Um sorriso lhe escapou. Ela abaixou a cabeça e tentou escondê-lo.
“Devo mesmo ser uma estúpida por ficar sorrindo sozinha”.
E por que considerar uma estupidez? Quantas pessoas já sorriram sozinhas? Ela não sabia a resposta, mas sabia que não estava sozinha nessa.
E quantas pessoas já não tiveram esse mesmo pensamento?
“Será que fui eu a primeira?”
Não, não poderia ser possível. O mundo é composto por bilhões de pessoas...
“Acho que se eu separasse o mundo em grupos de milhares, nos primeiros mil eu já encontraria uma boa porção de pessoas que fizeram os mesmos questionamentos que os meus... Inclusive esse”.
Mas será que existe algum questionamento que nunca foi feito?
“Me irrita saber que nunca vou saber disso”
E quantas coisas nunca serão respondidas? E aquelas que nunca serão nem mesmo imaginadas?
Não há como negar, era um alívio enxergar sua parada.
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