Quero que você seja eterna.
Quero te levar comigo quando os anos se passarem, quero sentir o seu abraço e quero ver o seu sorriso que tão sincero me remete a introspecção.
Quero acordar no meio da noite e te ver ajoelhada aos pés da minha cama e quero ouvir a sua voz balbuciar meu nome em suas orações.
Quero chegar em casa e ouvir você me perguntando como foi o meu dia.
Quero contar pra você a minha vida e te pedir conselhos.
Quero que você me ensine a resiliência.
Quero que você me ensine o que é amar. E que quando os questionamentos invadirem o meu ser subjetivo, e o sentimento feminista extremista ofuscar o sentido do amor e eu não conseguir entender, quero ouvir você me dizendo que amar é uma entrega mútua, quero ver o amor saltando dos seus atos, e quero entender que no amor está a própria liberdade.
Te levo mãe, todos os dias. Quando a insegurança e a incerteza me fazem temer, a sua voz ressoa no espaço e no tempo, no vácuo de minhas inseguranças, e ainda canta pra mim, e ainda ouço a voz que em frente ao piano da sala de jantar na nossa casa em Maringá cantava "filinha dorme e dorme em paz, Deus cuidará de nós, não chores mais e dorme bem, Deus velará por nós."
Eu te levo mãe, por onde quer que eu vá. O tempo debalde fará lânguida minha memória, eu te guardo dentro de mim, eu te levo no que sou.
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