Igor termina o lanche com Leonor que o olha em certa curiosidade.
- Posso te perguntar algo?
- Já o fez.
- É sério.
- Sim pode.
- Por que resolveu parar neste sítio sem amenidades?
- Eu terminei um relacionamento de quase doze anos e.....
- Nossa, tanto assim.
- Pois é, ainda pode existir neste mundo sujo gay, relacionamentos sérios.
- Eu sempre acreditei e acredito no amor, não importa como.
- Bom saber, continue assim.
- Sei, mais estou inclinando minha idéia desde que.......
Eles ouvem batidas de leve a porta e logo o som da senhora da recepção.
Leonor abre a porta e a senhora entra em estado de quase choque.
- O que houve?
- Aquele senhor que esteve contigo em seu quarto.
- O que aconteceu com ele?
- Ele sofreu um acidente, foi feio pelo que soube, levaram ele para o hospital.
- Meu Deus.
- Me diga criança, você não.........?
- O quê, esta pensando que tenho algo a ver com isso, eu fiquei aqui, a senhora mesma viu.
- Por favor.
- O que quer, quer que eu saia deste hotel, sabe que não posso agora?
- Não me leve a mau, é que........
Igor olha para as duas ali.
- Senhora, antes de tudo isso é um hotel, não um tribunal, a senhora por acaso a viu fazer algo?
- Não.
- Pois bem, então não a julgue.
- Me desculpem. A mulher é orientada a sentar, Igor lhe serve água.
- Somente sou a cuidadora daqui, tipo zeladora, faz tudo, entendem?
- Mais quem é o dono, a senhora o conhece?
- O antigo sim, mais este hotel foi vendido, o novo dono é um grande fazendeiro, assim me disseram, mais ainda não o vi, só falo com uma mulher por telefone.
- Jonas.
- Como?
- O homem que a senhora viu sair do meu quarto, com certeza pode ser ele o dono deste hotel agora.
- Não sei, eu só conheci o antigo proprietário, era um arábe simpático.
- Se isso que penso for verdade, ele nem sabe disso, agora esta no hospital, a mulher com quem a senhora fala, deve ser a esposa dele, Ruth.
- Como?
- Por favor, vou sair, preciso sair.
- Onde?
Igor olha o nervosismo explicito em Leonor.
- Vou com você.
- Não precisa.
- Eu não perguntei, só disse que vou.
- Tudo bem.
Eles saem deixando a mulher da recepção ali ainda em estado de choque.
No hospital, Ruth segue até frente a ala cirúrgica.
- Eu quero ve-lo.
- Senhora, por favor.
A delegada ali do lado dela a segura.
- Eu preciso ve-lo.
- Fique aqui, ele vai ser operado, já falei com o doutor, só tem de esperar.
- Eu, eu, eu não quero que ele morra.
- Ele não vai morrer.
Leonor entra no hospital junto de Igor.
- Preciso saber de um paciente por nome de Jonas que deu entrada por acidente?
A recepcionista diz não poder dar informações por ela não ser da família, Leonor sai dali e segue para a sala cirúrgica, logo ela vê no sofá em espera, Ruth junto da delegada.
- Boa noite.
- O que faz aqui?
- Quero saber o que houve com ele?
- Quer é ter certeza que fez bem seu trabalho, mata-lo.
- O quê?
- Doutora, essa sem vergonha, foi ela, foi ela que matou ele.
- O quê, eu o matei?
A delegada sai de seu lugar e vai até Leonor.
- Por favor, deixe ela aqui a esperar por noticias, outra coisa, ningém matou ninguém, ele sofreu um acidente até onde sabemos, vamos aguardar a investigação.
- Eu não fiz nada disso doutora.
- Por favor, vá.
Igor segura Leonor e a leva para fora do hospital.
Noabe termina de chegar da corrida ao fim da tarde, entra na sala e não vê Cássia, segue para a cozinha e nada, então segue para o quarto onde a encontra nua na cama.
- Meu Deus, que visão perfeita.
- Tem certeza que quer ficar ai só olhando?
- Tudo que eu quero ouvir. Roupas no chão e ele ali com ela no banho enquanto a espuma cobre seus corpos, eles transam numa trepada bem gostosa com direito a mordidas nas orelhas e altos gemidos.
Terminado o banho eles em roupão vão para a cozinha e preparam um macarrão ao molho de carne moída com azeitonas.
- Nossa.
- E então?
- Delicioso, igual a dona.
- Bobo.
- Quero mais.
- Macarrão?
- Não, você.
Ali na bancada o casal transa novamente para depois comerem o jantar.
- Te amo.
- Eu te amo muito mais.
Leonor chega no hotel aos berros.
- Aquela puta dos infernos.
- Nossa, para quê tanta violência.
- Você não imagina do que aquela cadela é capaz.
- Por favor, fique calma.
- Sabe, de verdade, se eu a visse agora em minha frente, eu a mataria sem pestanejar.
- Opa, tome um pouco do seu chá, esta ficando um tanto crminosa demais aqui, mocinha.
- Me desculpe, te conheci há poucas horas e ja estou derrubando tudo em você.
- Fique tranquila, eu te entendo, acredite, te entendo muito bem, mais não é assim que fazemos nossa vidas e a senhorita sabe muito bem disso.
- Por que ele veio me ver?
- Talvez ele tenha sentimentos bons para contigo.
- Quais?
- Talvez, ele a ame.
- Ele não ama ninguém, é podre, um desumano, carrasco.
- Isso, jogue tudo para fora.
- Não vá me dizer que também é um psicólogo?
- Só pra você, por hoje só, hein. Risos de ambos.
Leonor acorda e toma seu banho, sai de seu quarto com a bolsa a tiracolo indo para o seu trabalho.
- Tenha um bom dia.
- Obrigado.
- Sobre ontem......
- Olhe por favor, espere mais uns dias, te prometo que vou arrumar um lugar e......
- Como quiser, também não precisa sair correndo assim.
- Obrigado.
Ela se despede da senhora do hotel e segue para o restaurante, é a primeira a chegar seguida de Elza e logo Dolores.
- E então meninas.
- Vamos trabalhar.
Elas iniciam a limpeza do salão, seguindo para a cozinha e fazem uma leve limpeza por lá, já que sempre deixam a cozinha e todo o lugar impecável antes de fecharem.
Leonor escorre o feijão que ficara de molho durante toda a noite, levando ao fogo para cozinhar, Dolores inicia o preparo de tortas de maçãs para a sobremesa, Elza prepara as carnes para assados e o churrasco que será servido.
Ruth termina de ajudar na limpeza de Jonas, após a cirúrgia ele ficará por uns 8 dias ali no hospital.
- Por que não posso ir embora?
- O doutor quer lhe fazer outros exames.
- Por que não me mexo embaixo?
- Fique tranquilo, ele já virá.
- Esta feliz, Ruth?
- Deveria?
- Acho que sim, afinal você provocou tudo isso junto daquela piranha.
- Cale a boca, eu estou aqui contigo, vou te cuidar, não quer ter outro acidente ou quer?
O homem faz menção de gritar e Ruth lhe cobre o rosto com a toalha ali.
- Dona Ruth.
- Doutor.
- O que esta fazendo?
- Limpando o rosto de meu marido.
Ela retira a toalha e Jonas busca por respirar.
- Por favor, saia.
- Sim doutor. Ela sai do quarto mais antes olha para Jonas ali.
- Com licença.
No corredor ela anda de um lado a outro a apertar os dedos até que o doutor sai do quarto.
- E então doutor?
- Ele fique tranquila, apesar dos pesares, ele esta bem.
- Sobre as pernas dr?
- Farei novos exames, mais ja lhe disse antes, por hora ele esta impossibilitado de andar.
- Como darei esta noticia a ele?
- Ele tem outros parentes?
- Não que eu saiba, temos somente um filho.
- Filho?
- Sim, Luís Simão.
- É melhor que entre em contato com este e o chame para vir, irá precisar de toda ajuda possível.
- Sim dr, obrigado.
Noabe sai nú da cama e entra na ducha, Cássia olha para o seu homem e sai da cama para juntar-se a ele ali.
Banho tomado, o casal se arruma para seguir para seus trabalhos, Noabe sai primeiro indo para o restaurante no MS, antes de subir na moto recebe uma ligação de Firmino que diz, irá se atrasar.
- Novidade, tchau.
Ele liga a moto e quando vai sair, Cássia vem a ele e o beija.
- Bom trabalho tesão.
- Obrigado e excelente trabalho pra você também, delicia. Outros beijos e ele sai.
Firmino olha para a mulher ali na cama.
- E então?
- Tudo certo, eu te disse, podemos ficar mais um tempinho aqui neste paraíso.
- Guloso.
- Só por você.
Ele mordisca os lábios dela e vai descendo dando um banho de beijos pelo corpo dela até parar na xana onde enfia a língua com gosto fazendo a mulher se contorcer em extrema felicidade.
170821............
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