Uma amiga usou essa frase no MSN. Também acho, gentileza é tudo de bom.
Que surpresa quando somos atendidos com carinho naquela ligação que caiu em algum número por engano:
- Não, não mora ninguém aqui com esse nome. Qual o número que você discou? Aqui é ...
- Desculpe, foi engano!
- Não tem problema nenhum não, isso acontece.
Quando alguém cede seu lugar na fila, seu acento no ônibus. Diz obrigado, cumprimenta, saúda.
Ou quando vamos fazer uma troca em uma loja, já desconfiados, prontos para apresentar a nota e exigir nossos direitos. A vendedora atende com aquele sorriso enorme e fala:
- Tudo bem, trocaremos agora mesmo.
Os colegas no trabalho também nos apanham de improviso. Muitos são elegância em pessoa, educados, prestativos, se estão de mau humor até saem de perto. Outros no entanto não perdem a oportunidade de pisar em um ou dois a cada dia.
A falta de garbo está em toda parte. Manifesta-se em uma piadinha preconceituosa, uma crise de arrogância, em grosserias gratuitas.
Isso me fez lembrar da história do Profeta Gentileza, um homem que andava de túnica e estandarte na mão entre o Caju e a Rodoviária Novo Rio no Rio de Janeiro. Ele registrava suas mensagens nas pilastras do Viaduto do Caju. Ele escreveu: gentileza gera gentileza. Entre outras frases simples mas muito sábias.
O verdadeiro nome do profeta era José Datrino. Ele começou a pregar essas mensagens em 1961 após um incêndio que destruiu um circo em Niterói. O acidente matou inúmeras pessoas marcando tão profundamente José que o fez abandonar o trabalho a mulher e os filhos. O Profeta Gentileza morreu em 1996, com 79 anos.
Mas a cortesia tem tudo para sobreviver. Gestos fraternos são um hábito que podemos começar praticando agora, e seguir pela vida toda.
Donaire!
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