No século XVI até aproximadamente século XVII deu-se o início da organização do trabalho. Nesta época, conforme Maçaneiro (2002), os mestres passavam seus ofícios aos aprendizes, e o trabalho era artesanal. A ferramenta era utilizada pelo trabalhador, e o mesmo tinha controle da produção em suas mãos. O resultado do seu trabalho era para seu próprio consumo e às vezes para a troca.
No final do século XVIII os mestres já tinham vários aprendizes ao seu comando, e o capital passou a planejar o trabalho. Em um mesmo ambiente, aprendizes e mestres se organizavam, e fabricavam a mesma mercadoria, diante disto, deu-se o início da fragmentação do conhecimento. Surgi o trabalhador parcelar, onde o aprendiz se especializa em uma das operações, sem conhecer todo o processo. Para esta fase da organização deu-se o nome de “manufatura”.
Segundo Maçaneiro (2002), nesta fase, o maquinário era usado para processos mais simples, em conseqüência, ocorreu o início da perda do controle do trabalho pelo trabalhador.
Com a Revolução Industrial, no século XVIII, surgiu o Taylorismo, onde o ritmo do trabalho é comandado pelas maquinas. Consolida a expropriação técnica do trabalhador e surge o proletariado.
O Fordismo aparece no século XIX, nesta fase o trabalhador se torna ferramenta humana em vez de profissional, e mesmo tendo um ganho relevante em habilidades técnicas e específicas, ele perde a visão do total. A função do trabalhador se resume a gestos mecânicos, desqualificando a mão-de-obra.
De acordo com o mesmo autor, para gerar produtividade, economia de energia, tempo e movimento, deu-se a entrada da esteira rolante, momento marcante na história do trabalho. Formou-se assim o exército de reserva, resultado da substituição de trabalhadores que não desempenhavam o serviço bem feito.
O Toyotismo, que vigora nos dias atuais, aparece para atender as necessidades de consumo, onde o instrumento de trabalho é essencialmente a máquina, e os trabalhadores, simples complementos vivos de um mecanismo morto. As tarefas são unidas reduzindo o número de trabalhadores; formou-se a era da robotização e da informática, a globalização.
Como observa FRIGOTTO (1999):
(...) mais de uma década e meia tem se passado e o que se verifica concretamente é que, ao contrário de mais empregos para egressos do ensino superior, temos cada vez mais exércitos de ‘ilustrados’ desempregados ou subempregados (p. 27).
Diante disto, com o Capitalismo, surge o exército de desempregados, gerando o subemprego, subsalário, sub-condição de vida etc.
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