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PACIENTES MASTECTOMIZADAS
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA SAÚDE PÚBLICA
Simone Silva

Resumo:
Este artigo visa identificar o perfil psicossocial de pacientes mastectomizadas e como o profissional de enfermagem tem atuado nessa área.

O prognóstico das mulheres com câncer de mama varia amplamente.
Algumas têm a mesma expectativa de vida que as mulheres sem câncer de mama.
Outras têm somente 13% de chance de estarem vivas em cinco anos. Exceto por
poucas mulheres, 10%, com metástases distantes na apresentação ou com
carcinoma inflamatório, o prognóstico é determinado pelo exame patológico do
carcinoma primário e dos linfonodos axilares. Nos últimos anos, tem melhorado muito o prognóstico, com maior sobrevida,
o que tem motivado estudos de qualidade de vida e melhor assistência,
consequentemente diminuindo o estresse psicológico e físico associados ao
tratamento oncológico. Nesse aspecto, a psiconcologia muito tem auxiliado
pacientes, familiares e profissionais de saúde, atuando na pesquisa e ensino,
aconselhamento de técnicas de comunicação, intervenções psicossociais e
comportamentais, assim como na avaliação da qualidade de vida. O tratamento
oncológico é complexo, longo e envolve tanto o paciente quanto a equipe de saúde
e a família, gerando diferentes fontes de estresse.
O carcinoma é a malignidade mais comum da mama, e o câncer de mama é a
malignidade não cutânea mais comum nas mulheres. Uma mulher que vive até os
90 anos de idade tem uma chance em oito de desenvolver câncer de mama. Em
2001, quase 240.000 mulheres foram diagnosticadas com câncer de mama e mais
de 40.000 morreram da doença. È irônico e trágico que um neoplasma que surge
num órgão exposto, prontamente acessível ao auto-exame e diagnóstico clínico,
continue a exigir um preço alto demais.
A mamografia é apontada como o principal método diagnóstico do câncer de
mama em estágio inicial, capaz de detectar alterações ainda não palpáveis e
favorecendo, assim, o tratamento precoce, mais efetivo, menos agressivo, com
melhores resultados estéticos e eventos adversos reduzidos.
A investigação anatomopatológica deve ser exaustiva e conclusiva, iniciandose com a punção aspirativa com agulha fina, seguindo-se pela biópsia de fragmento,
mamotomia ou exérese cirúrgica do setor mamário suspeito após agulhamento do
setor e confirmação radiológica da sua remoção adequada.
Um diagnóstico de câncer de mama não é uma emergência médica. A maioria
dos cânceres tem estado presente por muitos anos antes da detecção, e o tempo de
sobrevida, mesmo para o câncer avançado, é medido, em geral, em anos. As
mulheres podem ter o tempo necessário para fazer escolhas informadas entre as
muitas opções, com freqüência equivalente, de tratamentos.
O tratamento cirúrgico para o câncer de mama compreende operações não
conservadoras e conservadoras. O tratamento cirúrgico conservador responde por
mais de 40% das operações realizadas para o tratamento do câncer de mama sendo
a quadrantectomia a mais praticada, que compreende a retirada do tumor primário
com margens livres. Em alguns casos, se faz necessária a realização de
linfadenectomia axilar, através de segunda incisão na região axilar. A
quadrantectomia com biópsia do linfonodo sentinela é a técnica cirúrgica mais
recentemente empregada e menos invasiva. Nessa técnica, apenas as pacientes
que tiverem biópsia positiva do linfonodo sentinela se submeterão à linfadenectomia
axilar. A mastectomia radical representa a operação não conservadora e foi
desenvolvida no século XIX por Halsted. Sua técnica cirúrgica consiste na retirada
da glândula mamária, pele, tecido adiposo, músculos peitoral maior e peitoral menor
e dos linfonodos da axila homolateral. Na mastectomia radical modificada,
preservasse o peitoral maior; às vezes, também, o menor. Em resposta a essas reações, a função da enfermeira consiste em identificar
as preocupações, ansiedades e medos da paciente. A educação da paciente e o apoio psicossocial tornam-se prescrições de enfermagem primordiais. A avaliação
das preocupações da mulher relacionadas com o cuidado da mama e suas respostas a um problema potencial é importante quando o problema é benigno ou potencialmente maligno.
O enfermeiro está ativo em todo o processo de assistir ao paciente e seus familiares no que diz respeito à área preventiva, curativa e paliativa, uma vez que atua na prevenção da doença, na realização do procedimento pré e pós-cirúrgico, na tomada de decisões a respeito de tratamento e diagnóstico.
O câncer de mama é uma experiência
amedrontadora e de efeito devastador para a
vida de uma mulher e, para maioria delas, o
diagnóstico da doença evoca sentimentos negativos como o de pesar, ansiedade, raiva e intenso medo. Além disso, a doença
em sua trajetória pode levar a mulher a passar por situações que ameaçam sua
integridade psicossocial, e provocar incertezas quanto ao sucesso do tratamento e
que a levam a se defrontar com a possibilidade de recorrência da doença e a morte.
Entende-se que a ação assistencial do enfermeiro a partir da dimensão
existencial da mulher mastectomizada tem a possibilidade de entrelaçar ações e
intervenções científicas e sociais envolvendo o cliente e a família, e ainda o próprio
profissional em suas relações de trabalho


Biografia:
Profissional Área de Saúde.
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Publicações de número 1 até 5 de um total de 5.


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