Doei meu amor a ti, estranho conhecido e despretencioso amor.
Dei meu amor rasteiro de raiz pra ver se ele gosta desse teu solo, fixa em ti e sobe.
Me fiz amor com medo, meio sem jeito, me achei tantas vezes amor, e só hoje vejo o completo desamor por mim que tive.
Entreguei amor em muitas casas, em tanta caixinha de correio em frente a jardim bonito, e menosprezei tanto humilde casebre com cheiro bom de fogao a lenha e comida em panela de ferro.
Aceitei tanto desconvite de vida, mascarado por convites banhados a champa e alegria festiva, que tudo foi feliz, menos o meu eu contido, que nem sei aonde permanecia nestes momentos.
Briguei por tanto amor de esquina, que mal valia uma latinha de cerveja gelada, mal valia a minha briga, mas eu brigava, por sempre achar que merecia mais, mas me desmereci demais.
Fiz amor de olhos fechados, fiz amor de corpo fechado, fiz amor, amor eu fiz?
Só hoje entendo a extensao entre o corpo e a alma, flagelada e incuravel alma, quem sabe cicatrize talhada de amores que nunca foram, nunca ficaram, nunca entendi dos pretéritos dos sentimentos, amaria, ficaria, seria....feliz (desfui).
Doei meu amor a ti, estranho e já tao conhecido amor.
E continuarei doando, doendo, dando.
Amor nunca me faltou, só ainda nao encontrei quem possa corresponder ao amor que criei como meu.
Acima de tudo amor
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