Depois do movimento alienista, observou-se a necessidade de humanização das práticas hospitalares de todos aqueles que já se encontravam cronificados dentro de uma instituição hospitalar. (DE CARLO, 2006)
A percepção do hospital como de rede ambulatorial implica a obediência da lógica das necessidades do sistema loco - regional de forma que, além da retaguarda assistencial, ele pode oferecer apoio logístico ao funcionamento da rede. O atendimento ambulatorial de especialidades ou as unidades de saúde de referência, devem dispor de recursos humanizados e materiais para dar suporte ás ações da Unidade Básica de Saúde, bem como os hospitais devem repensar sua estrutura e dinâmica de atendimento para garantir a aplicabilidade das ações de reabilitação o mais precocemente possível quando da instalação de deficiências, ou implantar ações de prevenção no sentido de evitá-las ou não seu agravamento (SOARES, 1990).
Inserido na prática ambulatorial, o terapeuta ocupacional tem como objetivo primordial a qualidade de vida do individuo hospitalizado e sua manutenção depois da alta hospitalar, em torno do dimensionamento das condições e necessidades como ambiente e da relação com a família e equipe, considerando sua globalidade e integralidade.
Torna-se fundamental o desenvolvimento de programas de intervenção que possam abranger a complexidade dos aspectos referidos, buscando investir na ambientação, na humanização e no cotidiano da clientela internada no hospital, e de suas interfaces com família e equipe, para assim obter um resultado satisfatório. (SOARES, 1990, p. 56-57)
A implantação das novas propostas de atuação do terapeuta ocupacional em contextos hospitalares tem levado á revisão das representações socialmente construídas de seu papel profissional, com maior integração e reconhecimento de seu trabalho pela equipe de saúde.
Autores:
Adalberto Romualdo Pereira Henrique
Aline Oliveira Pais
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