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Depois do Fim
Giulio Romeo

Para muitas pessoas, em diversas teorias e em diversas crenças, a definição da morte está ligada a muitos conceitos distintos. O que ocorre quando morremos, quando desencarnamos? - Vamos para o céu, reencarnamos, ou simplesmente termina o ciclo nessa dimensão? - Da crença cristã, passando por outras religiões, culturas e linhas de pensamento, mostro algumas definições mais prováveis.

O eterno retorno ou a eterna recorrência é uma teoria de que o universo e toda a existência e energia estiveram recorrentes e continuarão a ocorrer, de forma de autossimilaridade; um número infinito de vezes através do tempo ou espaço infinito, ou de que há um padrão cíclico de certas recorrências, como em eras na roda do tempo.

A roda do tempo ou roda da história é um conceito encontrado em várias tradições e filosofias religiosas, notadamente religiões de origem indiana, como hinduísmo, sikhismo e budismo, que consideram o tempo cíclico e consiste em repetir eras.

A medicina e a ciência em geral não acreditam em experiência astral e nem mesmo em um mundo após a morte. Para os médicos, essas sensações podem ser explicadas pela falta de oxigenação no cérebro, a qual cria alucinações visuais e também sensoriais em pacientes à beira da morte.

Vou citar algumas teorias conhecidas e que milhares, ou quiçá milhões, acreditam e não duvidam de seus conceitos.

A teoria cósmica: Afirma que nossa consciência pertence ao universo, ao infinito, não aos nossos corpos físicos. Quando você morre, a sua consciência retorna ao cosmos.

A teoria do budismo: Os budistas acreditam na reencarnação após a morte, assim como outras religiões e seitas. Existem diferentes reinos nos quais você pode renascer após a morte, seja como deus, semideus, humano, animal ou fantasma.

A teoria do universo paralelo: Foi explicada em inúmeros filmes de ficção científica. Essa teoria afirma que, quando morrermos, estaremos vivendo no mesmo universo de antes, apenas em uma porção diferente do espaço e do tempo, numa possível quarta dimensão.

A teoria de Platão: Onde ele acreditava que o mundo físico realmente limitava nosso conhecimento e que, quando uma pessoa morre, ela passava para uma nova vida que é mais gratificante. Sua teoria era que a morte dá às almas uma chance de encontrar sua verdadeira existência.

A teoria do nada: Quando morrermos, acaba tudo. A maioria dos ateus, no entanto, parece estar em paz com essa perspectiva.

A teoria mórmon: Acredita que os mórmons bons e justos se tornam deuses quando morrem. Paralelamente, os não-crentes são condenados na vida após a morte.

A teoria dos faraós egípcios: Acreditavam que a morte não era permanente. Por isso, a mumificação era essencial para preservar o corpo para a sua segunda vida.

A teoria do paranormal: Aqueles que acreditam nos fenômenos paranormais afirmam que, após a morte, nossas almas permanecem entre os vivos na Terra. Muitas vezes também se acredita que a comunicação com essas almas é possível por vários meios.

Espiritismo: Para os espíritas, a morte não representa o fim. O nosso espírito permanece vivo depois da morte do corpo físico, quando passamos a viver em um novo plano astral ou reencarnaremos em um novo corpo. Aqueles que praticam o bem evoluem mais rápido e assim não precisam reencarnar diversas vezes (apenas se quiserem). Já quem pratica o mal, terá várias reencarnações como oportunidades de melhorar. No espiritismo, acredita-se na existência de Deus e na eternidade da alma.

A teoria do solipsismo: é válida tanto na vida quanto na morte. A única coisa que podemos dizer que é definitivamente real é o que um indivíduo vê e experiência. Portanto, quando o indivíduo morre, talvez todo o resto também morra.

A teoria do cristianismo: Os cristãos acreditam no céu e no inferno. Se uma pessoa é boa e justa, ela vai direto para o paraíso. Se eles levarem uma vida de pecado e erros, primeiramente irão para o Umbral, Limbo ou Purgatório e depois para o inferno.

No Judaísmo: Nas Escrituras hebraicas, a palavra usada para descrever o reino dos mortos é Sheol. Ela significa simplesmente o "lugar dos mortos" ou o "lugar das almas/ espíritos que partiram." A palavra grega do Novo Testamento usada para "inferno" é Hades, que também se refere ao "lugar dos mortos" (Hades/Sheol, Gehenna ou Tártaro).

A teoria niilista: O niilismo considera que todos os valores são sem sentido e sem base. A forma niilista de abordar a vida após a morte é que não há nada depois, porque até a vida não tinha nada.

A teoria dos vários mundos: Afirma que, quando morremos, morremos apenas neste universo atual, e que transitamos para o universo seguinte.

A teoria dos níveis: A teoria dos níveis afirma que, quando morremos, largamos a nossa forma inicial e passamos para o próximo nível de existência.

A teoria da Árvore da Vida: Acreditam que enterrando os seus restos mortais junto com as sementes de uma árvore. Dessa forma, os seus corpos são devolvidos à terra e talvez se transformem em árvores na sua próxima existência.

Candomblé: As almas devem cumprir o seu destino na Terra. Caso esse objetivo não seja alcançado, elas vagarão entre o céu e a terra onde se tornarão seres eternos e conscientes. Assim, a morte é considerada uma passagem para outra dimensão, onde ficaremos reunidos com outros espíritos, guias e orixás.

Umbanda: Quando morremos, podemos ir para locais diferentes, pois o universo é composto por sete linhas que são regidas por orixás (entidades divinas). A Umbanda também acredita na evolução do espírito e na reencarnação, onde a morte é considerada uma etapa evolutiva.

Cientologia: Acredita que quando morremos, nosso thetan (Espírito) acorda e sai em busca de um novo corpo. Os thetans percorrem em volta das pessoas e ficam à espera de uma oportunidade para retornarem à vida.

Assim, coloquei apenas algumas teorias de tantas existentes, ou seja, as mais relevantes em aceitação e compreensão.

Muitos afirmam que a alma tem três aspectos ou níveis, chamados Nefesh, Ruach e Neshamah. Na hora da morte os dois níveis mais elevados deixam o corpo. O mais baixo, Nefesh, passa por um processo de até 11 meses para se desprender do corpo. Ensina a Cabalá que cada pessoa, independentemente de sua natureza ou comportamento, possui duas almas: uma Divina e uma natural. Essas são as almas básicas do ser humano; e não devem ser confundidas com a alma adicional que um judeu recebe durante o Shabat, ou com os cinco níveis da alma – Nefesh, Ruach, Neshamá, Chaya e Yechidá.

EQM (Experiência de Quase Morte): Quando algumas pessoas vivenciam um estado próximo da morte, elas referem uma experiência profunda de transcender o mundo físico, o que frequentemente as conduz a uma transformação espiritual. Estas "experiências de quase-morte" (EQMs) são relevantes para os clínicos pois produzem mudanças nas crenças, nas atitudes e nos valores. O encontro com parentes falecidos, a aparente capacidade visual em cegos durante a EQM, a aparente aquisição de dons psíquicos e espirituais após a EQM, relato de cura ocorrida durante uma EQM e experiências verídicas durante a ressuscitação pós-parada cardíaca.

"Há Vida antes da vida, portanto Leis que precedem às humanas e sobre elas preponderam, pois revelou Jesus, o Legislador Divino: — ‘Antes que houvesse mundo, Eu já existia’ (Evangelho segundo João, 8:58)".

“A vida são férias que a morte nos concede”



Biografia:
Professor de Ciências da Religião, Teólogo, Filósofo e Pesquisador de Ciências ocultas. Procuro a verdade e quero compartilhar meus estudos sobre o comportamento filosófico e religioso de povos e comunidades, que tem a fé, como sustentáculo de sua existência tridimensional.
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