O jovem some ao dobrar a esquina, ela segue para o veiculo onde o motorista tira um cochilo.
- Vamos?
- Sim.
Ruth olha as fotos e começa a chorar, em seu quarto vai para frente a penteadeira e se maqueia e ali ao pentear seus cabelos ela sente o ódio lhe percorrer o corpo, jogando a escova no espelho.
- Maldito, como fui burra, como fui. Regina pede ao motorista que pare em um bar, os dois descem e ela pede uma cerveja.
- Senhora eu não posso.
- Agora pode, estou te dizendo, beba comigo, depois chamo um colega seu e tudo bem.
- Mais.......
- Homem, esta rolando seu expediente, eu pago tudo.
- Sendo assim.
Depois de 12 cervejas, Regina liga para um serviço de tele moto, logo chega a moto com dois pilotos, um assume o volante do carro levando o motorista, ela sobe na rabeira da moto indo para a fazenda.
Jonas ali deitado ao lado de Leonor olhando para a janela do quarto.
- Por que mudou de idéia?
- Como assim?
- Você não queria me ver e agora?
- O que foi, quer uma explicação para isso?
- Devo?
- Olhe, eu te chamei a gente ficou e foi só isso, só isso.
- Quanto ela te deu?
- Ela, quem?
- Aquelas duas, com certeza é um plano das duas, não?
- Por que diz isso?
- Nada, só para saber.
Leonor olha para Jonas e vai se afastando em um recuo, Jonas segue para ela.
- Vai me diz?
- Olhe eu não sei de nada.
- Te falaram o que pretendem?
- Por favor.
Leonor leva um tapa de Jonas que a segura no pescoço e a joga na cama.
- O que aquelas vagabundas fizeram?
- Por favor.
Batidas na porta e Jonas ouve a voz da senhora da recepção.
- O que esta havendo ai, este hotel é de respeito?
- Ele já esta de saída.
- Vou chamar a policia.
Jonas olha para Leonor ali e abre a porta saindo.
Regina termina de colocar a última mala no táxi com ajuda do motorista e Ruth.
- Saiba agir de maneira frágil.
- Eu saberei.
- Eu te amo querida.
- Eu sei mãe.
Ela entra no carro e sai, Ruth segue para dentro da casa e na cozinha quebra algumas vasilhas, rasga um pouco de sua veste e bate o seu corpo contra a parede e batentes.
Ali caída grita por socorro e logo vem duas mulheres.
- Patroa.
- Por favor, chamem a policia.
- O que houve?
- Eu não sei, acho que estou ficando louca.
- Cruzes senhora.
A policia é chamada.
Jonas anda com a camionete em alta velocidade pelas ruas e ao frear frente a um bar não consegue, o veiculo esta sem freio, ele bate numa mureta e adentra o comércio, quase matando um casal que fugira há tempo, mais outros 4 clientes ficam feridos, ele ficara preso nas ferragens, o comércio fora quase que todo destruído.
O resgaste e a policia chegam ali.
Na fazenda Ruth conta que acha ter sido dopada por Jonas ou por algum empregado a mando dele.
A delegada ouve aquilo e logo recebe uma ligação seguida de mensagens e fotos.
- O que houve doutora?
- Bem, é que o seu esposo sofreu um acidente.
- Ele, meu Deus como ele está?
- Ele foi para o hospital.
- Eu preciso ir lá doutora, preciso, ele não presta mais é meu esposo.
- Vamos, eu te levo.
Ruth pega a sua bolsa e entra na viatura com a delegada.
Leonor conversa com a senhora da recepção lhe pedidno desculpas.
- Olhe, você é uma boa pessoa, a gente percebe de longe, mais olhe deixe de ser boba, aquele homem não presta, me ouça, tenho idade e sei o que digo viu.
- Obrigada.
Um táxi para ali na frente e Igor desce, o motorista traz 3 malas e bolsas e deixa na recepção.
- Obrigado.
- Boa sorte senhor.
- Obrigado.
O veiculo sai e Igor olha para elas.
- Com quem eu faço o registro?
- Eu.
- Vou querer um quarto.
- Tenho 3.
- Só preciso de um por enquanto. Risos.
Igor faz o registro e paga por uma semana adiantado, a mulher lhe entrega as chaves.
- Tenha um feliz inicio de vida.
- Como?
- Ouvi o motorista lhe desejar sorte e acho que..........
- Obrigado.
- Nada moço.
- Igor, me chamo Igor.
- Sei, você é bem bonito Igor.
- Obrigado, ah sim, vocês sabem de um lugar onde posso comer?
- Bem, agora, só nos botecos por ali do bairro.
Leonor olha para ele.
- Se quiser vou fazer pipoca e chá.
- Agradecido, mais não vou atrapalhar.
- Que nada, vamos, vou te ajudar com as malas.
Os dois seguem conversando e levando a bagagem dele, a mulher na recepção olha e diz:
- Veja só como é a vida, nem saiu de um enrosco e ja quer entrar em outro.
No quarto Leonor ajuda Igor a organizar as roupas no armário e cômoda.
- Olhe, eu preciso te dizer algo.........
- Leonor.
- Leonor bem.........
- Bem se for sobre você não ter interesse em mulheres, fique tranquilo, não estou te cortejando.
- Nossa, é tão na cara assim?
- Tive um primo que era.
- Gay?
- Sim.
- Teve?
- Ele morreu.
- De quê?
- De overdose, faz dez anos.
- Meu Deus.
- Ele era bem legal mais tinha uma ações bem loucas ás vezes.
- A família?
- O jogou na rua, minha vó o abrigou.
- Nossa, trágico hein.
- Vou preparar nosso lanche janta.
- Obrigado.
Leonor sai e Igor termina de arrumar as roupas, retorna para a recepção e faz uso de um telefone público.
- Alô, dr Peixoto, sim, eu só gostaria de saber se, a sim, ja esteve, o que, bravo, com certeza que sim, fez o que te pedi, obrigado, amanhã comprarei um aparelho e te ligarei, obrigado dr, tchau.
Igor desliga e a mulher ali no balcão a salivar por ele.
- Oi.
- O que foi?
- Cara tú é bem bonito.
- Vou te contar um segredinho.
- Qual, ai meu Deus, diga, estou só de ouvidos coração.
- Sou apaixonado por homens.
- O quê, sério?
- A mais pura de minha verdade, mais não conte a ninguém tá.
Igor sai deixando a mulher indignada ali.
- Pelo menos nem eu e nem a outra.
130821...................
|