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KLAUS IND 13 ANOS MODERADO
DE PAULO FOG
ricardo fogzy

Resumo:
BOM


                     KLAUS




      - O que foi?
      - Não esperava.
      - Assustado?
      - Um tanto sim.
      - Mais foi você que me chamou.
      - Sim, eu sei, só não sabia que viria.
      Otávio ali suando bicas em medo por estar de frente a um ser, uma criatura.
      - Posso saber como chama-lo?
      - Klaus.
      - Klaus?
      - Sim, este é meu nome em sacro batismo.
      - Você foi batizado?
      - Não dá forma como deve estar pensando, mais sim, durou 9 dias, sendo que no nono dia me foi jogado 9 litros de água com enxofre.
      - Entendo, é o odor predileto dele.
      - Sim, afinal, o que quer?
      - Sabe, preciso que me auxilie.
      - Em quê?
      - Vou te dizer.
      O rapaz ali começa suas delongas para a criatura com chifres de carneiro, cara de bode, corpo de touro.
      - E então Klaus, vai me ajudar?
      - Desde que fique em acordo com o trato.
      - Sei, quer minha alma?
      - Isso mesmo.
      - Mais saiba, quero tudo conforme eu pedi.
      - Fique em paz.
      - Quer que eu morra?
      - Não, ainda não, somente goze de seus frutos, depois venho para cobrar.
      - Aceito. Otávio fura o dedo anelar esquerdo e risca uma folha dada por Klaus, logo o papel é incinerado.
      - Trato feito.
      - Obrigado.   Quinze anos depois, Otávio ali em sua mansão, 8 carros esportivos, uma mulher que fora top model internacional, 3 filhos lindos, ele empresário no ramo de sorvetes, tendo fábrica até fora do país.
      - O que sente amor?
      - A perda.
      - De quê?
      - Leônidas, o filhote de tigre.
      - Ainda não entendi por que tanto queria aquele filhote.
      - Eu sim, entendo, entendo e de tudo.
      - No que você se meteu?
      - Nada mulher.
      - Fala logo, é outra, diz logo quero saber quem a vagabunda da vez?
      - Não amor, Bia, você é a única em minha vida.
      - Então por que esta assim tão pensativo, olha, amanhã vou ver salão, não se esqueça, te quero ás 4 aqui para irmos.
      - Ás 4?
      - Sim.
      - Não posso não.
      - Por que, tá vendo, é outra.
      - Tenho compromisso.
      - Com quem?
      - Negócios amor, negócios.
      - Pois amanhã teus negócios vão ter que esperar.
      - Não posso amor.   Bianca tão linda ali em sua frente acaba por vence-lo.
      No outro dia, Otávio chega na sede, entra dando os bons dias, segue para sua sala e logo sente um forte odor, coloca sob a mesa crucifixos, alho, banhos energéticos.
      - O que foi sr Otávio?
      - D. Vanda, alguém entrou aqui antes de mim?
      - Não sr.
      - Obrigado, pode deixar os papéis na mesa e ir.
      - Obrigado sr.
      A mulher deixa ali na mesa alguns documentos e segue para a porta.
      Dali da porta olha para Otávio com lasciva e seus olhos escurecem.
      - Não se esqueça, nos vemos no horário combinado.
      - O que quer?
      - Aquilo que me prometeste.
      - Desconheço.
      - Te lembrarei.
      Falta 15 para ás 4 da tarde, dona Vanda fora dispensada junto dos outros empregados mais cedo.
      Otávio termina seu trabalho e desliga o computador, quando sai de sua sala olha para aquilo com certo ar em angústia.
      Entra no elevador e pressiona ao térreo.
      Quando o elevador chega no destino ao abrir a porta, ali a sua frente, Klaus.
      - Você é bem pontual.
      - O que não posso dizer de você, estava querendo fugir?
      - Longe disso, vamos.
      Os dois seguem para o carro de Otávio, minutos depois param ali na orla de Presidente Epitácio SP, olham para o lago Sérgio Motta.
      - Que lindo lugar.
      - Pois é, então virá comigo?
      - Acho que sim.
      - Se jogue.
      - É assim?
      - É. Otávio prepara-se para pular quando ouve ao longe uma voz conhecida.
      - Pai, o que sr vai fazer?
      - Filho.
      Ali vindo a ele, a mulher e os filhos.
      - O que faz aqui?
      - Não vou deixar que faça bobeiras.
      - Eu não quero fazer.
      - E então.........
      - Eu preciso.
      - Não precisa.
      - Por favor Bia leve as crianças, eu quero ter esse momento.
      - Momento para quê, morrer.
      - Você não sabe de nada.
      - Posso te ajudar.   A mulher lhe diz aquilo, Otávio vê a criatura se aproximar dela.
      - Por favor Bia, vá embora.
      - Não, eu te amo.
      A criatura chega a respirar em cima dela.
      - Faça isso por mim, vá embora e leve nossos filhos.
      - É isso que quer?
      - Sim.
      Bianca pega as crianças e segue de volta para o carro.
      - Agora vou.
      Otávio se joga no lago e volta 3 vezes a superficie, vinte anos depois, Bia assina a ultima folha de cheque.
      - Agora posso descansar.
      - Obrigado senhora.
      Ela termina de vender a ultima loja do grupo, passa o ultimo cheque para cobrir as contas e ali sentada na poltrona faz uso de um cigarro e champanhe.
      - Mais alguma coisa?
      - Não Klaus, pode ficar ai na sua.
      - Tem certeza?
      - O que quero agora é me preparar para curtir os ultimos dias.
      - Gostou de tudo?
      - Você fora a melhor coisa, de longe que me aconteceu.
      - Só procuro atender bem a quem me faz pedidos.
      - Mais para mim você fora muito além disso.
      - Já tem o lugar?
      - Acho que Maldivas.
      - Boa escolha.
      - Lá poderá me levar.
      - Será ótimo.
      - Não se esqueça, acabe com tudo quando for o tempo.
      - Farei como me ordenou.
      - O pior ja fora cuidado.
      - Com certeza que sim.   Risos.
      Ela sai dali, deixando na mesa o jornal de data há 3 semanas atrás com a morte dos seus 3 filhos.


                                       FIM.









                                          06022020........
     
       


Biografia:
ler e escrever é minha vida assim
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