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HÁ CHUVA LÁ FORA
ARCIONE JOSÉ DE ÁZARA

HÁ CHUVA LÁ FORA

Olho no olho, cheiro no cheiro, pele na pele,
o arfar dos corpos, o suor misturado, minha
boca em sua boca,
o vigor das entranhas, o êxtase das almas;
você é muito linda,
você é muito louca,
você é um feitiço,
você é muito mais do que isso,
você deixa qualquer um submisso,
não é mulher que se deixa ao acaso,
nem se nega um arrepio,
não é mulher de um “caso”,
de dizer só um elogio,
de deixar sem romance,
é muito mais que um lance,
é de se valorizar,
de viver com emoção,
de se arriscar,
de muito tesão,
de se fazer poesia,
de muita alegria,
de se queimar no calor das vontades,
de enlouquecer qualquer um,
de deitar numa cama, de te fazer mulher e
trocar energia,
de não lembrar nem da hora,
nem que há chuva lá fora,
ora estar dentro, ora fora,
de agarrar os cabelos, de eriçar todos os
pelos,
entre quatro paredes,
de matar todas as sedes,
de cair em todas as redes,
de se perder em seu sorriso,
te navegar se preciso,
e cavalgar sem juízo,
me inebriar nos seus braços, e beijar sua boca,
te deixar toda louca,
de lamber o seu sexo e conhecer seu perfume e
sabor,
e sua dor e sua cor, sua fogueira e calor,
de baixar o seu fogo sem apagar,
e seu sonho sonhar,
e beijar seu sorriso, sentir novamente seu
cheiro,
misturar novamente o suor, mordiscar os seus
seios,
sentir mil devaneios,
suspirar seu pescoço,
de novo lamber seu colosso,
usando toda perícia,
até o raio estourar,
como se fosse primícia,
você ver estrelas no céu,
seu prazer nos matar,
e saciar o seu gozo, num grito tão gostoso,
e voltar a sonhar, e nos revigorar,
e de novo amar,
de novo sonhar, de novo acordar,
e de recomeçar,
até o sol raiar, até o tesão se calar,
a vida jorrar, a alma cansar;

Os corpos estão caídos, sem força, feridos,
feridos e desnutridos, estão desvalidos,
mas nas bocas há sorrisos,
há homem e mulher,
numa cama qualquer,
os lençóis revirados, travesseiros jogados,
os rostos estão cansados,
os corpos ainda suados,
os espelhos estão embaçados,
a cortina fechada, a TV está ligada,
mas está abandonada,
e ninguém a olhar,
e houve homem/mulher, houve jogo jogado,
houve magia no ar, sem cobiça e disputa,
jogando o jogo mais lindo,
o jogo da natureza, o jogo da beleza,
o jogo da harmonia, o jogo da certeza,
sem malícia ou pudor,
só loucura e doçura,
num recorte do tempo,
sem lamento ou tormento,
sem vitória ou derrota,
sem antes/depois, só os dois mais ninguém,
como se não houvesse além,
só os dois e amém,
mas não são animais,
são humanos, mortais,
jogando o jogo da vida,
sem culpa e falsidade,
estão só saciando a vontade,
cada um procurando a sua verdade
e a tal de felicidade!!!


Biografia:
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