sua sorte irá mudar. Mas lembre-se: se você não tiver força de vontade, ele lhe será inservível!

"Ó, amigo gnomo etê, não tenho como lhe agradecer por esta graciosa oferta" - agradeceu o cavalo, pegando o trevo com a boca - "Até já me sinto mais sortudo..."

E cada um tomou seu rumo.

Não tardou, e o cavalinho parou para descansar, e pôs o trevo mágico da sorte no chão.

- Mas que bela planta. Quão suculenta parece...

E devorou o trevinho mágico. Tão logo terminou a refeição, pôs-se novamente a lamentar sua situação de má fortuna.

Perto dali, um homem ouviu os queixumes do alazão, abordando-o:

- Ó, pobre e azarado cavalinho. Tenho aqui algo que poderá trazer-lhe as bêncãos da Providência. Quer?

- Sniff! Do que se trata?

- São estas ferraduras da sorte. Pegue. Tem quatro aqui comigo. São todas suas, amigo cavalinho.

- Uau, mas que sorte a minha, exultou o eqüino.
Gentilmente, o homem ofereceu:

- Tenho aqui algumas ferramentas e, se você quiser, posso pregar estas ferraduras em suas patas, para que você não as perca.

- Oh, bom homem, eu gostaria muito disso.

Então o bom homem pregou as ferraduras no cavalo. E aproveitou que trazia consigo, casualmente, uma corda, com a qual prendeu o alazão.

- Ahahahaha! Agora você vai trabalhar prá mim!!!! Que sorte a minha, eu que estava precisando de um cavalo como você e não tinha como comprar!!!

E botou o cavalo para trabalhar feito um camelo ou um burro de carga.

MORAL DA HISTÓRIA: Custa ter força de vontade e fechar a boca diante de alguma guloseima?


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