Escrever, ler milagres da comunicação humana
Ainda se discute a verdadeira origem e o desenvolvimento do ato de escrever, sabe-se que é bastante antigo.Na segunda metade do século II , na cidade de Pérgamo, um método de tratamento de pele de animais, fez nascer um material que foi denominado pergaminho. Esse tipo material de escrita foi utilizado até o século XV.
O que é então a escrita?
Uma ação e efeito de desenhar as letras e formar palavras e colocá-las em papel , pele, cera ou pedra... No mundo virtual palavras são transmitidas através de mensagens por computadores e outros aparelhos que dominam a comunicação visual de maneira instantânea.
No século XX, falando ao mundo João Paulo II dizia:
“ A internet será a Praça do Futuro”E, para incentivar a boa comunicação das palavras aos comunicadores através da escrita , afirmava :
“ A vós especialistas em comunicação , o meu pedido: Sede instrumentos de justiça, de verdade, e de amor”
Por tudo isso o mundo não pode viver sem a escrita e os saberes. Escrever não é só lazer quanto parece, é uma atividade desgastante que requer paciência e dedicação.
Cruze os seus braços, isso ajuda a pensar melhor e vai favorecer até 30% da sua capacidade de concentração no que ouve e ,até mesmo resolver problemas difíceis.. Isso não é falácia, é pesquisa que saiu recentemente publicada no European Journal Social Psychology .
Vamos pensar um pouco!
Um manuscrito do século XII faz esta curiosa referência ao hábito de escrever e afirma que essa atividade desempenhada por escriba, homem do passado que fazia da escrita o seu trabalho, não é tão fácil como parece:
“Se você não sabe o que é escrever, pode pensar que seja especialmente fácil Deixe-me lhe dizer que é uma tarefa árdua, dobra a sua espinha amassa o seu estômago e os seus lados, tormenta as costas e faz doer todo o seu corpo. Como o marinheiro ao chegar a seu porto, também o escriba se alegra ao chegar à última linha”.
Com essas palavras acima citadas dá para entender bem o que venha a ser essa arte, difundida por escribas, homens de classes cultas, considerados autoridades oficiais que se tornavam escritores com a idade de 30 anos, após terem acumulados muitos conhecimentos. Assim, o direito de escrever era-lhes concedido através da bênção feita pela imposição das mãos, seguidos do recebimento de uma lâmina contendo uma inscrição e uma chave, simbolizando abertura do caminho do escriba. Completando o ritual tornavam-se doutores e dessa forma podiam ensinar nos Templos. Geralmente eram advogados e juízes, conhecedores das leis, cuja função era doutrinar interpretar as escritos da época.
Entre eles haviam divergências de opiniões e sentimentos e, como consequência disso, era comum também haver rivalidades, hostilidades entre prosélitos e as escolas filosóficas.
Por exemplo havia a escola Hillel e a Shammai, eram de uma orientação que negavam a imortalidade da alma a ressurreição do corpo e a existência de anjos. Participavam desse grupo, os nobres e os ricos da região. Enquanto que os fariseus ostentavam uma outra linha de pensamento , ostentando a grande santidade.
Deste modo nasceram para contestar as diferentes idéias de crenças , eram rígidos nos cumprimentos e observância das leis sagradas da época. Davam ênfase às cerimônias ao pagamento de taxas religiosas e afirmavam categoricamente, a ressurreição do corpo e a existência de uma vida futura. Nessa forma de pensamento se destacaram pelo caráter nobre e sincero , um chamado Nicodemus e o outro Gamaliel. O primeiro foi o único fariseu que defendeu o filho de José e Maria no momento em que as autoridades do Sinédrio tramaram a sua morte, além de ter colaborado com José de Arimatéia, quando Jesus desceu à sepultura, logo após a morte de cruz.
Já Gamaliel destacou-se por tornar-se o mestre de Paulo e foi aquele que no Sinédrio ponderou a sentença, advertindo aos presentes a respeito de Jesus :
” Se o seu projeto ou sua obra provém dos homens, por si mesma se destruirá; mas se provier de Deus não podereis desfazê-la.”
Pela cultura oriental , Gamaliel foi quem instruiu o Apóstolo Paulo , mas não se tornou cristão como aconteceu com Nicodemus, que seguiu a Jesus.
Portanto, tudo isso que chega até a nós graça à escrita, pois ela foi usada muito antes de Moisés escrever os primeiros textos sagrados.
Povos como os sumérios, os akadianos, os babilônicos, egípcios, cretenses, arameus e fenícios, depois que conheceram a escrita, representaram-na com os seus alfabetos específicos. Por isso, a sua presença na história dos povos das antigas culturas é mais que evidente. Os antigos manuscritos em hebraicos, datados dos séculos IX d.C., confirmaram.No ano de 1947, foi encontrado um no Mar Morto, datado do século II a. C. , que relata conteúdo dos textos de Isaías. Nesse achado arqueológico, a peça tem cerca de 25 cm de largura por 8 m de comprimento, ali se comprova que mais uma vez que .quem escreve conta a história no tempo.
Luciah Rodriguez
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