Era mais um dia como qualquer outro: monótono. Estava sentado em um banco, como sempre fizera, apreciando o fim de tarde.
O vento úmido me tocava, a respiração parecia lenta e os raios alaranjados da bola de fogo acalentavam-me como uma mãe.
Estava só, como sempre. Meu coração estava partido que por consequência, trazia-me as lembranças de outrora: você.
Lembro-me de nós, naquele campo esverdeado, onde a brisa nos unia e o fim de tarde nos enchia os olhos com o sol se findando e dando lugar ao céu noturno.
Recordo-me de nós dois, sorrindo e deitando-se sobre os vastos campos onde a hora se perdia e as pessoas se quer existiam. Ah, eu te amava tanto. Ainda amo.
Mas, o mesmo pôr do sol que nos unia em um único corpo, hoje nos separa com uma imensa barreira. Foi e é tão triste.
Não sei se tu ainda sentes o mesmo, mas o meu coração ainda acelera quando lembro-me de tais cenas. De qualquer forma, estarei aqui, neste banco, contemplando os raios do por do sol me tocarem e sentindo a pior perda que já pude ter: a sua.
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