Ruth ali ao lado do leito onde Jonas repousa devido aos medicamentos, a porta do quarto é aberta e Simão entra junto do doutor.
- Dona Ruth.
- Doutor.
- Amanhã bem cedo ele receberá alta.
- Nossa, que bom.
O médico fica ali um pouco, confere o soro e a ficha médica saindo.
- Deve estar muito triste, afinal, não conseguirá concluir seu perfeito plano de morte dele.
- Me respeite filho.
- Já te disse, não sou teu filho.
- Olhe, pense o que quiser, a delegada que me trouxe ao hospital, ficamos por quase duas horas aqui a espera de respostas sobre o estado de saúde dele, se eu fosse a assassina fria que tanto quis me imputar, eu teria sido presa, não acha?
- Já ouviu falar em investigação?
- Me dê um tempo, fique com seu pai, vou comprar algo para a gente.
- Faça o que quiser.
Ruth sai do quarto deixando Simão ali, após a porta ser fechada o filho olha para o pai.
- Pai, aconteça o que for, eu ficarei contigo, vou ao fundo para saber o que fizeram com você.
Jonas lacrimeja e Simão segura firme a mão do pai.
- Pai.
Leonor termina a limpeza do salão e sai antes do horário para procurar um lugar para se mudar, depois de quase 3 horas a caminhar pela vila ela encontra uma casa de 4 peças perto da praça da escola fundamental.
- Qual o valor do aluguel?
- Olhe, vou te dar um desconto, 400 reais.
- Fechado.
- Fechado.
- Obrigado.
- Olhe, só estou te fazendo isso por que ja estive deste lado na vida, tenha uma boa sorte nesta casa.
- Obrigada, de coração.
Leonor termina de acertar com o proprietário da casa e segue para o hotel.
- Achou?
- Sim.
- Que legal, é longe?
- Umas 5 quadras.
- Perto.
- Bem, aqui tudo é mais ou menos perto.
- É, bem perto. Risos.
- Então Igor, preciso saber, e ai, vai se mudar comigo?
- Lógico, eu já tinha lhe dito que sim.
- Ai que bom.
Eles se abraçam e comemoram quando nisto Rosa, a senhora do hotel bate na porta entrando.
- O que houve crianças?
- Dona Rosa, vamos nos mudar.
- Mais já, vão me deixar sozinha aqui?
- Dona Rosa, a senhora toma conta do hotel, quase nunca fica sozinha.
- Bem, isso é. Risos.
- Além disso, nossa casa estará sempre aberta para a senhora.
- Sério.
- Lógico sua fofa. Abraços deles e beijos.
Ruth retorna para o quarto e encontra Simão ao celular.
- Sim, que legal vó, logo a gente chega, sim, a rica, vai junto, tá vó, tchau até daqui a pouquinho.
Ruth olha perplexa para Simão.
- O que significa isso?
- Isso o quê?
- Ela já esta na fazenda?
- Sim, acabou de chegar junto de sua secretária.
- O quê, ainda trouxe uma muleta?
- Já chega dona Ruth, cansei dessa sua brincadeira fútil, respeite minha vó, sim, ela vai ficar na fazenda e pronto.
- O que eu te fiz de tão mau filho, eu te cuidei, te coloquei para dormir, fui sua .…………………
- Nunca, escute bem, você nunca chegou perto de ser minha mãe, ouviu bem?
Ruth chega de mototáxi na fazenda, Simão viera na camionete com o motorista, ela desce da moto com 4 sacolas de compras e outras que ficara na frente do motoqueiro em cima do tanque.
- Obrigado.
As funcionárias ajudam com as sacolas e Ruth paga ao motoboy que sai.
Ao entrar na sala ela já ouve da cozinha a voz de Yolanda, vó de Simão.
- Espero que tenha trazido meus vinhos e meus damascos.
- Imagina, acha que eu ia esquecer?
- Acho, com certeza.
Ruth pega a sacola e deixa no balcão, segue para o seu quarto, na sala Simão joga game na TV.
- É vó, já chegou colocando ordem hein.
- Este galinheiro vai ficar bem ordeiro querido.
No quarto, Ruth desaba no choro e liga para Regina.
- Oi.
- Ela já esta aqui.
- Aguente, deixe ela gastar todo deboche que lhe resta.
- Ela é insuportável.
- Sempre foi, sabia, que corria este risco.
- O que eu faço?
- Siga o plano, por favor.
- Como assim?
- Faça o que tem de ser feito.
A ligação é finalizada e Ruth sai do quarto indo para o banheiro do corredor, abre o armário a procura de algo e ao sair do banheiro.
- É isto que esta procurando? Yolanda segura um frasco de comprimidos calmantes, Ruth olha para ela.
- Me dê.
- Achei que havia parado com isso.
- Por favor.
- Por que eu faria isso?
- Me devolva.
- Você continua a louca que sempre foi.
Yolanda entrega o medicamento e Ruth segue de volta para o quarto.
- Deixe suas coisas em seu banheiro, do seu quarto.
O som do bater da porta foi a resposta que Ruth dera para Yolanda.
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