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Desculpa se nao sou tao certo
Alexandre Engel

Amor...vou ser sincero com você!
Eu provavelmente sou o cara errado, sou cheio de atalhos, mas tu precisa saber, agora!
Sou um ladrão, roubo sentimentos, manipulo sofrimentos, enganaria mil detentos, mas te amo infinitamente, lhe amo.
Não tenho nada a te oferecer de concreto, além de um futuro incerto, e esse punhado de sinceridade apunhalada
Que tu talvez nem quisesse ouvir, ou ler.
Minhas intenç...ões com você são indefinidas, meus sentimentos também, eu sou indefinidamente apaixonado por você.
Ate agora fui um cafajeste de carteirinha, e não, não me orgulho.
Nunca fui desses que saem contando vantagem as 4 ventos, mas eu fui desencanto pra algumas, eu fui.
Já inventei, morri, viajei, perdi a vó 5 vezes em um só mês, e neguei.
Fiquei só, quis ficar, quis não ficar, quis chorar, quis me reinventar, me reinventei.
Meu passado, me condena, algumas atitudes ainda me condenam, gostar de você também vai me condenar.
Já fui tantos eus mundo afora que, ainda não me encontrei, coube a ti, me encontrar.
Já quis tantas vezes encontrar alguém, que sempre me desencontrei.
Me deixei levar pela carência? Presente to aqui.
Me deixei ser a inconsequencia? Pra alguém e também pra mim, quanta inconsciencia.
Indubtavelmente, sou teu agora.
Sou um ser inabalavel, de amores sem fundação, de prédios que sempre caem, sem perder a condição de habitat. Fui muito...camaleão.
Talvez a vida me fez mutável assim, a ponto de não confiar nem em mim, e não ser de mim por completo a todas que apareceram, fui muitas partes, boas e ruins.
Fui fernando pessoa, de chacina, anfetamina pra menina que só quis de mim, uma pulsação ficticia sem fim.

E toda vez que fingia ter achado aquela que rima, na mesma batida, eu fugia, e assim a vida ia.
Mesmo que fosse a mais perfeita sintonia, eu iludia, abafava o vidro e escrevia, de marca a vapor, e pra elas dizia, fui...fim.
E agora, como me explicar pra ti sem ser verdadeiro.
Sem contar que de amores nunca fui inteiro, mais ja fui um turbilhao de gostares, desvaneios, receios, só fui, e nunca voltei.
São 3 da manha e já me falha a retina, respiraçao ofegante em contrapartida, coraçao calmo.
Aqui estao minhas entranhas pra ti, malditas e estranhas assim, junto com uma xicara de café, forte, e um dramin.
Enjoo de mim.
Por acaso, eu sempre fui descaso nessa vida, mas o caso é, que com você eu caso.
Aqui esta meu maldito passado, seria em papel amasado, pra firmar o retrato bastardo de poeta que retrata o amor e nunca foi, mas eu nao enxergaria no escuro.
Pouco sei sobre sentir, crio textos diversos pra tocar o mundo, sem que o toque chegue a mim, fui vadio.
Mas quero deixar de ser.
Tu acredita se quiser, será um risco que terá que correr.
Mas sim, quero você.
Anexe por favor estas coisas sem nexo e se, mesmo depois de conhecer essa parte mutavel de mim, sentir o mesmo frio na barriga que sinto, quando penso em ti, nao o ignore.
Meus pés gelados de tanto gostar de andar descalço podem não te esquentar, mas meu coração, e minhas mãos, querem te embalar, te ninar, te guardar, de uma maneira tão livre que tu só precisa voltar se quiser.
Mas eu sei que volta, confio em mim, muleque, cabelo bagunçado e moleton.
Mesmo que tenha sido o caos algumas vezes, minhas estranhas entranhas vermelhas viraram um porto.
Aprendi tanto com meus erros que lhe digo, cometa os seus também.
Depois disso...te espero, com café na mesa, uma fruta e aquela bala de cereja que você sempre depois de comer me beija.
A sobremesa?
Nosso futuro incerto, gostoso, mas sincero.
Desculpa se nao sou tao certo.


Biografia:
Alexandre Engel, solteiro, natural de Rosário do sul, 24 anos, professor.
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