Continuo aqui, sentado, olhando a água de o mar quebrar pela costa. Espero-te, na verdade, nunca se quer um dia, deixei de te esperar. Ainda sinto o teu cheiro enlaçar-me o corpo, teu toque levar-me às mais altas constelações estrelares. Sim, te espero.
Meus pés vacilam a cada passo que tento dar para com a minha caminhada. Não sabes o quão difícil é não te ter aqui, não te ver, ou olhar-te.
Sim, até os teus defeitos mais ínfimos agora, eu os quero ver, sentir e saborear.
Meu coração ainda chora ao saber que partistes de um dia para à noite.
- por favor, volta – clamo aos quatro cantos do Universo e sinto minha voz ricochetear pelo ar e voltar dez milhões de vezes maiores para meus ouvidos sensíveis a dor.
Mas, como se pode querer que voltes já que não vives mais no seio da Humanidade? E agora? O que devo eu fazer para ter-te de volta? Partir como o fizestes ou esperar até que a vida, com as suas ironias, leve-me para junto de ti novamente?
Tenho medo do presente, saudade do passado e tristeza do futuro, já que sei que pelo resto de meu respirar, sentarei aqui, por esta brisa úmida de um fim de tarde com a vista para a praia, com a simples finalidade: te esperar, te esperar e te esperar.
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