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O sabor do saber |
arletesalante@gmail.com |
Resumo: "O sabor do saber leva a mundos antes não percorridos, dá asas à imaginação e à criatividade". |
A palavra saber na sua origem do latim é sapere e traz como significados “ter conhecimento, ciência, informação ou notícia”. A palavra sábio no latim é sabidus, significa “ajuizado, prudente, culto erudito”, mas sabidus, na sua raiz, é sabor, saboroso e sapiência. É belo descobrir pela etimologia que o saber tem sabor.
O sabor do conhecimento traz abertura para o novo. Saímos da ignorância apenas pela abertura ao novo, ao conhecimento que está diante de nós. Aprendemos se não houver enrijecimento pela bagagem que já temos.
O sabor do saber leva a mundos antes não percorridos, dá asas à imaginação e à criatividade. Traz liberdade de “pensar fora da caixinha”, fora de esquemas limitantes. A abertura para ver o mundo com os olhos da alma mostra como aproveitar melhor o que nos serve, deixando de lado o que já serviu para viver atualizado com o que se é no aqui e agora.
“O sabor do saber é libertador!” Nesta frase há um valor, um princípio de vida que alimenta a busca constante do saber com sabor. Traz a emancipação dos padrões da família e da sociedade para, num momento seguinte, colaborar com elas. O que numa família ou numa sociedade é aprisionante, inevitavelmente será fator de sofrimentos desnecessários. Quando as ideias e os modelos fixos escravizam, consciente ou inconscientemente, uma pessoa, uma empresa, uma família e também a sociedade, certamente já faltou abertura ao saber do momento presente. O saber do passado já está insípido, sem sabor, sem a novidade da vida.
O saber é saboroso, toca a alma em novidade, apresenta saídas óbvias, mas não pensadas. Talvez já sentidas, mas como fomos educados a desconsiderar o que sentimos, para considerar apenas como os outros pensam, sob pena de rejeição ou julgamentos, negamos as nossas percepções. Negamos nossos processos psicológicos básicos pela rigidez da educação e da cultura local. Percebemos que o universo é infinito só mais tarde, quando o desejo de liberdade se encanta com o céu estrelado e percebe que o mundo é muito maior do que este que sabemos ou enxergamos.
O sabor do saber se expande quando nos conectamos àquelas pessoas que também estão abertas ao conhecimento, que não se fixam em rótulos e papéis, que buscam viver cada dia como uma nova possibilidade aprimoramento.
Estas pessoas são abertas a crescer e a viver o que é essencial, sem perder tempo com superficialidades, mas buscam de cada situação algo verdadeiro, que possa trazer um acréscimo de inteligência e personalidade. Raramente se confundem com as exigências externas, sabem ser para si mesmas e, com isso, servem à sociedade no que lhes compete, sem se perder com as figurações desnecessárias. Isso porque antes vem a vida de cada um, o projeto de cada alma e, depois, vem a relação com o mundo externo.
O saber de si e das coisas pode perde o sabor quando a ordem externa gera anulação ou escravidão psicológica.
E o teu saber, tem sabor de que?
Psicóloga Arlete Salante
CRP 07/22612
www.arletesalantepsicologia.com.br
arletesalante@gmail.com
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Biografia: Vivo o poder transformador da Psicologia na vida das pessoas promovendo o desenvolvimento humano. Fui viver em Brasília (DF), em 2001, e lá fiquei por 14 anos, deixando de ser apenas gaúcha para me tornar brasileira. No contato diário com pessoas de todos os estados, além de muitos estrangeiros, alarguei minha cultura, ampliei e enriqueci minha visão de Brasil, de mundo, de sociedade, de Psicologia, de economia, da política, e do funcionamento dos meios de comunicação de massa.
Fui consultora da FGV (RJ) atuando com profissionais de diversos órgãos do Governo Federal e, com o olhar da Psicologia, enxerguei o Brasil por dentro, além das aparências e cargos. Aprendi muito, me capacitei como profissional na experiência prática de longas jornadas de trabalho, sempre embasada por estudo contínuo, especializações e cursos.
Abri meu Consultório de Psicologia que se tornou a Espaço Clínico, uma clínica de Psicologia com equipe de psicólogas especializadas em atendimento clínico. Assim, tive minha experiência de gestora, dividindo meu tempo entre psicoterapia, eventos da clínica, liderar a equipe e administrar o meu negócio que, por sucesso, foi vendido.
Era hora de mudar e, em 2010, fui trabalhar na Câmara dos Deputados para o desenvolvimento humano por meio de projetos nacionais relevantes aos brasileiros, como o Marco Legal da Primeira Infância e a política sobre drogas. Trabalhei com líderes políticos e aprendi na prática a psicologia da liderança em ação.
Em 2014, retornei ao RS, transferi parte das minhas atribuições, intensifiquei novamente minha atuação como Psicoterapeuta e Consultora. Tornei-me docente de graduação e de pós-graduação. Assino uma coluna semanal no jornal local, chamada de Psicologia na Prática, que mantive por dois anos. Hoje, sou coautora em três livros de publicação nacional.
Ministro palestras e cursos, atuo em consultoria empresarial, grupos de mulheres e sou doutoranda em Psicologia. Pesquiso a subjetividade feminina a partir da Psicanálise de Gênero, recentemente desenvolvida na Argentina, o que permite novos e libertadores olhares para a condição psicológica das mulheres. Você encontra mais sobre meu trabalho e publicações no site: www.arletesalantepsicologia.com.br
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