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Jamie, você sabe, o tempo aqui está curto e eu tenho más notícias. Andei escutando por aqui que nos jogaram uma praga, não em nós, na menina! Jamie, eu não sei o que eu vou fazer, estou desesperada. Não sei como nosso caso se expandiu tanto pela vizinhança. O importante é que você terá que cuidar dessa criança, não me deixaram ficar com ela, você sabe que eu também não a quero. Não a despreze como eu faço, seja um bom homem como você sempre foi, eu que estou sendo consumida pelo pecado devo apodrecer. Eu estou me despedindo agora, eu sempre vou te amar. Não fale nada, Jamie não tente me convencer se você realmente me ama me deixe ir. – Jamie escutou um estralo do outro lado da linha e um choro de criança, soltou o telefone e saiu correndo porta a fora.
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Fruto de um pecado. Iria carregar o farto da maldição até os últimos tempos.
Kady foi criada da maneira mais conservador possível. Seus horários de voltar para casa, dormir e estudar eram extremamente rígidos, um deslize e o convento seria sua próxima casa. A pequena Kady tinha aulas em casa, quase não saia. Amigos eram muitos, normalmente filhos de amigos de seu pai, mesmo assim nunca podia visitá-los. General Baker se alistou no exercito e depois disso nunca mais quis abandoná-lo, mas para Kady era simplesmente Jamie, seu pai.
Jamie havia acabado de se alistar, sua vida estava começando e com ela começou um novo amor. Holly, esse era o nome do seu amor e de sua desgraça. Holly vinha de uma família católica, tinha acabado de se tornar freira. Holly e Jamie viveram seu amor proibido em meio das paredes da igreja. O fruto odiado por Holly crescia dentro dela, não podia ser mais escondida e os olhares de repreensão sobre ela também não. Após oito meses, Kady nasceu e foi deixada sobre a guarda de seu pai. Holly se matou. Jamie no começo ainda recebia os olhares que fizeram sua amada partir, mas logo todos se esqueceram disso o que Jamie fazia pela sua pátria estava ganhando espaço. Jamie nunca contou isso à filha, quis poupá-la.
Kady, agora com 16 anos era meiga e distribuía sorrisos a todos. Seus cabelos quase sempre eram amarrados por fitas coloridas. Seu guarda-roupa era repleto de vestidos delicados e que combinavam perfeitamente com o ruivo de seus cabelos. Jamie havia criado a filha perfeita, delicada o suficiente e não havia um pingo de arrogância em sua alma. Nunca havia se esnobado, nunca havia perdido a classe. Mas sabia que tinha que afrouxar um pouca as rédeas da garota, seu irmão mesmo havia falado que ela devia começar a estudar em um colégio e não em casa como sempre havia feito. Jamie acabou cedendo. Kady a princesinha do papai tinha que se cuidar sozinha. E ela sentia que sua vida tinha acabado de começar.
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