Aos poucos o caminhão é esvaziado, Rosa ali junto de Igor e Leonor vão arrumando a mobília na casa que fora totalmente reformada e ainda feito mais duas salas e um quarto para bagunça na área de lavanderia aos fundos da casa, o sítio também fora todo cuidado e Igor comprara duas vacas com bezerros.
Não demora e Elza chega na rabeira de um mototáxi com duas caixas térmicas a tiracolo.
- Chegou o almoço gente.
- Oba. Rosa é a primeira a ir de encontro a mulher, pega as caixas e logo tem apoio de Leonor.
- E o Noa?
- Ficou no restaurante.
- Tá, sei, tudo bem né. Elas olham para Igor que faz bico ali devido seu boy não ter vindo, assim ouve-se o ronco da moto de Noa.
- Noa.
O rapaz pára a moto perto deles.
- O que foi, ficou tristinho, já ia chorar hein.
- Bobo.
As mulheres levam o almoço para a varanda e Rosa já vai montando a mesa para eles, Igor abraça Noa que o puxa para dentro da casa, ali aos beijos sem se preocuparem com os rapazes do caminhão da mudança, seguem para o quarto, a cama ainda sem cobrir e logo Noa fecha a porta, o casal se entrega ao amor gostoso.
O almoço segue em risadas e conversas descontraídas quando eles ouvem o barulho de veiculo, Igor abraçado a Noa vê Firmino se aproximar.
- Atrapalho algo?
- Firmino que bom que veio.
- Se quiserem posso ir e voltar quando ja estiverem terminado a lua de mel de vocês?
- O que é isso Firmino?
- Eu..........só não quero ver e fazer parte dessa palhaçada.
- Vem comigo agora.
Igor quer ir junto e assim explicar o acontecido ali, ele ja imaginava que algo assim pudesse acontecer por que Firmino ja desconfiava mais mesmo sob apelos de Igor, Noa decidira por não contar ao amigo, ja temendo o que houvera ali.
- Então é isso, você perde sua esposa e se descobre gay, é isso Noa?
- Por favor amigo.
- Noabe, que é isso, o que esta acontecendo com você, ele eu até entendo, mais você não, cara você é meu irmão, mano, parça, a gente pega mulher junto, cara como pode se voltar assim?
- Se eu for tudo isso, nem que seja a metade disso para você, você também irá me entender, isso que eu estou sentindo pelo Igor é amor, cara puro amor.
- Cara, que porra de amor, isso é viadagem, isso sim, você gay, você come ou dá para ele?
Noa dá um soco no rosto de Firmino que tenta revidar mais é contido pelos seus sentimentos e olha para o amigo.
- A gente nunca brigou amigo.
- Respeito, tudo que eu quero é isso, respeito.
- Que respeito, que merda de respeito, cara você é uma bicha, só isso.
- Eu não ligo para estes rótulos e nem tampouco para que você pense sobre mim, só fico trsite em saber que é meu amigo, mais acima de tudo um preconceituoso.
- Olha o que diz cara, com certeza você esta tendo alguma desdsas crises de meia idade, algo existencial, só pode ser isso.
- Tá, olhe, se quiser ficar fique, caso contrário pode ir com seu preconceito e suas confabulas para longe da gente, por favor.
- Eu vou, até nunca mais.
- Depois te ligo e a gente decide pelo restaurante.
- Faça o que bem entender.
- Firmino, por favor a gente não precisa, sério cara.........
- Adeus. Firmino sai visivelmente irritadissimo com tudo aquilo, ele liga seu carro e sai.
- Noa.
- Amor, você ouviu tudo?
- Sim, eu te amo e ele vai entender, tenha calma.
- Será? Igor abraça Noa na frente das amigas que os rodeiam e os abraçam.
Ruth termina de fazer alguns pagamentos enquanto Jonas confere o armário da fazenda e acompanha o carregamento de bois para um frigorífico.
- Tudo certo?
- Sim.
- Deixei as notas no escritório.
- Obrigado, sabe que tenho todas confiança.
- Te amo.
- Eu te amo mais ainda.
Ruth recebe um beijo de Jonas que a faz perder o fôlego, nisso toca o celular dela.
- Mãe.
- Olá querida.
- Você não veio.
- Querida, não estou no Brasil.
- Como?
- Estou na Argentina, resolvendo problemas de última hora na fábrica.
- Mãe.
- Mais me diz, como esta sua lua de mel?
- Mãe.
- Querida, só de ouvi-la já se percebe, esta nadando na felicidade. Risos.
Noa chega no restaurante, abre o lugar e repara em tudo ali.
- Tudo no seu devido lugar.
- Firmino.
- Sabe, ainda te conheço tão bem quanto antes.
- Por que ficou aqui?
- Sabe que eu gosto de me esconder quando faço algo que eu não me orgulho tanto.
- E o que foi agora, sou eu o seu problema da vez?
- Me desculpe.
- Oi.
- Por favor, me desculpe, fui um idiota.
- Sim, você foi e muito mais que o normal.
- É sério, eu não posso e nem devo me meter tampouco usar de gestos tão grosseiros quanto ao que fiz hoje com vocês.
- Você é meu irmão de alma.
- Sou e sempre vou ser.
- Me dá um abraço?
- Ainda posso?
- Vem logo seu mulherengo babaca. Risos.
Valêncio enrola um cigarro de fumo enquanto ouve um regaee no rádio do hotel.
- Fica tranquilo amor, eu estou chegando.
Olhando para o retrato de Igor ele acende o cigarro ali.
250921..............
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