Nao sou mais teu, e penso que nem de mim mesmo já fui alguma vez.
Atravesso amores fantasiados esperando que a peça nunca acabe nesse teatro da vida.
Mas a peça insiste em acabar por falta de sorrisos sinceros, de lembranças de cheiro bom de quando eramos crianças, e dos lampejos de açúcar naquela boca mel-com-bem-me-quer que eu insisto em procurar.
Insisto também em me perder em todos os corações que ofereçam um cantinho pra dormir, mas que despejam logo ao raiar do dia aos trotes e galopes de quem só precisa de afago imediato.
Pouco conheço dela, e cada dia conheço mais a mim. E "ela" insiste em passar e nao ficar, nao ser sincera, nao entender a leitura de cada batida
E assim permaneço sozinho...ja que nao sou mais teu, quem sabe agora comece a ser a mim próprio, o veneno e a cura que tanto anseio.
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