Se amanhã tu viesses, de fulgente olhar.
Cerraria meus langues olhos molhados,
para ver-te em meu frio seio a brilhar.
Se amanhã tu viesses! Entre véus ornados.
Eu sonho bela em meu seio,
ao perfume de jasmim.
Ao longe do meu enleio,
porém florescida em mim.
Se amanhã tu me ouvisses, de alma animosa.
Minha coroa de acúleos que alça os prantos,
às feridas internas da alma porosa.
Se amanhã tu me ouvisses! Entre acalantos.
Que frios, tremem meus medos,
sob a face de carmim.
Se ouvisses os meus segredos.
Apiedarias de mim?
Se quiseras, ver o que inspira o meu seio,
e num suspiro freme o meu coração.
Que pouso tua alma em minha alma num anseio.
Que eu morreria esperando o teu pendão!
Como onda que se pendeu,
beijando a areia da praia.
Quem pende aos seus pés, sou eu,
como virgem que desmaia.
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